Bula do Zolamox
– Edema devido à insuficiência cardíaca congestiva;
– Edema induzido por medicamentos;
– Epilepsias centro-encefálicas (pequeno mal, convulsões não-localizadas);
– Glaucoma crônico simples (ângulo aberto), glaucoma secundário e uso préoperatório
em glaucoma de ângulo fechado agudo, quando se deseja postergar a cirurgia para reduzir a pressão intra-ocular.
Contraindicação do Zolamox
Hipersensibilidade à acetazolamida ou qualquer excipiente da fórmula.
contra-indicado em situações onde os níveis séricos de sódio e/ou potássio estão deprimidos, em casos de disfunção ou doença renal ou hepática graves, insuficiência da glândula supra-renal e em acidoses hiperclorêmicas. É contra-indicado em pacientes com cirrose devido ao risco de desenvolvimento de encefalopatia hepática.
contra-indicada em pacientes com glaucoma de ângulo fechado não-congestivo crônico, uma vez que permite o fechamento orgânico do ângulo enquanto a piora do glaucoma é mascarada pela diminuição da pressão intra-ocular.
Não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica.
Como usar o Zolamox
Glaucoma simples crônico (ângulo aberto): 250 mg a 1 g por dia, normalmente em
doses divididas quando a dose diária for maior que 250 mg.
Glaucoma secundário e tratamento pré-operatório do glaucoma congestivo agudo
(ângulo fechado): a posologia preferida é 250 mg a cada 4 horas. Alguns pacientes
respondem à 250 mg, 2 vezes ao dia, em terapia a curto prazo.
Epilepsia: a dose diária sugerida é de 8 a 30 mg/kg de acetazolamida, em doses
divididas.
Insuficiência cardíaca congestiva: a dose inicial usual é de 250 mg a 375 mg (5
mg/kg) de acetazolamida, 1 vez por dia, pela manhã.
Edema induzido por medicamentos: a posologia recomendada é de 250 mg a 375
mg (5 mg/kg) de acetazolamida, 1 vez por dia, por um ou dois dias, alternando com
um dia de descanso.
Doença aguda das montanhas: a posologia é de 500 mg a 1 g por dia, em doses divididas.
Precauções do Zolamox
Metabolismo da glicose
Há relatos de diminuição e aumento da glicemia em pacientes tratados com a Acetazolamida (substância ativa). Essas alterações devem ser levadas em consideração em pacientes com intolerância à glicose ou diabetes mellitus não especificado.
Equilíbrio ácido/base e eletrolítico
O tratamento com a Acetazolamida (substância ativa) pode causar desequilíbrios eletrolíticos, incluindo hiponatremia e hipocalemia, assim como acidose metabólica. Portanto, recomenda-se a monitorização periódica de eletrólitos séricos.
Recomenda-se cuidado especial em pacientes com condições associadas a, ou que predispõe os pacientes a desequilíbrios eletrolíticos e ácido/base, como pacientes com insuficiência renal, pacientes com diabetes mellitus não especificado e pacientes com comprometimento da ventilação alveolar.
Gravidez
Demonstrou-se que a Acetazolamida (substância ativa), administrada por via oral ou parenteral, é teratogênica (defeitos nos membros) em camundongos, ratos, hamsters e coelhos, em doses orais ou parenterais acima de 10 vezes das recomendadas para uso em humanos.
Não foram realizados estudos adequados e bem-controlados em mulheres grávidas.
A Acetazolamida (substância ativa) deve ser utilizada durante a gravidez apenas se o benefício potencial justificar o risco potencial ao feto.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
Amamentação
A Acetazolamida (substância ativa) é excretada no leite materno e há potencial de reações adversas no lactente. A Acetazolamida (substância ativa) só deve ser utilizada por lactantes se o benefício potencial justificar o risco potencial à criança.
Pediatria
A segurança e a eficácia do uso de Acetazolamida (substância ativa) por crianças ainda não foram estabelecidas.
Em crianças tratadas a longo prazo, relatou-se atraso do crescimento considerado secundário à acidose crônica.
Idosos
Não se dispõe de dados específicos em populações idosas. Pode ocorrer acidose metabólica, que pode ser grave, em idosos com comprometimento da função renal.
Reações Adversas do Zolamox
Há casos de óbito devido a reações graves às sulfonamidas e derivados da sulfonamida, incluindo a Acetazolamida (substância ativa).
Reações graves podem incluir eritema multiforme bolhoso e necrólise epidérmica tóxica, necrose hepática fulminante, agranulocitose, anemia aplástica não especificada e outras discrasias sanguíneas e choque anafilático não especificado.
Reações de hipersensibilidade grave (incluindo choque anafilático) foram observadas em pacientes recebendo Acetazolamida (substância ativa).
Pode haver recorrência das reações de hipersensibilidade se uma sulfonamida ou um derivado da sulfonamida for re-administrado independente da via de administração.
Se ocorrerem sinais de reações de hipersensibilidade ou outras reações sérias, deve-se descontinuar o uso de Acetazolamida (substância ativa).
Recomenda-se cautela para pacientes recebendo concomitantemente altas doses de ácido acetilsalicílico e Acetazolamida (substância ativa), pois têm sido reportadas anorexia, taquipnéia, letargia, acidose, coma e morte.
O aumento da dose não aumenta a diurese, mas pode aumentar a incidência de sonolência e/ou parestesias cutâneas.
O aumento da dose pode frequentemente resultar em diminuição da diurese. Entretanto, sob certas circunstâncias, doses muito elevadas foram administradas em associação a outros diuréticos para garantir a diurese em pacientes refratários ao tratamento.
Houve relatos de aumento da fraqueza muscular, ocasionalmente grave, em pacientes com paralisia periódica hipocalêmica que receberam Acetazolamida (substância ativa).
Reações adversas comuns a todos os derivados da sulfonamida podem ocorrer: choque anafilático, febre não especificada, eritema multiforme não bolhoso, eritema multiforme bolhoso, necrólise epidérmica tóxica, cristalúria, calculose do rim, depressão da medula óssea, púrpura trombocitopênica idiopática, anemia hemolítica, outros transtornos dos glóbulos brancos, leucopenia, pancitopenia e agranulocitose.
Recomenda-se atenção para a detecção precoce destas reações e, nesses casos, a droga deve ser descontinuada e terapia apropriada deve ser instituída.
Para monitorizar as reações hematológicas comuns a todas as sulfonamidas, recomenda-se a realização de hemograma completo e contagem de plaquetas antes do início da terapia com a Acetazolamida (substância ativa) e em intervalos regulares durante o tratamento.
Se ocorrerem alterações significativas, é importante descontinuar o medicamento o mais rápido possível e instituir o tratamento adequado.
Em pacientes com obstrução pulmonar ou enfisema, onde a ventilação alveolar possa estar prejudicada, Acetazolamida (substância ativa), que pode precipitar ou agravar a acidose, deve ser usado com cautela.
Em escaladas e alpinismo, recomenda-se subida gradual para tentar evitar a Doença da montanha aguda.
Se for feita uma subida rápida e se for usado Acetazolamida (substância ativa) deve-se atentar que tal uso não elimina a necessidade de descer rapidamente se formas severas de doenças relacionadas à altas altitudes ocorrerem, por exemplo, edema pulmonar, não especificado de outra forma ou edema cerebral.
Algumas reações adversas à Acetazolamida (substância ativa), como sonolência, fadiga e miopia, podem prejudicar a habilidade do paciente para dirigir ou operar máquinas.
Durante o tratamento o paciente não deve dirigir veículos ou operar máquinas, pois sua habilidade e atenção podem estar prejudicadas.
Organismo como um todo
- Cefaleia;
- Mal-estar e fadiga;
- Febre não especificada
- Rubor;
- Atraso do crescimento em crianças;
- Paralisia flácida;
- Reações anafiláticas/anafilactóides (incluindo choque e óbito).
Digestivo
Distúrbios gastrintestinais como
- Náusea;
- Vômitos;
- Diarreia funcional.
Hematológico/linfático
Discrasias sanguíneas como
- Anemia aplástica;
- Agranulocitose;
- Leucopenia;
- Trombocitopenia não especificada;
- Púrpura trombocitopênica idiopática.
Desordens hepato-biliares:
- Função hepática anormal;
- Icterícia colestática;
- Insuficiência hepática;
- Sem outras especificações;
- Necrose hepática fulminante.
Metabólico/nutricional
Acidose metabólica e desequilíbrio eletrolítico, incluindo
- Hipocalemia;
- Hiponatremia;
- Osteomalácia do adulto com tratamento a longo prazo com fenitoína;
- Perda de apetite;
- Alteração do paladar;
- Hiperglicemia não especificada;
- Hipoglicemia não especificada.
Nervoso
- Sonolência;
- Parestesias cutâneas;
- Depressão;
- Excitação;
- Ataxia não especificada;
- Confusão;
- Convulsões, não classificadas em outras partes;
- Tontura;
- Instabilidade.
Pele:
Reações cutâneas alérgicas, incluindo
- Urticária;
- Fotossensibilidade;
- Eritema multiforme bolhoso;
- Necrólise epidérmica tóxica.
Órgãos sensoriais
- Distúrbios auditivos;
- Tinido;
- Miopia.
Urogenital
- Cristalúria aumento do risco de calculose do rim (nefrolitíase) com terapia prolongada;
- Hematúria não especificada;
- Glicosúria;
- Insuficiência renal;
- Poliúria.
Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária – NOTIVISA, disponível em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.
Interação Medicamentosa do Zolamox
Antagonistas do ácido fólico
A Acetazolamida (substância ativa) pode potencializar os efeitos de outros antagonistas do ácido fólico.
Agentes hipoglicemiantes
Há relatos de aumento e diminuição da glicemia (concentração de glicose no sangue) em pacientes tratados com a Acetazolamida (substância ativa). Essas alterações devem ser levadas em consideração em pacientes tratados com agentes antidiabéticos.
Anfetaminas
Como a Acetazolamida (substância ativa) aumenta o pH urinário no túbulo renal, diminui a excreção urinária da anfetamina e, portanto, pode aumentar o grau e a duração do efeito das anfetaminas.
Quinidina
Como a Acetazolamida (substância ativa) aumenta o pH urinário no túbulo renal, diminui a excreção urinária da quinidina e, portanto, pode aumentar o efeito da quinidina.
Compostos metenamina
Como a Acetazolamida (substância ativa) aumenta o pH urinário, pode impedir o efeito anti-séptico urinário dos compostos metenamina.
Lítio
A Acetazolamida (substância ativa) aumenta a excreção do lítio devido ao comprometimento da reabsorção do lítio no túbulo proximal.
Pode haver diminuição do efeito do carbonato de lítio.
Salicilatos
Aconselha-se cautela em pacientes tratados concomitantemente com o ácido acetilsalicílico e a Acetazolamida (substância ativa), uma vez que há relatos de toxicidade grave.
Foi relatada acidose metabólica grave em pacientes com função renal normal durante o tratamento com a Acetazolamida (substância ativa) e salicilatos.
Estudos de farmacocinética demonstraram que a taxa de ligação às proteínas plasmáticas e a depuração renal da Acetazolamida (substância ativa) foram significativamente reduzidas durante o tratamento crônico com salicilatos.
A acidose sistêmica provocada pela Acetazolamida (substância ativa) pode aumentar a toxicidade do salicilato devido ao aumento da penetração tecidual do salicilato.
Recomenda-se cautela para pacientes recebendo concomitantemente altas doses de ácido acetilsalicílico e Acetazolamida (substância ativa), pois têm sido reportadas anorexia (perda do apetite ou do desejo de ingerir alimentos), taquipnéia (aceleração do ritmo respiratório), letargia (sonolência), acidose metabólica, coma e morte.
Fenitoína
Quando administrada concomitantemente, a Acetazolamida (substância ativa) modifica o metabolismo da fenitoína, resultando em aumento dos níveis séricos da fenitoína.
A Acetazolamida (substância ativa) pode aumentar ou acentuar a ocorrência de osteomalácia do adulto (amolecimento dos ossos, devido à carência dos sais de cálcio e fósforo e vitamina D, ou à diminuição da absorção de cálcio pelo intestino) em alguns pacientes em tratamento crônico com a fenitoína.
Aconselha-se cautela em pacientes em tratamento crônico concomitante com esses medicamentos.
Primidona
Como a Acetazolamida (substância ativa) diminui a absorção gastrintestinal da primidona, pode diminuir as concentrações séricas da primidona e de seus metabólitos, consequentemente com possível diminuição do efeito anticonvulsivante.
Aconselha-se cautela ao iniciar, descontinuar ou alterar a dose da Acetazolamida (substância ativa) em pacientes tratados com primidona.
Bicarbonato de sódio
O uso concomitante de bicarbonato de sódio aumenta o risco de formação de calculose do rim (cálculo renal, pedra nos rins) em pacientes tratados com Acetazolamida (substância ativa).
Inibidores da anidrase carbônica
Devido aos possíveis efeitos aditivos com outros inibidores da anidrase carbônica, não se recomenda o uso concomitante desses medicamentos.
Ciclosporina
Quando administrada concomitantemente, a Acetazolamida (substância ativa) pode aumentar os níveis sanguíneos da ciclosporina.
Recomenda-se cautela ao se administrar Acetazolamida (substância ativa) em pacientes tratados com a ciclosporina.
Interferência em exames laboratoriais,
As sulfonamidas podem ser responsáveis por valores falso-negativos ou reduzidos de fenolsulfonoftaleína urinária e valores de eliminação de vermelho fenol para ácido úrico sérico, ácido úrico não proteico nitrogenado sérico e protéico urinário.
A Acetazolamida (substância ativa) pode produzir um aumento do nível de cristais na urina.
A Acetazolamida (substância ativa) interfere no método HPLC de doseamento da teofilina.
Essa interferência depende do solvente utilizado na extração; a Acetazolamida (substância ativa) pode não interferir com outros métodos de doseamento da teofilina.
Informe seu médico sobre qualquer medicamento que esteja usando, antes do início, ou durante o tratamento.
Ação da Substância Zolamox
Resultados de eficácia
Estudos clínicos controlados têm demonstrado que a administração profilática de Acetazolamida (substância ativa) em uma dose de 250 mg a cada 8 – 12 horas, antes ou durante a subida rápida para grandes altitudes resulta em menos ou menores sintomas severos (tais como dor de cabeça, náusea, dispneia, tontura, sonolência e fadiga) de Doença da montanha aguda.
A função pulmonar (por exemplo, ventilação por minuto, capacidade de expiração vital e fluxo máximo) foi maior no grupo tratado com Acetazolamida (substância ativa), tanto em pacientes com doença da montanha aguda como em pacientes assintomáticos.
A Acetazolamida (substância ativa) tem-se mostrado efetiva no controle de vários tipos de crises, como em crises parciais, mioclonias, ausência, e crises generalizadas tônico-clônicas que não são controladas por outras drogas antiepilépticas.
Resor amp; Resor avaliaram 84 pacientes com epilepsia mioclônica juvenil, dos quais 51 pacientes fizeram uso de Acetazolamida (substância ativa) devido a efeitos colaterais induzidos pelo ácido valpróico, e observaram controle de 45% de crises generalizadas tônico-clônicas e menor efeito sobre crises mioclônicas.
Oles et al. (1989) avaliaram 48 pacientes com epilepsia parcial e observaram que 44% tiveram diminuição da frequência das crises de 50%, quando a Acetazolamida (substância ativa) foi associada à carbamazepina.
Características farmacológicas
Propriedades Farmacodinâmicas
A Acetazolamida (substância ativa) é um potente inibidor da anidrase carbônica, eficaz no controle da secreção de fluidos (por exemplo, alguns tipos de glaucoma) no tratamento de certas doenças convulsivas (por exemplo, epilepsia) e na promoção de diurese em situações de retenção hídrica anormal (por exemplo, edema cardíaco).
A Acetazolamida (substância ativa) não é um diurético mercurial. A Acetazolamida (substância ativa) é uma sulfonamida não bacteriostática com estrutura química e atividade farmacológica nitidamente diferentes das sulfonamidas bacteriostáticas.
A Acetazolamida (substância ativa) é um inibidor enzimático que age especificamente sobre a anidrase carbônica, a enzima que catalisa a reação reversível envolvendo a hidratação do dióxido de carbono e a desidratação do ácido carbônico.
No olho, esta ação inibitória da Acetazolamida (substância ativa) diminui a secreção do humor aquoso, resultando na redução da pressão intraocular, reação considerada desejável em casos de glaucoma e em algumas condições não glaucomatosas.
As evidências parecem indicar que a Acetazolamida (substância ativa) é útil como adjuvante no tratamento de certas disfunções do sistema nervoso central (por exemplo, epilepsia).
A inibição da anidrase carbônica parece retardar as descargas excessivas, paroxísticas e anormais dos neurônios do sistema nervoso central.
O efeito diurético da Acetazolamida (substância ativa) é decorrente de sua ação sobre os rins, na reação reversível envolvendo a hidratação do dióxido de carbono e a desidratação do ácido carbônico.
O resultado é a perda renal do íon HCO3, que carrega sódio, água e potássio. Dessa forma, obtém-se a alcalinização da urina e a promoção da diurese.
A alteração no metabolismo da amônia deve-se ao aumento da reabsorção da amônia pelos túbulos renais como consequência da alcalinização da urina.
Propriedades Farmacocinéticas
- Administrada por via oral, a Acetazolamida (substância ativa) é bem absorvida e amplamente distribuída no organismo, atingindo as concentrações máximas em tecidos que contêm altas concentrações de anidrase carbônica, especialmente eritrócitos e córtex renal, penetra também o humor aquoso;
- A ligação às proteínas é muito alta (93%);
- Meia-vida: 10 a 15 horas; Não sofre biotransformação;
- O início da ação se dá em 2 horas, a concentração plasmática máxima é atingida em 2 a 4 horas e a ação dura de 8 a 12 horas;
- Pode ser excretada pelo leite;
- Atinge a concentração plasmática máxima de 12 a 27 (mg/mL) com dose de 500 mg;
- Excretada pela urina, na forma inalterada de 90 a 100% da dose em 24 horas.