A maioria das pessoas ficam preocupada quando o corpo dá algum sinal que seu funcionamento não vai bem. Espirros, febre, tosse e dor são sintomas comuns e, por isso, facilmente tratáveis.
No entanto, existem doenças que dão sinais inespecíficos ou são silenciosas, ou seja, não possuem sinal algum.
Essas doenças são consideradas perigosas pelos médicos, visto que o diagnóstico é dificultado — e quando a doença é descoberta, ela já está instalada e, muitas vezes, em estado crítico.
Leia mais sobre algumas doenças silenciosas e saiba como se prevenir. Boa leitura!
As 5 principais doenças silenciosas
1. Hipertensão arterial
A hipertensão arterial, popularmente chamada de pressão alta é uma doença de alta incidência no Brasil e no mundo. A hipertensão está associada ao estilo de vida moderno e envolve hábitos alimentares ruins, estresse, sedentarismo, genética e obesidade.
Cerca de um terço da população brasileira é acometida pela doença e muitas pessoas não sabem que a possui até apresentarem danos visíveis ao coração, rins e cérebro.
A doença geralmente não tem sintomas e só se manifesta em crises, ou seja, quando a pressão já está elevada. Tontura, fraqueza e dor de cabeça podem ser sintomas associados.
Assim, é muito importante aferir a pressão arterial em consultas rotineiras e também fazer exames de sangue frequentes.
2. Diabetes
A diabetes tipo 1, normalmente, é descoberta na infância e está associada à incapacidade do corpo de produzir insulina. Já as pessoas com diabetes tipo 2 podem manter a doença assintomática por muitos anos e não apresentar sintomas iniciais.
Muitas vezes, a sede excessiva, o emagrecimento e a vontade frequente de urinar são sintomas que passam despercebidos ou só se manifestam em uma fase tardia da doença. Ela é causada por uma resistência das células à insulina ou baixa produção desse hormônio.
A diabetes é uma patologia que pode acometer o funcionamento dos rins, a visão e todo o organismo. Desse modo, é preciso fazer, rotineiramente, o controle glicêmico por meio de exames como a glicemia de jejum e a hemoglobina glicada.
3. Ovário policístico
Uma mulher com ovário policístico apresenta pequenos cistos em seu ovário, decorrentes de um distúrbio hormonal que aumenta a concentração sanguínea de testosterona.
Normalmente, os primeiros sinais dessa patologia começam a se manifestar na adolescência, mas são muito inespecíficos, tornando difícil o diagnóstico.
Menstruação irregular, ganho de peso, acne e queda de cabelo podem ser alguns sintomas. Assim, na presença de dois ou mais desses sinais, é importante procurar um ginecologista e avaliar a saúde dos ovários por meio da ultrassonografia.
4. Endometriose
A endometriose é caracterizada por crescimento do tecido que reveste o útero em outros locais do corpo. Essa formação de tecido pode ocorrer nos ovários, na pelve, no intestino, na bexiga e em vários outros lugares, podendo causar dor forte, sangramentos, cansaço e até infertilidade.
A patologia é hereditária e é descoberta por volta dos 30 anos de idade. No entanto, ela começa a se manifestar logo depois da primeira menstruação, sendo silenciosa por vários anos. Ao sentir dores muito fortes no período menstrual, procure atendimento.
5. AIDS
A AIDS (Síndrome da Imunodeficiência Adquirida) é causada pelo HIV, vírus que ataca o sistema imunitário e destrói as defesas do organismo contra doenças. Ela é considerada um grande problema de saúde pública devido a sua grande chance de se espalhar e por não ter cura.
O vírus da AIDS é contraído quando alguém entra em contato com sangue, esperma ou secreção vaginal de outra pessoa portadora do HIV. Além disso, mães portadoras do vírus podem transmitir para o bebê durante o parto ou amamentação.
Em geral, os sintomas da doença começam a aparecer cerca de 8 a 10 anos após o contágio.
A melhor forma de se prevenir é usar camisinha, não compartilhar objetos cortantes e realizar a análise do sangue doado.
Após a exposição a um comportamento de risco — como ter relação sem proteção — recomenda-se fazer um teste anti-HIV para confirmar se houve, ou não, a exposição ao vírus. A AIDS não tem cura, mas possui tratamentos que promovem uma vida confortável ao soropositivo.
Portanto, é essencial realizar exames periódicos e consultar um médico com frequência a fim de diagnosticar as doenças silenciosas, uma vez que elas agem sem manifestar nenhum tipo de sintoma por muito tempo.