Conheça causas e sintomas do diabetes tipo 1
De ordem autoimune, o diabetes tipo 1 ocorre quando determinadas células do pâncreas, responsáveis pela produção de insulina, são destruídas equivocadamente pelo sistema imunológico do paciente, conforme explica a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD).
Consequentemente, as demais células do organismo não conseguem captar e transformar em energia a glicose (um tipo de açúcar) presente no sangue, fazendo com que ela se torne excessiva no organismo.
As causas do diabetes tipo 1 e o que desencadeia esse ataque imunológico são assuntos ainda não esclarecidos pela ciência, mas o controle da condição é possível.
Diabetes tipo 1 tem sintomas repentinos
Embora se caracterize pelo nível elevado de glicose no sangue, cada tipo de diabetes provoca sintomas distintos. No caso do tipo 1, os mais comuns são:
- fome frequente;
- sede constante;
- vontade de urinar diversas vezes ao dia;
- perda de peso;
- fraqueza;
- fadiga;
- mudanças de humor;
- náusea e vômito.
Diferenças diabetes tipo 1 e tipo 2
A principal distinção entre as variações está na origem. Enquanto fatores genéticos e imunológicos levam ao diabetes tipo 1, o tipo 2 não implica na destruição das células produtoras de insulina, mas sim no não aproveitamento dessa substância para a quebra da glicose, segundo o Ministério da Saúde.
Outro ponto que os diferencia é que, no caso do diabetes tipo 1, os sintomas costumam aparecer logo no início: repentinamente, o paciente começa a sentir mais sede, mais vontade de urinar, percebe a visão se torna turva e o cansaço passa a ser parte da rotina, segundo a Escola Paulista de Enfermagem da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo).
Histórico médico e exames auxiliam no diagnóstico
Para a conclusão de que se trata de um caso de diabetes tipo 1, a Unifesp reforça a necessidade de que se verifique os níveis de glicose do paciente, sintomas e o histórico médico da pessoa.
Atualmente, a Associação Brasileira para Estudo da Obesidade e Síndrome Metabólica (Abeso) e a SBD indicam os seguintes valores de referência para diabetes em exames de medição da glicose:
- glicemia de jejum: acima de 126 mg/dL;
- glicemia pós-prandial: acima de 200 mg/dL são geralmente considerados normais para pessoas;
- hemoglobina glicada (HbAc1c): maior ou igual a 6,5%;
- curva glicêmica (75g): segunda hora com glicemia maior ou igual a 200 mg/dL.
Com o Cartão dr.consulta, é possível acessar diferentes exames e especialidades médicas para o controle da diabetes por meio do programa Viva Bem. Essa linha de cuidados oferece suporte ao paciente para o tratamento e prevenção de agravamento do distúrbio metabólico e de outras condições, como hipertensão e colesterol alto (dislipidemia).
Principais métodos de controle
A combinação de alimentação saudável, prática de atividades físicas constantes, evitação do tabagismo e do consumo excessivo de álcool contribuem para manter a glicemia sob controle – seja como tratamento de um diabetes já desencadeado ou mesmo para o controle do distúrbio.
É importante também a realização de check-ups periódicos para o monitoramento da glicose.
Em caso de dúvida ou de suspeitas de diabetes, vale sempre consultar um endocrinologista. O profissional saberá identificar um quadro de diabetes tipo 1 e oferecer as melhores estratégias para a manutenção de uma vida com mais qualidade.
Entenda como é feito o tratamento
O Ministério da Saúde recomenda aplicações diárias de insulina (normalmente, na barriga, coxa, braço, região da cintura e glúteo) para que os valores de glicose se mantenham sob controle e em níveis considerados normais.
A Unifesp também indica o monitoramento constante da glicemia e atenção do paciente para que se mantenha um equilíbrio entre a alimentação (ingestão de glicose) e o gasto de energia, como em atividades físicas.
É preciso cuidado não só com a hiperglicemia (excesso de glicose no sangue), mas também com a hipoglicemia (falta de glicose) – que, se não controlada, pode levar a desfechos indesejados.
Segundo a Abeso, é comum que pessoas que fazem uso de insulina apresentem níveis de glicemia abaixo do ideal. Entre os sintomas da hipoglicemia, a entidade cita:
- aumento dos batimentos cardíacos;
- sudorese;
- tremores;
- nervosismo;
- tonturas;
- sensação de fraqueza e de fome;
- palidez;
- pesadelos (quando ocorrem durante à noite);
- dor de cabeça;
- confusão mental;
- desmaio;
- coma.
Receber o diagnóstico de diabetes tipo 1 pode ser bastante impactante em princípio, mas com a adoção dos cuidados necessários, é possível se adaptar à nova realidade e viver com qualidade. Aproveite e acesse nossos outros materiais sobre diabetes no blog dr.consulta.
Fontes:
[…] de ordem autoimune, a diabetes tipo 1 está relacionado a fatores genéticos. Ocorre quando o sistema imunológico está prejudicado e […]
[…] tipos de diabetes mais conhecidos são o tipo 1, o tipo 2 e a gestacional. Há também a diabetes latente autoimune do adulto (LADA) e a diabetes […]
[…] tratamento nutricional do tipo 1 não inclui restrições severas, explica a SBD em suas diretrizes sobre a alimentação desse grupo […]
[…] destruição das células produtoras de insulina por uma reação autoimune do corpo, como ocorre no diabetes tipo 1; […]
[…] linhas gerais, pacientes com diabetes perdem a capacidade de produzir insulina (geralmente no tipo 1) ou desenvolve uma resistência que impede a utilização do hormônio pelo corpo (explicação […]
[…] esse mecanismo apresenta falhas – seja pela falta ou pela dificuldade de uso da insulina – as taxas de açúcar no sangue ficam altas, […]