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Adenomiose x endometriose, qual a diferença?

Ambas afetam o útero e podem causar infertilidade, mas se diferem em alguns detalhes

Entre as mais diversas condições que podem acometer o universo feminino, as ginecológicas que tem relação direta com a infertilidade são geralmente as que mais causam preocupações. Afinal, grande parte das mulheres possui a vontade de ser mãe. E entre elas estão a endometriose e a adenomiose.

O útero da mulher é revestido por três camadas de tecidos, o perimétrio, camada mais externa, o miométrio, que é a camada intermediária que permite as contrações do parto, e o endométrio, que reveste toda a cavidade uterina.

A endometriose está relacionada ao endométrio, enquanto a adenomiose está ao miométrio, e elas são diferentes, porém associadas.

Causas e sintomas

A endometriose é uma doença comum que ainda não se sabe qual é a causa certa, apesar das suspeitas relacionadas a hereditariedade, menstruação retrógrada (quando o fluxo volta para dentro dos tubos uterinos) e falha do sistema imunológico.

Ela se caracteriza pelo crescimento do tecido endometrial para fora do útero – chegando a lugares até distantes do corpo – o que pode gerar muita cólica durante a menstruação, dores na relação sexual e na pelve, problemas para evacuar e urinar (como dores e presença de sangue) e, em 50% a 70% dos casos, infertilidade.

A adenomiose está correlacionada a endometriose, pois a condição acontece quando o tecido endometrial cresce no miométrio (na parede do útero). Os sintomas clínicos se parecem bastante, principalmente quando há dores e a possibilidade de infertilidade, mas a diferença está no fluxo menstrual, que se altera na adenomiose e não na endometriose.

Ambas as condições têm influências dos hormônios femininos e são mais comuns em mulheres de 40 anos, podendo estar presentes juntas na mesma paciente. Ambas também podem ser assintomáticas, o que pode ser mais difícil para o diagnóstico da adenomiose.

Como tratar as condições

Após exames de ultrassonografia e/ou ressonância magnética solicitados pelo ginecologista para confirmar o diagnóstico, a endometriose pode ser tratada com hormônios que diminuem sua evolução e controlam os sintomas, possibilitando a chance de gravidez.

No entanto, quando o quadro é de adenomiose, o tratamento definitivo, que também pode ser uma opção para a endometriose, é a cirurgia de remoção do útero (histerectomia). Felizmente, o avanço da doença que exige esse tratamento mais radical costuma acontecer mais perto da idade da menopausa.

FONTES:

Associação Brasileira de Endometriose

http://www.sbendometriose.com.br/site/conteudo.aspx?IdConteudo=102

Adenominose, Revista Brasileira de Medicina

http://www.moreirajr.com.br/revistas.asp?fase=r003&id_materia=5554

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