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Afinal, qual é diferença entre tristeza e depressão?

Quando uma pessoa passa por um período difícil, costumamos dizer que ela está “deprê” — uma gíria para dizer que está um pouco depressiva. Mas esse termo pode não ser muito preciso, pois há uma grande diferença entre tristeza e depressão.

Conhece alguém que anda meio tristonho? Será que é só tristeza mesmo, ou será uma depressão? Conheça as principais características da tristeza e da depressão para saber como ajudar a pessoa a superar esse momento!

Como se define a tristeza?

A tristeza é um sentimento que faz parte da vida de todo e qualquer ser humano. Em momentos de perda ou de quebra de expectativas, é normal ser invadido pelo sentimento de tristeza.

No entanto, isso costuma ser uma fase. O sentimento vai se atenuando, até a pessoa conseguir retomar o curso normal da vida.

Como se define a depressão?

A depressão, por outro lado, é um distúrbio emocional reconhecido como uma doença. Não há uma única causa definida para a depressão, mas já se sabe que fatores genéticos e ambientais estão relacionados — como um trabalho estressante, casos de doenças na família e problemas muito graves.

A principal característica da depressão é o sentimento de tristeza profunda sem um objeto definido — uma perda, por exemplo. O paciente também fica com a autoestima muito baixa.

Quando deprimido, o paciente tem uma alteração química em seu cérebro. Os neurotransmissores (substâncias produzidas pelos neurônios) responsáveis pela alegria, felicidade e vontade de viver não são produzidos em quantidade suficiente. Há, portanto, um desequilíbrio químico no corpo.

Qual é a principal diferença entre tristeza e depressão?

As diferenças são algumas, que podem não ser tão facilmente detectáveis assim.

Motivação

A primeira delas está relacionada ao motivo da emoção. É possível apontar uma causa específica que justifique a tristeza? Por exemplo: a pessoa perdeu o emprego, um ente querido está doente ou faleceu, um filho se mudou para uma cidade distante, brigou com um amigo etc?

Se houver uma causa definida, as chances são grandes de ser apenas tristeza. Se tudo vai bem na vida, mas a pessoa ainda assim está triste, é um sinal de alerta: pode ser uma depressão.

Tempo

Outro marcador é o tempo. Normalmente, as tristezas costumam passar depois de aproximadamente dois meses.

É claro que cada pessoa tem um tempo diferente para processar emoções. No entanto, passados três meses, se a tristeza não for diluída, outro sinal de depressão.

Cansaço

Um dos principais sintomas da depressão é a fadiga crônica. A pessoa pode não ter mais atividades do que o normal, mas, mesmo assim, ela se sente incapacitada de realizar as tarefas normais do dia a dia. Na tristeza, isso raramente acontece.

Insônia

Apesar da constante fadiga, é comum a pessoa deprimida também apresentar insônia.
Não importa o quanto o dia foi cansativo, quem está deprimido simplesmente não consegue dormir. A falta de sono pode ser, portanto, um indício da depressão.

Genética

Enquanto todas as pessoas estão sujeitas a momentos de tristeza ao longo da vida, a depressão tem um componente genético.

Estresse

Além disso, fatores crônicos, como o estresse e a tristeza do cotidiano, também podem levar à depressão.
O mais perigoso é quando o estresse de intensidade moderada continua por tempo prolongado — superior a seis meses.

Alguns exemplos são situações tensas no trabalho, problemas com a escola e afins. É preciso ficar atento a esses indícios para que o estresse não se transforme em algo mais grave.

Se você perceber esses sinais em alguém da família, fique atento! Mesmo com as dicas deste post, determinar a diferença entre tristeza e depressão é trabalho para um especialista.

Portanto, marque uma consulta com um psicólogo. Esse profissional é o mais indicado para dar um diagnóstico e, se for o caso, encaminhar o paciente para um psiquiatra.

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