Muita gente pode estranhar que crianças possuam níveis altos de colesterol sanguíneo, porém infelizmente é possível acontecer e hoje ainda estamos vendo um aumento no número de casos.
O colesterol é um lipídeo que tem diversas funções no nosso organismo, sendo as principais composição dos hormônios sexuais e membranas celulares. Mas, em níveis aumentados pode trazer prejuízos à saúde, principalmente em termos cardiovasculares, podendo levar à formação de placa de ateroma, por exemplo.
No caso específico das crianças, a hipercolesterolemia está relacionada em grande parte dos casos à herança familiar e, em outra grande parcela, à obesidade e má alimentação.
A correria do dia a dia muitas vezes leva a família a optar por refeições praticas e rápidas, mas é preciso o dobro da atenção quando se tem crianças em casa. É fortemente recomendável que se procure um profissional nutricionista para avaliar o que está sendo oferecido ao seu filho.
Essa é uma fase de formação, onde é crucial um bom aporte de nutrientes e uma alimentação de qualidade. Mas lembre-se: isso não significa comer demais! significa comer bem!
Meu filho já tem colesterol alto, e agora?
Se o seu filho já tem colesterol alto, é muito importante que se investigue a causa e intervenha-se o quanto antes!
Se a causa for excesso de peso, é recomendável um controle alimentar, mas com muito cuidado, para que não se prejudique o crescimento ou seus outros processos biológicos.
É essencial um bom planejamento nutricional e o engajamento de toda a família. Emagrecer não é fácil para ninguém e não poderia ser diferente para as crianças.
Lembre-se que se seu filho está acima do peso, isso provavelmente se deve aos maus hábitos da casa ou da família.
Por isso, não delegue a tarefa de mudar os hábitos alimentares e de atividade física só à criança, os pais e os cuidadores muito provavelmente têm uma forte parcela da responsabilidade.
Dicas alimentares da Dra. Mari:
Veja algumas dicas alimentares que poderiam ser implementadas. Evitar ou diminuir a frequência dos seguintes alimentos:
- maionese;
- chantilly
- laticínios: requeijão normal, leite integral e derivados (manteiga, creme de leite, queijos amarelos, queijos cremosos);
- banha, gordura de carnes, pele de aves, embutidos (linguiça, salsicha, salame, mortadela, patês, paio, chouriço) e frios (presunto gordo, rosbife, etc).
- miúdos em geral,
- camarão e frutos do mar
- embutidos, bacon, toucinho.
- massas amanteigadas, sorvetes cremosos, biscoitos e bolos industrializados
- produtos industrializados ricos em gorduras saturadas e trans
- coco, leite de coco, manjar branco.
- óleo de dendê e de palma.
Aumente a oferta de:
- leite desnatado, queijo branco, ricota, iogurte desnatado, normalmente esses alimentos têm o mesmo valor nutritivos, porem sem as gorduras saturadas, que aumentam o colesterol
- carnes magras, principalmente as de aves e peixes, sem gordura visível;
- hortaliças (todas as verduras e legumes, em especial: cebolas, alho, brócolis, que são ricos me flavonoides que combatem a oxidação do LDL;
- frutas quando possível, consuma com a casca – as fibras ajudam a diminuir a absorção intestinal de colesterol. Atenção a uva, que é rica em resveratrol e polifenóis, que reduzem a aterogenicidade do colesterol
- cereais integrais (arroz, trigo, aveia, centeio, cevada) – eles também ajudam a diminuir a absorção intestinal do colesterol
- leguminosas (feijões, lentilha, ervilha, etc), em especial a soja, pois seus fitoesteroides e sua proteína ajudam a baixar o colesterol.
- pães e massas integrais que não incluam ovos, banha e gordura vegetal hidrogenada;
- óleos vegetais (girassol, canola, azeite de oliva…) – são ricos em gorduras polinsaturadas, que diminuem o colesterol ruim e aumentam o bom.
- sementes oleaginosas (castanhas, nozes, amêndoas, etc) – são ricas em gorduras polinsaturadas que ajudam a diminuir o colesterol e também compostos antioxidantes
- chocolate amargo, que é rico em catequinas, que ajudam a baixar o colesterol