Entenda o que o exame de beta hCG quantitativo calcula
A medida do beta hCG quantitativo é uma das ferramentas mais importantes durante o desenvolvimento de uma gestação.
Com cálculo preciso, o teste fornece informações valiosas sobre a evolução do feto e consegue detectar possíveis complicações.
O que é o beta hCG
Essa é a sigla em inglês para gonadotrofina coriônica humana, hormônio produzido pelas células do embrião após a sua implantação no útero materno.
É composto por duas versões (a alfa e a beta), sendo que a segunda é mais específica para a identificação da gravidez. Nesse período, sua principal função é a manutenção do corpo lúteo – estrutura temporária que produz a progesterona essencial para sustentar todo o processo.
De modo geral, a substância aparece no sangue e na urina de mulheres grávidas já nos primeiros dias após a concepção, tornando possível a confirmação precoce.
Por isso, os níveis aumentam rapidamente no primeiro trimestre (às vezes dobrando a cada 24 ou 48 horas, como destaca publicação do periódico Obstetrics and Gynecology International).
Depois, essa velocidade diminui lentamente nos meses seguintes até se estabilizar, ainda que o número oscile consideravelmente em cada pessoa.

Como funciona o exame de beta hCG quantitativo
O procedimento é simples, realizado por meio da coleta de uma amostra sanguínea. Com exceção do jejum de quatro horas, não há necessidade de preparo especial. O único risco é o incômodo causado pela agulha.
Pode ser feito em qualquer horário do dia, ao contrário do exame urinário, cuja precisão é maior com a primeira urina da manhã. O resultado fica disponível conforme o prazo fornecido pelo laboratório.
Diferenças entre o exame qualitativo e quantitativo
A primeira opção oferece uma resposta simples: positivo ou negativo para gravidez. Portanto, detecta a presença do hormônio sem especificar a quantidade. É o tipo de mecanismo usado nos testes de farmácia caseiros, vendidos livremente.
Por outro lado, o beta hCG quantitativo fornece o valor numérico exato presente no sangue. Essa informação ajuda, entre outras coisas, a:
- determinar a idade gestacional aproximada, sobretudo no início;
- acompanhar a evolução;
- levantar a suspeita de gestações múltiplas antes mesmo de procedimentos de imagem.
Quando fazer o exame
Ele pode constatar que a mulher está esperando um bebê antes mesmo da ausência característica da menstruação.
Contudo, em mulheres com ciclos regulares, o ideal é aguardar pelo menos alguns dias de atraso para obter maior precisão. O ideal é consultar o ginecologista para saber o momento mais adequado.
Diante da confirmação, o ginecologista ou o obstetra responsável pelo pré-natal solicita exames de imagem complementares, como o ultrassom transvaginal.
Quando o objetivo é checar o desenvolvimento fetal, o beta hCG é realizado em intervalos de 48 a 72 horas. Além disso, pode ser utilizado também se houver:
- suspeita de gravidez ectópica;
- necessidade de acompanhamento após aborto espontâneo;
- monitoramento de tratamentos de fertilidade;
- avaliação das causas de sangramento no primeiro trimestre de gestação.

Valores de referência
A interpretação deve ser feita por um especialista, considerando o contexto clínico e o tempo do quadro gestacional.
Mas, de maneira geral, a Associação Americana de Gravidez aponta que níveis normais são inferiores a 5 mIU/mL.
Já quando ultrapassam o patamar de 25 mIU/mL – especialmente junto de outros sinais sugestivos – a gravidez está em curso. Números entre esse intervalo costumam exigir a repetição do exame.
Porém, ainda há outras situações que precisam de atenção, aponta a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia.
Se as taxas são muito mais altas do que o comum podem indicar mais de um feto, como gêmeos ou trigêmeos, e condições como gestação molar (tumor benigno que se desenvolve a partir de um óvulo fertilizado que se torna não viável) ou Doença Trofoblástica Gestacional.
No sentido oposto, estando muito baixas (tendo como referência a idade gestacional), podem sugerir morte fetal, ameaça de interrupção da gestação ou gravidez ectópica, situação de alto risco decorrente de um embrião que se posiciona fora da cavidade uterina.
Falso positivo para gravidez
Embora o beta hCG quantitativo seja altamente confiável, existem situações em que os resultados podem se mostrar alterados sem um bebê a caminho. São elas:
- uso de medicamentos para fertilidade e tratamentos de reprodução assistida;
- presença de tumores produtores de hCG, algo raro, mas capaz de afetar a quantidade no sangue, inclusive em homens (no caso de câncer nos testículos, por exemplo);
- insuficiência renal, por conta de episódios em que a eliminação do hormônio fica comprometida;
- períodos pós-gestacionais, pois os níveis permanecem detectáveis por algumas semanas;
- erro laboratorial (pouco provável, mas possível).
O Cartão dr.consulta garante segurança na avaliação e ainda oferece acesso facilitado a consultas e exames com preços diferenciados, além de programas de saúde personalizados (inclusive para gestantes) com suporte multidisciplinar.
Vale reforçar que o procedimento é essencial para as mamães, tanto na confirmação quanto no acompanhamento desse período tão importante, assegurando os cuidados médicos necessários.
Fontes:
- American Pregnancy Association;
- Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia;
- Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia;
- International Journal of Molecular Sciences;
- National Library of Medicine;
- National Library of Medicine;
- Obstetrics and Gynecology International.
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