A dor no nervo ciático, também chamada de ciatalgia, mais do que uma condição em si, costuma ser um sintoma característico do acúmulo de pressão, lesões, inflamação ou qualquer outro tipo de impacto capaz de gerar alterações na região e, consequentemente, incômodo.
Ainda que não seja um diagnóstico específico, e possa ser confundida com outros tipos de dor na região da coluna ou na lombar, a ciatalgia pode ser altamente incapacitante, exigindo o acompanhamento adequado para reverter a condição, devolvendo a qualidade de vida de quem convive com ela.
O que é e onde fica o nervo ciático
O ciático é o maior nervo do corpo humano, indo da parte inferior da coluna até os pés, passando por ambas as pernas. Na prática, temos duas ramificações do nervo ciático, com cerca de 2 centímetros de espessura cada. Elas descem pela coluna e percorrem a lateral de cada perna.
O nervo ciático é fundamental para que os sinais do cérebro percorram o caminho até a extremidade inferior do corpo, garantindo o movimento e a sensibilidade dessa região. Desse modo, essa estrutura é responsável pelos impulsos nervosos que controlam o andar ou a percepção de calor, ou frio, nessa parte do corpo.
Quais as principais causas da dor no nervo ciático
Em geral, qualquer alteração que provoque um aumento de pressão ou lesão no nervo ciático pode causar a dor na área. Mais raramente, a condição pode ser explicada pela inflamação ou pelo dano ao nervo em si. Desse modo, as causas mais frequentes para a ciatalgia são:
- hérnia de disco, em que o núcleo da vértebra sai do lugar comprimindo o nervo ciático;
- estenose lombar, em que há um estreitamento da espinha cervical, provocando a pressão sobre o nervo;
- espondilolistese, alteração na região lombar caracterizado pelo deslocamento de uma vértebra sobre a outra;
- síndrome da cauda equina, em que há uma compressão dos nervos na base da coluna;
- síndrome piriforme, na qual o chamado músculo piriforme comprime o nervo ciático, gerando a dor;
- osteoartrite ou outras doenças degenerativas que afetam ossos e cartilagens;
- lesões na coluna ou nas pernas;
- diferentes tipos de inflamação nas vértebras e articulações;
- presença de um tumor na região pélvica ou lombar.
Normalmente, a dor no nervo ciático atinge pacientes com maior intensidade a partir dos 40 anos. Há relatos da condição em pessoas jovens, principalmente por causa de traumas (pancadas e acidentes, por exemplo).
Acredita-se que pessoas que mantenham uma postura inadequada por longos períodos (por causa do trabalho) e com outras comorbidades de saúde (como histórico de tabagismo, sedentarismo ou diabetes tipo 2, entre outros aspectos) podem ter mais chance de desenvolver um quadro de dor no nervo ciático.
Se for o caso, é ideal buscar ajuda especializada para avaliação e tratamento, se necessário.
Como a dor no ciático costuma aparecer
A evolução de um quadro de dor no ciático varia caso a caso. Algumas pessoas podem sentir um desconforto (com dor na lombar, geralmente de apenas um lado) tão intenso que torna difícil ficar em pé.
Enquanto isso, outros indivíduos relatam sensações diferentes na pele, como formigamento, dormência, sensação de que há algo espetando a área ou queimação. Esses sinais recebem o nome de parestesia e podem ser explicados pela compressão do nervo, o que torna o envio de sinais para o cérebro mais difícil.
No mais, alguns indivíduos percebem uma fraqueza muscular. Em casos extremos, o comprometimento da atividade do nervo ciático pode fazer com que o paciente comece a apresentar dificuldade para controlar a vontade de urinar ou defecar.
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Quais os tratamentos indicados para a dor no nervo ciático
Uma vez que uma pessoa procura um médico se queixando de dor no ciático, a abordagem adequada da situação depende da identificação da causa da queixa, descartando outras possíveis explicações para ela.
Para isso, o profissional de saúde pode fazer algumas avaliações físicas, inclusive para analisar a flexibilidade das pernas e da região lombar. Além disso, ele pode solicitar exames de imagem (como raios-x e ressonâncias magnéticas).
Confirmado que a dor é mesmo resultado de alguma alteração no nervo ciático, o médico pode recomendar que o paciente siga abordagens mais conservadoras (sem a necessidade de cirurgia) ou mais invasivas (com a recomendação do procedimento cirúrgico).
Tratamento conservador
De forma ampla, o tratamento conservador para a dor no ciático combina dois pontos básicos: uso de medicamentos para controlar o desconforto e fisioterapia para devolver a mobilidade, melhorar a postura e evitar que a condição volte a se repetir.
Além disso, pode haver a orientação para cuidados em casa, que também podem ajudar na melhora dos sintomas. Entre exemplos disso estão o uso de compressas frias ou quentes e a prática de alongamentos e outros exercícios capazes de fortalecer a musculatura da região lombar.
Na maioria dos casos, a abordagem conservadora costuma ser suficiente para resolver até 90% dos casos de dor no nervo ciático. No entanto, se a dor persistir por mais de oito semanas ou voltar a aparecer de forma repetida e cada vez mais intensa, uma cirurgia pode ser indicada.
Tratamento cirúrgico
Assim sendo, a cirurgia é a principal indicação quando a dor no nervo ciático não se resolve com outras abordagens ou há indícios de que há risco de uma lesão permanente em tal estrutura.
De forma bastante resumida, o objetivo da cirurgia é remover o que está causando a pressão sobre o nervo. Existem várias técnicas para isso e quase sempre o resultado obtido é bom.
Como prevenir a ciatalgia
No dia a dia, é importante também adotar cuidado para prevenir alterações que podem causar essa e outras condições. Por isso, lembre-se sempre de:
- manter uma boa postura;
- evitar esforços repetitivos e excessivos;
- controlar o peso;
- fazer exercícios físicos regularmente;
- não fumar.
Sem o devido cuidado, a dor no nervo ciático pode se tornar crônica, provocar dificuldades de movimento ou estar associada a uma lesão permanente na terminação nervosa. Por isso, não pense duas vezes antes de procurar ajuda especializada.
Fontes