Como acontece a lesão no pênis e riscos associados

Com diferentes origens possíveis, a lesão no pênis costuma gerar desconfortos, podendo evoluir para complicações graves. Em alguns casos, pode ser até um sinal do início de câncer.

Por esse motivo, é essencial buscar atendimento médico ao identificar qualquer alteração no órgão genital. 

Situações que podem levar à lesão peniana

Abaixo, são detalhadas as causas frequentes do machucado na região íntima e como cada tipo pode afetar a saúde masculina.

Traumas penianos durante o sexo

A fratura peniana é grave e ocorre quando o membro ereto dobra abruptamente, comum em relações sexuais mais vigorosas.

Dessa forma, há a ruptura da túnica albugínea, membrana responsável por envolver o corpo cavernoso (estrutura interna que enche de sangue durante a ereção).

Os indícios clínicos incluem estalo audível, dor intensa, hematoma e inchaço característico, conhecido como “pênis em berinjela”.

De acordo com estudo publicado na Revista Eletrônica Acervo Médico, o tratamento cirúrgico imediato reduz consideravelmente o risco de disfunção erétil e curvatura peniana.

Acidentes na região íntima

Muitas vezes, acontecem durante atividades cotidianas e podem envolver quedas de objetos na área genital, cortes, pancadas ou ferimentos esportivos. Os mais leves incluem contusões e lacerações superficiais, enquanto os graves podem implicar em ruptura dos corpos cavernosos ou lesão uretral.

Devem ser levados a sério, uma vez que podem afetar estruturas delicadas do corpo e provocar complicações como sangramentos, infecções e até dificuldades para urinar ou manter a ereção.

Somente um profissional de saúde consegue analisar corretamente e confirmar se há ou não danos internos. 

Infecções sexualmente transmissíveis (ISTs)

As ISTs estão entre as causas mais frequentes. Um estudo da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (USP) identificou que a gonorreia e a clamídia são altamente prevalentes entre homens com uretrite, podendo provocar secreção, vermelhidão e incômodos ao usar o banheiro.

Já as úlceras, geralmente associadas à sífilis e ao herpes genital, representam outro tipo de machucado visível, acompanhado de coceira e dor.

Uma das dificuldades de se diagnosticar as infecções, porém, é que, em estágios iniciais, podem ser assintomáticas.

Condições dermatológicas

Condições como balanite (inflamação da glande), psoríase e dermatite de contato também podem ser o fator desencadeante. 

De forma geral, são situações menos críticas, mas podem causar desconfortos, pruridos, irritações e descamação.

Câncer

Os principais sintomas do câncer de pênis são feridas recorrentes ou que não cicatrizam, segundo o Ministério da Saúde. Alterações na cor ou textura da pele também são sinais de alerta.

Diante disso, é importante procurar ajuda profissional imediata, já que o diagnóstico precoce aumenta as chances de tratamentos eficazes.

Quando procurar um especialista

Quadros que exigem avaliação médica incluem:

• dor intensa no órgão;
• ferimentos, secreções ou verrugas;
• inchaço repentino;
• dificuldade para urinar;
• sangramento uretral;
• histórico de relação sexual traumática com manifestações persistentes.
  

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O paciente também conta com programas de saúde e suporte multidisciplinar para tirar dúvidas de saúde, além de atendimentos de enfermagem on-line e gratuitos.

Tratamentos disponíveis para cuidar da região íntima

Tudo depende da gravidade da lesão no pênis e da causa identificada pelo profissional. O objetivo é aliviar os incômodos, impedir complicações e garantir a recuperação adequada.

Entre as abordagens mais comuns estão:

• uso de medicamentos (antibióticos, antifúngicos, antivirais ou anti-inflamatórios, de acordo com a origem);
• cirurgias (indicadas em casos mais graves, como fratura peniana ou feridas profundas);
• aplicação de pomadas, compressas ou outras medidas recomendadas pelo médico;
• higiene e repouso;
• acompanhamento contínuo para checar a evolução do tratamento.

Formas de prevenir a lesão no pênis

Algumas medidas podem contribuir para a proteção da saúde peniana, como:

• utilizar preservativos em todas as relações sexuais;
• evitar o contato íntimo vigoroso ou com posturas arriscadas;
• fazer procedimentos de rotina;
• observar sinais incomuns e buscar assistência médica;
• realizar higiene íntima diária com água e sabão neutro;
• usar roupas confortáveis e que permitam ventilação.

Com hábitos e cuidados simples, grande parte dos casos pode ser prevenida, preservando a qualidade de vida e o bem-estar.

Fontes:

• Ministério da Saúde;
• Revista Eletrônica Acervo Médico;
• Universidade de São Paulo.