Como a gonorreia se manifesta
Essa doença sexualmente transmissível apresenta-se de forma diferente no homem e na mulher
Entre todas as doenças sexualmente transmissíveis que nós conhecemos, a gonorreia, infecção urogenital, é a que se manifesta com maior frequência. E um dos grandes problemas que a cercam é que, quando provoca sintomas, possui um alto grau de morbidade.
Nas mulheres é mais comum que a condição não manifeste sinais, quase 80% dos casos são assintomáticos, por isso os números de homens com quadros sérios de gonorreia são maiores. E mesmo quando há a presença de sintomas no sexo feminino, eles se diferem completamente do masculino.
Gonorreia nos homens
Depois de infectado, geralmente o homem começa a manifestar a doença entre o segundo e o quinto dia, podendo se estender até o décimo.
O primeiro e mais comum problema que a gonorreia gera para o sexo masculino é a uretrite, ou seja, a infecção da uretra, canal que liga a bexiga até o meio exterior.
Conforme a infecção se instala, seus sintomas começam a surgir, entre eles a vontade desesperada de urinar com mais frequência, dor ou ardência ao fazê-lo, dificuldade em segurar a urina e corrimento uretral com presença de pus.
Se a doença não for tratada rapidamente, pode trazer uma série de complicações para o paciente. A inflamação do epidídimo, responsável por armazenar e transportar o esperma, é a mais habitual, e dependendo de sua gravidade pode acarretar ainda o inchaço no pênis, inflamação geral do órgão, da próstata e/ou dos testículos.
Gonorreia nas mulheres
Diferente do sexo oposto, nas mulheres o período de incubação da doença é menos definido, apesar de a maioria ainda apresentar os primeiros sinais dentro de dez dias. Mesmo que com grandes chances de manifestações na uretra e no reto, o local mais afetado pela condição é a endocérvice, parte interna do colo do útero.
Nesses poucos casos em que a doença se manifesta, as mulheres podem apresentar inflamação no local, corrimento vaginal, desconforto ao urinar com ou sem dor e sangramento intermenstrual. Alguns quadros ainda provocam dores abdominais, mobilização uterina e alterações tubárias que podem até causar infertilidade.
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