Você sabe como é feito o ecodopplercardiograma, exame também conhecido como ecocardiograma com doppler? Na prática, tal ferramenta pode ser importante para avaliar com toda a atenção necessária a anatomia e o funcionamento do coração.
Apesar do nome complicado, não é preciso se assustar. As técnicas empregadas nesse procedimento não são invasivas. Em outras palavras, elas não dependem de agulhas, cortes ou qualquer outra intervenção capaz de causar dor.
O uso dos ecocardiogramas em testes da função cardíaca
O coração é o órgão central do sistema cardiovascular. Ele fica localizado mais ou menos no centro do tórax, protegido pelo osso esterno, que fica na vertical.
Sua função primordial é fazer correr sangue através de todo o organismo, por meio de um esquema de válvulas e músculos que se contraem conforme necessário para permitir a passagem do fluido.
Para isso, o coração conta com quatro câmaras, chamadas de átrios (na parte superior) e ventrículos (na parte inferior). Na região de cima do órgão chega o sangue do restante do corpo, enquanto na área debaixo passa o líquido que vai em direção ao pulmão.
Só por esse pequeno resumo deu para ver que o trabalho do órgão que bate dentro do seu peito é complexo, não é mesmo? Nesse cenário, ecocardiogramas (com ou sem o uso de doppler) são recursos essenciais para analisar se tudo está conforme esperado.
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Os ecocardiogramas e o ecodopplercardiograma: diferenças
Na prática, as técnicas da ecocardiografia consistem no uso de ultrassons (ou seja, ondas sonoras) para registrar imagens do coração. Assim, é possível identificar alterações e conferir como anda o movimento a cada contração. Para isso, o exame pode ser feito:
- via transtorácica, onde as imagens são captadas de forma convencional pela frente do peito;
- via transesofágica, quando uma sonda é inserida pelo esôfago e torna mais fácil a visualização do interior do tórax;
- sob estresse, onde o indivíduo avaliado é submetido a exercícios físicos e recebe uma medicação que acelera os batimentos cardíacos para dimensionar como o coração está trabalhando nessas condições;
- com equipamentos que proporcionam imagens tridimensionais em vez daquelas com apenas duas dimensões habituais.
Já o ecodopplercardiograma adiciona uma nova tecnologia a essas abordagens (o chamado efeito Doppler, utilizado em outras especialidades da medicina) para demonstrar como o sangue está fluindo por todas as estruturas do órgão.
Para facilitar a interpretação, dopplers coloridos acrescentam cores aos resultados dos exames. Dessa forma, o documento avaliado pelo médico sinaliza com diferentes tonalidades a direção e a intensidade do fluxo sanguíneo.
Mesmo com esses adicionais, a segurança permanece a mesma: em nenhum momento há uso da radiação ou exigência de contrastes, como acontece em outros exames de imagem.
Como é no dia do exame
Em geral, a solicitação do ecodopplercardiograma parte de um cardiologista ou um cardiopediatra, já que o teste também pode ser feito em crianças, geralmente a partir dos seis anos. Com o pedido em mãos, é possível agendar o procedimento.
Depois disso, basta se dirigir à clínica ou consultório na data marcada, portando a solicitação e exames anteriores, quando houver. Não há exigência de uma preparação prévia específica, incluindo jejuns ou suspensão de medicamentos.
No entanto, convém vestir roupas cuja parte superior possa ser facilmente removida e não usar joias ou qualquer acessório que possa interferir no exame (incluindo apetrechos metálicos em sutiãs, no caso das mulheres).
Na hora da avaliação, é preciso ficar deitado de costas em uma maca, com o tórax descoberto. Após o posicionamento, o profissional responsável aplicará um gel na região examinada e conduzirá os movimentos do equipamento, que é chamado de transdutor. Ele lembra aqueles usados em ultrassons convencionais.
Alguma pressão pode ser aplicada, o que pode gerar certo desconforto. No entanto, essa tende a ser a única queixa apontada. O monitoramento do coração com eletrodos e oxímetros (que medem simultaneamente a oxigenação sanguínea) podem ser feitos em paralelo.Somando tudo, essas etapas levam entre 15 e 30 minutos. Em seguida, é possível ir embora sem qualquer limitação do que fazer nas horas seguintes.
Condições em que um ecodopplercardiograma é relevante
Quem define quando o exame deve ser feito e como as imagens obtidas serão utilizadas na abordagem de qualquer condição é o médico, claro.
Então, não hesite em tirar dúvidas com o profissional. No entanto, tal aplicação costuma ser bastante importante no diagnóstico e acompanhamento de situações como:
- alterações congênitas (ou seja, aquelas que aparecem desde o nascimento) no coração;
- insuficiência cardíaca, onde o coração perde a força necessária para bombear o sangue;
- doenças do pericárdio, o tecido que reveste o músculo cardíaco;
- formação de coágulos nas artérias da região;
- mudanças na anatomia do órgão (como aumento de volume, por exemplo);
- falhas ou estreitamento das válvulas e artérias, o que pode bloquear a passagem do sangue;
- presença de um tumor ou alteração suspeita próximo ao coração.
Depois de saber como é feito o ecodopplercardiograma e passar pela avaliação do seu médico, será possível obter recomendações adequadas para tratar a condição identificada ou prevenir complicações, algo importante quando se trata de desequilíbrios cardiovasculares.
Fontes: