Quem nunca sentiu, pelo menos uma vez, dor nas costas? Os desvios de coluna são bastante comuns e ocorrem por diferentes motivos. Dependendo do grau, nem apresentam sintomas.
No entanto, apesar de qualquer um poder ser acometido por esse problema, pessoas obesas, sedentárias e fumantes são mais propensas a ter um desvio de coluna mais sério.
A coluna vertebral vista de lado, possui curvaturas suaves, e essas angulações são características normais na região do tórax e lombar.
Porém, quando o desvio da coluna torna-se muito acentuado, desalinha as vértebras e pode provocar dor no paciente, é necessário intervenção médica para o acompanhamento do problema.
Um fator que vem aumentando os casos graves de desvios na coluna é o home office. Nesse modelo de trabalho, as pessoas tendem a ficar longos períodos do dia sentados, e muitas vezes, em condições não adequadas.
Como resultado da má postura, os desvios – que deveriam ser algo natural da coluna para nos dar movimento – se tornam uma doença.
Você sente incômodos na coluna e quer saber mais sobre o assunto? Saiba que você está no lugar certo!
No conteúdo de hoje vamos diferenciar os tipos de desvio de coluna apresentando a importância de saber diferenciá-los para um tratamento correto. Acompanhe o texto e boa leitura!
O que é um desvio de coluna?
A coluna vertebral é o eixo central do esqueleto humano. Ela sustenta o corpo ereto, suporta seu peso, possibilita os movimentos dos membros superiores e inferiores e protege a medula espinhal.
Quando observada de lado, a coluna vertebral apresenta curvaturas nas regiões do pescoço, tórax, cintura e bacia, conferindo-lhe a forma de S.
Essas curvaturas, em pessoas saudáveis, surgem espontaneamente e funcionam como molas. Elas são fundamentais para o equilíbrio, alívio de impactos e sobrecarga que a ação da gravidade exerce sobre o corpo humano. Os três principais desvios conhecidos são: a cifose, ou escoliose e a lordose.
A cifose e a lordose são consideradas curvaturas normais, essenciais para a integridade e funcionamento do organismo, permitindo que o corpo se movimente para frente e para trás. Quando muito acentuados, são considerados patológicos.
Já a escoliose é considerada sempre um desvio de coluna patológico, pois está correlacionado com o movimento do disco vertebral, para a direita ou para a esquerda.
Assim, devemos entender como desvio de coluna as alterações nas curvaturas da coluna vertebral. Quando elas aumentam ou reduzem acentuadamente e causam desconforto, dor, e comprometem o desempenho de suas múltiplas funções, passam a ser desvios que necessitam de acompanhamento e tratamento.
Por que posso ter um desvio na coluna?
Os desvios de coluna, em sua grande maioria, têm causas desconhecidas e podem surgir por diferentes fatores.
Nos casos em que as causas podem ser identificadas, temos as doenças genéticas, as anomalias congênitas ou aquelas adquiridas ao longo do tempo. Algumas estão associadas a alterações ósseas, musculares ou neurológicas do organismo.
Mesmo pessoas saudáveis devem ficar atentas a estes desvios!
Hábitos posturais inadequados como carregar mochilas muito pesadas, passar horas na mesma posição, dormir de barriga para baixo, traumatismos, tumores, obesidade, atividade física imprópria, vida sedentária e tabagismo podem acarretar desvios de coluna.
Por isso, se você conquistou a oportunidade do home office, por exemplo, redobre os seus cuidados com a coluna. A má postura, falta de alongamento e movimento podem causar problemas sérios de desvios de coluna que, a longo prazo, podem atrapalhar tarefas simples do dia a dia.
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Como diagnosticar e tratar?
Nem todo o desvio de coluna é considerado patológico. No entanto, dor e limitação de movimentos, são os principais sintomas de desvio patológico e devem ser investigados.
Isso porque qualquer desvio numa região da coluna vertebral pode produzir modificações nos outros segmentos para compensar a alteração e garantir equilíbrio, e dessa forma, agravar o problema.
O diagnóstico de desvio de coluna pode variar conforme a queixa do paciente. Ao sentir os primeiros sintomas, como dor, formigamento e limitação de movimentos, é aconselhado passar por consulta com um ortopedista, especialidade que cuida do sistema musculoesquelético.
Para se chegar a um diagnóstico é preciso um exame clínico minucioso, além de exames de imagens, como raio x, tomografia ou ressonância magnética.
Afinal, algumas doenças podem parecer problemas na coluna, mas são tratadas mais frequentemente em outras especialidades médicas, como é o caso da espondilite anquilosante, por exemplo, doença autoimune associada a desvio de coluna e que é cuidado pelo médico reumatologista.
No exame clínico, o médico examina o paciente de frente, de costas e de lado.
Nos casos de escoliose, é feito o teste de Adams, que consiste na flexão do tronco para frente e para baixo, assim a curvatura da coluna estará a vista e a giba (proeminência nas costas que fica mais evidente nessa posição) pode ser analisada.
O raio x aponta a ocorrência ou não de desvios na coluna, mede o grau das curvaturas, identifica lesões nas articulações e discos, visualiza sinais de fraturas e luxações e a presença de tumores e lesões na coluna vertebral.
Há casos em que é necessário a tomografia ou ressonância magnética para se chegar ao diagnóstico final e prescrever o tratamento.
O tratamento de desvio de coluna, relaciona, nas especificidades de cada caso, a idade do paciente, o grau e padrão da curvatura, às características da deformidade apresentada, e à intensidade da dor.
O tratamento conservador inclui prescrições de fisioterapia com estimulação elétrica, exercícios posturais de RPG (Reeducação Postural Global) e alongamentos para fortalecimento dos músculos.
O objetivo do tratamento é interromper a progressão do transtorno, recuperar as funções da coluna vertebral e aliviar sintomas.
Órteses, como palmilhas e coletes podem ser indicados para interromper a progressão da curva, e dentro do possível, manter ossos e articulações na posição adequada.
Durante as crises, os tratamentos podem incluir ainda, anti-inflamatórios, analgésicos e relaxantes musculares para alívio da dor. Para um cuidado seguro, evite a automedicação somente seu médico saberá qual a medicação certa para o seu problema.
Quando a causa do distúrbio é conhecida, o tratamento deve voltar-se para o controle da doença de base, como, por exemplo, na obesidade.
Os casos em que a cirurgia na coluna é indicada são raros, e necessitam de avaliação minuciosa das condições gerais de saúde do paciente, e o descarte de outras terapias menos invasivas.
Existe mais de um tipo?
Os três principais desvios de coluna são: cifose, escoliose e lordose. Vamos conhecer cada um deles mais detalhadamente agora!
Cifose
Também chamada de hipercifose, este desvio tem como características a “corcunda”, pois as vértebras da coluna torácica curvam-se para trás, fazendo com que os ombros fiquem caídos para a frente e o pescoço encurte.
Esse desvio de coluna está relacionado à osteoporose, doença que atinge as pessoas mais velhas, em geral, as mulheres.
Os sintomas são dificuldade para ficar ereto, muitas dores na região superior da coluna, formigamento e/ou fraqueza dos membros superiores e inferiores, e dificuldade na respiração, em alguns casos.
Há bebês que já nascem com esse desvio. Nesse caso, o médico ortopedista poderá indicar cirurgia para a correção da coluna vertebral, e como complemento do tratamento serão necessárias sessões de fisioterapia por um longo período, além do uso de coletes ortopédicos.
Lordose
Também chamada de hiperlordose, neste desvio as vértebras da coluna lombar ou cervical curvam-se para dentro.
Quando acomete a região cervical, as vértebras do pescoço inclinam-se para frente, e é possível visualizar a projeção do pescoço. Já na região lombar, a pelve fica posicionada mais para trás e o abdômen para frente, como se o bumbum estivesse arrebitado.
A lordose pode estar relacionada ao abdômen protuso, devido à fraqueza dos músculos abdominais e ao pé plano.
É possível perceber a lordose desde cedo, na infância e na adolescência e pode estar ligada a uma das alterações citadas, mas nem sempre todas as alterações estão presentes ao mesmo tempo.
Os sintomas desse desvio de coluna são as alterações na postura citadas acima, e ainda, dor no fundo das costas, diminuição da movimentação da coluna e abdômen fraco.
Escoliose
A escoliose é o desvio de coluna considerado patológico em todas as suas manifestações. Nela, as vértebras da coluna torácica desviam-se lateralmente, formando um C ou S. Esses desvios podem comprometer também a dorsal e/ou a lombar.
Essas alterações são graves quando se apresentam em bebês ou crianças, e neste caso pode ser indicada a cirurgia corretiva. As indicações cirúrgicas, em pacientes adolescentes ou adultos, dependem da curvatura ser ou não tratável.
Entre os sintomas, podemos citar os que são visíveis a observação, como um ombro mais alto do que o outro, uma perna mais curta que a outra ou um lado do quadril mais alto que o outro, além de uma intensa sensação de fadiga nas costas.
Dicas para evitar um desvio de coluna
O cuidado com a coluna deve ser algo incentivado desde criança.
É importante orientar os pequenos a manterem uma postura correta. Quando adquirido, esse hábito deve ser observado e levado para a vida inteira.
Acompanhe a seguir algumas orientações de como prevenir o agravamento de desvio de coluna:
- Cuidado com o excesso de peso, pois pode sobrecarregar a coluna e facilitar a formação de desvios.
- Faça atividade física regularmente; o impacto auxilia na absorção de cálcio e a musculatura fortalecida auxilia na postura adequada
- Tenha uma alimentação saudável e variada, rica em minerais e cálcio, elementos fundamentais para a saúde dos ossos;
- Evite o tabagismo, pois ele desgasta os ossos
- Escolha com atenção os seus calçados. Muitas vezes, eles alteram a forma de caminhar e isso pode alterar o formato das curvas da coluna vertebral, causando patologias. O salto alto não deve ser usado por longos períodos, visto que ele altera o centro de gravidade do corpo;
- Faça pausas e alongue-se após ficar muito tempo na mesma posição;
- Ao primeiro sinal de incômodo na coluna procure um especialista e não se automedique.
Tenho um desvio de coluna e agora?
Está com dor nas costas, ou já tem um desvio de coluna? Não deixe de se cuidar. O dr.consulta pode te ajudar Aqui você encontrará ortopedistas para ajudá-lo no seu diagnóstico e tratamento. Além do exame clínico, o médico poderá solicitar exames para auxiliar na investigação e tornar mais segura a condução do tratamento.
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