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Diabetes tipo 1: entenda os sintomas, tratamentos e causas

O diabetes mellitus é caracterizado pelo alto nível de glicose no sangue e pode ser dividido em diabetes tipo 1 e tipo 2, de acordo com a produção de insulina: tipo 1, quando não há produção de insulina; tipo 2, quando há produção de insulina, mas é insuficiente.

Neste post vamos abordar o diabetes mellitus tipo 1, quando o corpo não produz insulina e, geralmente, é diagnosticado durante a infância ou a adolescência.

Nesse caso, os fatores genéticos podem ser mais influentes do que os ambientais, já que se trata de uma doença autoimune, e não se sabe, ao certo, os motivos para desencadeá-la.

Apesar de ser uma doença crônica, conviver com o diabetes não é difícil, já que existem tratamentos de fácil acesso e dieta adequada para melhorar a qualidade de vida do portador.

Quer descobrir mais sobre o diabetes tipo 1? Então, continue lendo e saiba agora!

O que é o diabetes tipo 1 e as consequências para o organismo?

No diabetes tipo 1, as células beta do pâncreas, responsáveis pela produção de insulina, são destruídas pelo próprio sistema imunológico. Sem insulina, as células do organismo não conseguem captar a glicose do sangue, fazendo com que ela fique circulando por ele.

Os altos níveis de glicose sanguínea são prejudiciais a vários órgãos, sendo os rins e os olhos os mais afetados diretamente, assim como cérebro, coração, nervos e músculos. Isso acontece porque a glicose em quantidade acima do normal circulando junto com o sangue acaba lesando os pequenos vasos sanguíneos.

Com a lesão dos capilares renais, a função dos rins fica comprometida e há aumento das toxinas — que são filtradas por eles — no organismo. Ao longo do tempo, se não tratado, o diabetes pode levar à falência renal.

Para compensar a falta de energia, já que a glicose não consegue entrar nas células, o corpo começa a queimar gordura e músculo, fazendo com que a pessoa perca peso muito rápido.

Quais são as causas desse tipo de diabetes?

A causa do diabetes tipo 1 não é completamente esclarecida, mas, em geral, há uma combinação de fatores genéticos e ambientais que fazem com que surjam anticorpos contra as células do pâncreas produtoras de insulina.

Quais os sintomas do diabetes tipo 1?

Esses sintomas surgem de um dia para o outro?

Não. Os sintomas costumam surgir ao longo de algumas semanas e vão piorando até que a pessoa inicie um quadro de cetoacidose diabética, que é o aumento de corpos cetônicos — resultado da queima de gordura —  no organismo.

Esse quadro pode levar ao coma, por isso é muito importante que se procure um médico endocrinologista imediatamente, se tiver havido os primeiros sintomas.

Como diagnosticar o diabetes tipo 1?

Se os sintomas do diabetes já apareceram, uma única glicemia capilar com resultados acima de 200 mg/dL é suficiente para o diagnóstico.

Fora isso, é necessário ter duas glicemias de jejum alteradas ou um teste de tolerância oral à glicose alterado — exame pelo qual se mede a glicemia duas horas após a ingestão de um líquido com alta carga de açúcar.

Como o diabetes tipo 1 é tratado?

Essa doença é tratada com a combinação de três métodos: aplicação de insulina, acompanhamento nutricional e atividades físicas.

Insulina

Como o problema é a falta de insulina, o tratamento é baseado na aplicação de injeções de insulina, diversas vezes ao dia, para simular a produção natural do hormônio pelo pâncreas.

Normalmente, são feitas duas ou três doses fixas de uma insulina de longa ação, como a NPH, e doses variadas de uma insulina de curta duração, como a insulina regular ou lispro, de acordo com a glicemia capilar antes das refeições.

Alimentação saudável

Uma dieta equilibrada e controlada em carboidratos auxilia no controle do diabetes, necessitando de menos quantidade de insulina a ser aplicada.

Veja algumas dicas de como ter uma alimentação mais saudável:

Não se deve restringir carboidratos para crianças e adolescentes com diabetes tipo 1 para evitar efeitos deletérios, principalmente no crescimento.

O ideal é a criança ter um apoio nutricional e, de preferência, aprender a fazer a contagem de carboidratos, que vai lhe dar uma referência do uso de insulina antes das refeições.

Atividades físicas

Praticar exercícios físicos regularmente, além de todos os benefícios de queima de calorias, perda de gordura corporal, ganho de massa muscular e melhora no sistema cardiovascular, ajuda a diminuir os níveis de glicose no sangue. A causa é que a contração do músculo potencializa os efeitos da insulina.

Em meio a uma infinidade de opções de atividades físicas, é primordial que se consulte o médico para que, juntos, possam escolher a ideal.

É fácil manter esse tratamento?

O tratamento do diabetes tipo 1 não é difícil, mas demanda muita disciplina do indivíduo diabético e da sua família. Qualquer alteração na dieta, infecção ou esquecimento da aplicação de insulina pode alterar o equilíbrio do organismo, descontrolar a glicemia e evoluir para cetoacidose diabética.
É possível, também, que a insulina seja aplicada em excesso, e a pessoa tenha uma crise de hipoglicemia, que é a baixa de glicose no sangue, trazendo graves consequências.

Para garantir controle adequado e boa qualidade de vida, é essencial o acompanhamento rigoroso com uma equipe multidisciplinar composta pelo endocrinologista, o nutricionista e o educador físico.

Fazer exames de glicemia periodicamente assegura que os sintomas sejam tratados de forma correta — para quem já descobriu que é portador da doença ­— ou tenha o diagnóstico antes mesmo de sintomas mais graves — para quem tem e não sabe ainda.

Além disso, o diabetes tipo 1 tem a causa não confirmada, porém a hereditariedade é um fator de risco. Portanto, se você tem histórico de diabetes na família, é importante que faça o acompanhamento da glicemia com o médico endocrinologista.

Agora, que você já sabe tudo sobre diabetes mellitus tipo 1, que tal conferir como estão os seus níveis de glicose? Agende agora mesmo uma consulta com um endocrinologista.

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