Já ouviu dizer que sexo também é saúde? Pois bem, a função sexual é um componente importante para determinação de saúde, bem estar e qualidade de vida. Portanto, insatisfação sexual é um tópico que deve ser abordado durante a consulta com seu ginecologista.
Como as mulheres procuram ajuda quando o tema é sexo?
Estudos recentes demonstram que mais de 40% das brasileiras apresentam algum tipo de disfunção sexual. Apenas metade dessas mulheres buscam ajuda e informações sobre sexo com um especialista na área, a outra metade busca a resolução do problema em revistas, livros, internet e televisão.
Isso implica em uma baixa parcela de mulheres que trataram ou estão tratando alguma disfunção. Dessa forma, a maioria delas, infelizmente, acaba se acostumando e aceitando uma vida sexual sem prazer e satisfação.
Como identificar os sintomas?
Alguns sintomas podem estar presentes, isolados ou associados:
- diminuição ou ausência de libido;
- diminuição ou ausência de lubrificação vaginal;
- ausência ou dificuldade para atingir o orgasmo;
- dor durante ou após a relação sexual;
- vaginismo (contrações involuntárias da vagina que impedem a penetração).
Quais os fatores de risco para disfunções sexuais?
É possível que uma mulher tenha alguma disfunção sexual sem que apresente qualquer outro agravo à saúde. Entretanto, doenças como diabetes, hipertensão, distúrbios hormonais, doenças na tireoide e depressão podem levar ao aparecimento de disfunções sexuais.
Outros fatores envolvidos são o uso de alguns medicamentos, como antidepressivos, contraceptivos e corticoides, presença de corrimentos vaginais, inflamação pélvica e endometriose.
Como tratar ou melhorar sua saúde sexual?
Os sintomas devem ser investigados e explorados em uma conversa com seu ginecologista, que geralmente é o primeiro profissional para quem as mulheres direcionam suas queixas sobre sexo, entretanto não é o único especialista no tratamento de disfunções sexuais, o qual, na maioria das vezes, exige a atuação de uma equipe multiprofissional, com endocrinologista, psicóloga e urologista – lembrando que homens também podem apresentar disfunções sexuais e, quando se trata de um casal, ambos devem ser investigados concomitantemente.
Falando em casal, você está satisfeito com sua relação conjugal?
55,9% dos casais consideram a vida sexual ruim ou regular, segundo pesquisa realizada em 2016 pelas psicólogas Denise Miranda de Figueiredo e Marina Simas de Lima, fundadoras do Instituto do Casal.
Outros resultados dessa pesquisa apontam que 72,9% dos entrevistados (510 pessoas no total) relatam mudanças expressivas na relação sexual depois do casamento, sendo a rotina, os filhos e a queda na frequência das relações os principais fatores para a piora da qualidade da vida sexual.
Não dá para simplificar o sexo?
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), as disfunções sexuais são definidas pela incapacidade do indivíduo em participar do ato sexual com satisfação, trazendo prejuízos e angústia pessoal.
Isso significa que tanto transtornos físicos, quanto psíquicos e situacionais podem prejudicar a sua saúde sexual – desde um distúrbio hormonal que seja resolvido com medicamento, até um desencontro de comportamentos e desejos de um casal.
Cada indivíduo deve vivenciar sua sexualidade com satisfação, é questão de saúde, sim. Procure um atendimento de qualidade para melhorar sua saúde sexual.