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Práticas eficazes para eliminar uma infestação de piolho

dr.consulta - pessoa passando pente fino no cabelo para o tratamento de piolhos, piolho, lêndeas

Quem nunca ficou com aquela coceira na cabeça e pensou logo de cara: será que é piolho? Tal preocupação tende a ser ainda maior para quem tem crianças em casa, já que essas costumam ser os principais alvos desse inseto tão desagradável. 

Então, nada melhor do que passar um pente-fino nas informações sobre essa proliferação, entender o que pode ser feito para preveni-las e de que forma é possível acabar com os responsáveis por ela.

Da lêndea ao piolho

A forma adulta desse organismo tem cerca de quatro milímetros de comprimento, são menores que um grão de arroz. A coloração predominante é acinzentada e opaca.

Para sobreviver, os piolhos precisam de um hospedeiro vivo, onde possam se fixar na superfície da pele e se alimentar do sangue. A vida deles tende a ser curta sem essa fonte de alimento, por isso estão sempre procurando novos focos de disseminação.

Por causa dessa dinâmica, os piolhos são considerados parasitas. Ao todo, a ciência já registrou mais de 5 mil espécies dessa praga, das quais três têm nos humanos uma preferência específica. Cada uma delas se concentra em regiões diferentes do corpo:

Depois de instalados, os exemplares de piolho fêmea passam a se preocupar com a distribuição dos ovos, que darão origem a novos insetos.

Esses ovos recebem o nome de “lêndeas. Eles são ovais, achatados e bastante pequenos, não ultrapassando meio milímetro. Graças a uma substância pegajosa que os envolve, ficam afixados na base dos fios.

Sinais de que os piolhos estão dominando a sua cabeça

Ao contrário do que se possa imaginar, eles não voam nem pulam de uma pessoa para outra. Para que sejam transmitidos, é necessário que haja um contato próximo entre as cabeças.

Nesse sentido, é por isso que as crianças tendem a ser mais atingidas, uma vez que estão sempre juntas na escola ou na hora de brincar. Além disso, os piolhos também podem se aproveitar do compartilhamento de objetos de uso pessoal para se espalhar. Entre exemplos disso estão:

A infestação por piolho recebe o nome de pediculose. De acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia, ela é mais frequente especialmente nas meninas de cabelo longo.

Cabe ressaltar que há casos totalmente assintomáticos. Assim sendo, a infestação do inseto só é identificada quando se busca por eles no couro cabeludo, que também pode acumular lêndeas sem que isso gere qualquer desconforto.

Todavia, o sintoma mais comum de uma cabeça cheia de piolhos é a coceira, que surge como resultado das “picadas” que o parasita dá para extrair o sangue do hospedeiro.

À medida que o desconforto se agrava, podem surgir lesões por conta da ação para coçar. Quase sempre isso afeta mais a nuca e a região atrás das orelhas, onde a concentração de piolhos costuma ser maior.

Eventualmente, essas feridas abertas podem infeccionar, devido às bactérias presentes na própria pele, representando uma complicação adicional. A infecção faz com que também que os gânglios da região apresentem inchaço, formando ínguas.

Medidas básicas para acabar com o piolho

Imagem ilustrativa (GettyImages)

O diagnóstico da pediculose é relativamente simples e pode ser feito por um clínico geral, pediatra ou dermatologista.

Esses profissionais avaliam a presença de piolhos ainda vivos e lêndeas nos fios da cabeça, bem como se há lesões resultado da coceira ou manchas vermelhas bem pequenas, que são as picadas do inseto.

Em algumas circunstâncias, é preciso descartar quadros de caspa ou a ação de outros parasitas, como aquele responsável pela escabiose (cujo nome popular é sarna). Confirmada a disseminação dos piolhos, as alternativas seguras e efetivas para resolver a questão passam por:

As pessoas próximas do indivíduo com a pediculose devem ser avisadas. Além disso, deve haver uma busca ativa por sinais da proliferação dos piolhos ou ainda da presença dos ovos. Por fim, roupas de cama, toalhas e utensílios de pano utilizados nos últimos dias devem ser lavados e passados com ferro quente. 

É necessário manter o afastamento dos demais até que a condição tenha se resolvido por completo. Com a aplicação correta do tratamento, isso pode acontecer em poucos dias.

Ainda assim, aguarde para reavaliar a situação entre sete e dez dias depois para conferir se não há resquícios da proliferação. Quando isso acontece, é recomendado repetir o tratamento e refazer a remoção mecânica.

Cuidados com soluções caseiras 

Embora vinagre (devidamente diluído em água) e azeite possam ser utilizados cuidadosamente para remover as lêndeas agarradas aos fios, evite a aplicação de qualquer item sem orientação capacitada. 

O uso indevido dessas alternativas pode ser uma ameaça à saúde, sobretudo de crianças muito pequenas. Portanto, fique longe de dicas suspeitas, que costumeiramente envolvem o uso de produtos de limpeza ou inseticidas destinados a outras finalidades.

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Recomendações indispensáveis para evitar que isso se repita

Ser afetado por piolhos não tem relação nenhuma com falta de higiene, uma ideia comum por muito tempo. Portanto, ter fios limpos e cheirosos não afasta a praga. Por outro lado, medidas efetivas na prevenção dependem de:

Por fim, raspar a cabeça para completar a remoção do piolho ou prevenir tal quadro quase nunca é exigido. A única vantagem dessa opção é facilitar a remoção mecânica dos invasores. Se bem utilizados, os tratamentos disponíveis garantem a eficiência necessária sem precisar disso.

Fontes:

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