Flurona: está certo usarmos esse termo?
Provavelmente você tem ouvido falar muito sobre este termo nos últimos tempos. Com o aumento dos casos de gripe, em meio a pandemia do Covid-19, muitas pessoas começaram a se infectar simultaneamente pelas duas doenças. Esta infecção dupla foi apelidada popularmente de “flurona”.
Podemos chamar de Flurona?
Em um tweet descontraído, a Universidade Johns Hopkins (instituição norte-americana referência em dados sobre covid) comentou que nomear a dupla infecção pode causar interpretações erradas. Confira o texto traduzido:
“Atenção, escritores de manchetes tweets: parem de tentar fazer o ‘flurona’ uma realidade. Sim, as pessoas podem pegar covid-19 e gripe, mas isso não significa que há um novo vírus por aí. É só azar de pegar mais de um ao mesmo tempo. Chamar de ‘flurona’ pode confundir”
Em outras palavras, é possível pegar gripe e covid-19 ao mesmo tempo, mas isso não quer dizer que as duas juntas se tornam um novo vírus/doença, apenas significa que você pegou os dois ao mesmo tempo. O termo ‘Flurona’ é uma maneira popular de se nomear essa situação, mas vale alertar que a palavra pode gerar alarde para quem não conhece.
Previna-se do “Flurona”!
A Covid-19, H1N1 e H3N2 são infecções virais, ou seja, são causadas por vírus. As três são transmitidas por via respiratória e os cuidados preventivos são muito semelhantes. Confira:
- Evitar aglomeração;
- Utilizar corretamente a máscara (cobrindo nariz e boca);
- Manter os ambientes ventilados;
- Isolar-se das pessoas assim que detectar algum sintoma;
- Não compartilhar objetos pessoais (como talheres, copos, celulares, etc);
- Lave as mãos sempre que possível com água e sabão ou use álcool em gel 70%;
- Vacine-se.
Como estão os casos de “Flurona” no Brasil?
Covid-19:
O Brasil registrou no último dia 30, 280 mortes pela Covid-19 nas últimas 24 horas, totalizando 626.923 óbitos desde o início da pandemia. A média móvel de mortes nos últimos 7 dias é de 540 (a maior registrada desde 30 de setembro do ano passado, quando também estava em 540). Isso indica tendência de alta nos óbitos decorrentes da doença. Além disso, o país também registrou 104.012 novos casos conhecidos de Covid-19 em 24 horas, chegando ao total de 25.351.489 diagnósticos confirmados desde o início da pandemia. Com isso, a média móvel de casos nos últimos 7 dias foi a 186.722, a maior marca registrada até aqui.
Gripe:
O surto de gripe que se espalhou pelo Rio de Janeiro e São Paulo no final do ano passado agora atinge pelo menos 22 estados e o Distrito Federal, que confirmaram o aumento de casos, óbitos e atendimentos por conta da variante H3N2 da influenza. Segundo apuração do portal R7, o levantamento revela ainda que os estados somam, mais de 55 óbitos e outros 2.719 casos confirmados da H3N2.
*Dados de janeiro de 2022.
Então, ao sentir qualquer sintoma, não hesite, procure um médico e faça um teste, se recomendado.