Dá-se o nome de estresse térmico quando a temperatura passa a ser tão extrema que se torna difícil para o corpo compensá-la. Sendo assim, ele pode ser causado tanto pelo frio quanto pelo calor.
Em geral, em países tropicais, como o Brasil, há maior sensibilidade a esse tipo de problema quando se inicia o verão. Por isso, vamos entender como lidar com a questão.
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Como o organismo reage
No caso de reação à temperaturas extremamente frias, comumente, o corpo responde com uma situação de hipotermia. No verão, por outro lado, o mais comum é que haja um estresse ao calor.
Inicialmente, há um aumento do fluxo sanguíneo e do suor, numa tentativa de equilibrar a temperatura corporal. À medida que a temperatura corporal aumenta, a quantidade de suor continua a se elevar, o que pode causar desidratação.
Com aumento do fluxo, os batimentos também aceleram por causa da pressão arterial elevada. Isso faz com que o corpo ganhe mais calor do que pode perder. Como consequência, o mecanismo interno de regulação do corpo passa a sofrer perda de controle e começa a falhar.
Em geral, isso ocorre, principalmente quando a pessoa está em condição de esforço em algum ambiente externo. Manter a temperatura do corpo em 36ºC, portanto, é ideal para evitar o estresse térmico.
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Trabalho e estresse térmico: qual a relação?
O estresse térmico, como um fator ambiental, pode afetar significantemente o desempenho do trabalhador.
Tarefas que demandam muito esforço físico exigem mais do metabolismo, fazendo com que a temperatura do corpo se eleve de forma natural. Aliado a fatores externos, como altas temperaturas, esse aumento da temperatura pode levar à condições extremas que, se não observadas, podem desencadear até mesmo convulsões e coma.
Sintomas típicos
- incapacidade de se concentrar;
- cãibras musculares;
- sede intensa;
- fadiga, vertigens e náuseas;
- dor de cabeça;
- pele seca;
- insolação;
- confusão mental;
- convulsões;
- eventual perda de consciência.
Como evitar ou reagir à uma situação de estresse térmico?
Segundo a Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade, os perigos que o calor podem gerar ao organismo devem ser evitados, principalmente por pessoas com doenças crônicas. Veja como:
- evite exposição direta ao sol, principalmente entre 10h e 15h;
- ingira bebidas frias, principalmente água e enquanto estiver fazendo exercícios;
- proteja a pele com roupas leves e claras;
- tome banhos frios;
- borrife água sobre a pele e sobre as roupas;
- evite excesso de álcool;
- evite fazer muito esforço físico, principalmente em horários mais quentes;
- use ventiladores ou ar-condicionado para resfriar os ambientes.