Bronquiolite: conheça a doença que afeta o pulmão dos bebês

O sistema imunológico dos pequenos não está totalmente desenvolvido nos primeiros anos de vida, o que os torna mais suscetíveis a gripes, resfriados e infecções virais, como a bronquiolite, nessa fase.
Em abril de 2023, de acordo com o boletim InfoGripe, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), o vírus sincicial respiratório (VSR) — um dos principais causadores dessa condição foi responsável por quase metade dos casos de infecção respiratória que resultaram em internação de crianças de até 4 anos.
Por isso, merece dos pais e responsáveis a priorização no cuidado preventivo para a devida proteção do pulmão.
O que é a bronquiolite
A bronquiolite é uma condição respiratória que afeta predominantemente bebês e crianças menores de dois anos e pessoas idosas. Geralmente é casada por infecções virais e tem como principal alvo os bronquíolos (que são as menores vias aéreas dos pulmões).
Além do VSR que é um dos responsáveis pelo seu desencadeamento complementam a lista o rinovírus, metapneumovírus, influenza, adenovírus, coronavírus e bocavírus.
O período de maior incidência da bronquiolite ocorre durante os meses mais frios do ano, quando as infecções respiratórias são mais frequentes. Isso acontece devido ao ar mais seco que pode causar danos na mucosa do nariz, facilitando a entrada e a multiplicação dos vírus nas vias respiratórias.
Sintomas característicos
Os sintomas iniciais da bronquiolite são parecidos com os de um resfriado comum, incluindo coriza, espirros, tosse e febre.
Entretanto, à medida que a doença progride se torna mais grave porque os bronquíolos inflamados podem dificultar a respiração, causar chiado no peito e episódios de falta de ar – o que no caso de um bebê é preocupante, uma vez que não consegue se expressar.
O pediatra deve ser consultado imediatamente ao notar esses sinais mais severos e contínuos:
Diagnóstico

O diagnóstico clínico da bronquiolite considera geralmente:
- aspecto geral do bebê ou da criança;
- a frequência e o ritmo da respiração;
- a presença de cianose (coloração azulada da pele ou das mucosas).
Outro elemento bastante útil na avaliação é a saturação de oxigênio (que é medida com um aparelho, chamado oxímetro de pulso, colocado no dedo do paciente).
Se a saturação estiver abaixo de 95%, isso indica que hipoxemia, ou seja, um baixo nível de oxigênio no sangue, e é necessário receber oxigênio suplementar. Tanto o coração, quanto o cérebro ficam mais sobrecarregados nessas situações.
Exames
O pediatra ou pneumologista podem solicitar uma radiografia de tórax para verificar se existem sinais de pneumonia ou atelectasia (colapso parcial ou total dos pulmões).
Esse exame também mostra se o órgão está hiperinsuflado (cheio de ar) ou se o diafragma está baixo que quer dizer a criança está fazendo muito esforço para respirar.
Outros exames como o de antígenos do VSR ou o painel de 4 vírus respiratórios, que detecta a presença do vírus sincicial respiratório e outros agentes, como influenza podem complementar a análise para o correto diagnóstico.
Faça suas consultas e exames preventivos no dr.consulta. Assine o Cartão dr.consulta e tenha acesso aos serviços, benefícios exclusivos e descontos nos parceiros. Adicione até mais quatro pessoas e estenda esse cuidado as pessoas que você mais ama e quer ver bem.
Todos os assinantes participam gratuitamente dos Programas de Saúde, que são Linhas de Cuidados mais direcionadas para cada fase da vida e necessidade. Conheça o Cartão e todas as vantagens:

Tratamento depende da gravidade
Após o diagnóstico os especialistas normalmente entram com os tratamentos para alívio dos sintomas, que envolvem a administração de medicamentos para reduzir a febre e melhorar a respiração.
Os antibióticos só são indicados se houver infecção bacteriana associada, o que é raro. Outra medida simples é manter a hidratação adequada.
Na média, os sintomas até passam rápido, mas a tosse e o chiado permanecem por até 4 semanas e precisam ser observados.
Pacientes com sintomas mais graves como falta de ar, saturação baixa e cianose, devem ser internados em hospitais equipados para receber oxigênio, soro na veia ou ventilação mecânica.
Como prevenir?
Como a causa da bronquiolite é viral, as medidas preventivas incluem a atenção básica com:
- a higiene pessoal (lavar as mãos frequentemente, por mais simples que pareça evita o contágio);
- o contato próximo com pessoas doentes;
- manter o ambiente limpo e arejado;
- evitar locais com aglomerações durante os períodos de pico da doença, sempre que possível.
- manter o calendário de vacinação em dia.
Conte também com o dr.consulta para cuidar da sua saúde e de toda a família. São dezenas de especialidades e mais de 3.500 exames, além de vacinas e check-ups — todos os serviços com uma equipe especializada e pronta para te atender.
Fontes:
- Bronquiolite – Problemas de saúde infantil | MSD;
- Infogripe: VSR continua sendo maior causa de internação de crianças de até 4 anos | Fiocruz;
- Ministério da Saúde alerta para prevenção de bronquiolite e pneumonia em crianças | Ministério da Saúde;
- Manejo da bronquiolite viral aguda | Hospital das Clínicas;
- Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia – SBPT.
[…] de nomes similares, a bronquiolite é outro tipo de infecção viral que merece o devido cuidado, especialmente pelo fato de ser uma […]
[…] (como gripe, bronquite, bronquiolite e […]