8 doenças respiratórias na infância: conheça as mais comuns
O nariz começou a escorrer, há sons de tosse… Alguns sintomas são grande motivo de preocupação entre os pais e responsáveis, especialmente em alguns períodos do ano.
Isso porque as condições climáticas muitas vezes favorecem o aumento das queixas para casos de doenças respiratórias em crianças.
No entanto, é possível proteger os pequenos contra essas enfermidades e evitar os quadros, mesmo diante de um sistema imunológico mais frágil. O conteúdo a seguir explica como.
Crianças são muito afetadas por condições respiratórias
Órgãos e estruturas como pulmão, brônquios, bronquíolos, alvéolos, traqueia, laringe, faringe, seios nasais e nariz formam o chamado sistema respiratório.
Diversos fatores podem influenciar na incidência de quadros de saúde relacionados a essa região do corpo, entre eles o tabagismo de adultos que vivem próximo às crianças, a poluição atmosférica das cidades, o clima (principalmente no outono e inverno) e aspectos comportamentais.
Segundo estudo publicado na Revista Interdisciplinar de Estudos em Saúde, grande parte das crianças brasileiras apresentam pelo menos uma condição respiratória aguda por ano desde 1995 – informação levantada com base em dados da Organização Mundial de Saúde (OMS).
Por essas razões, é importante manter o acompanhamento médico com foco na prevenção e estar atento aos primeiros sintomas de enfermidades que possam evoluir para quadros clínicos mais graves.
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Doenças respiratórias para ficar de olho na infância
1. Gripes e resfriados
São as mais frequentes e não só nessa fase da vida. Embora se apresentem com indícios parecidos, existem diferenças entre as duas condições.
A gripe é causada pelo vírus influenza e se manifesta por meio de:
- febre;
- dores de cabeça;
- dores musculares;
- fadiga;
- tosse seca;
- congestão nasal.
Já os resfriados são ocasionados por outros vírus, mais frequentemente o chamado rinovírus. Em comparação com as gripes, são mais leves, duram cerca de uma semana e apresentam sintomas como:
- congestão nasal;
- espirros;
- tosses;
- mal-estar.
As manifestações, a duração e a intensidade dependem de cada criança. Se os sinais persistirem, é importante procurar um médico – seja o pediatra ou um clínico geral – para acompanhar o caso.
2. Pneumonia infantil
Causada por vírus, bactérias ou fungos que afetam diretamente os pulmões, a condição acomete mais de 4,2 milhões de crianças no mundo, de acordo com a Unesco. Quando ocorre, o paciente pode manifestar:
- tosse mais carregada;
- dificuldade de respirar;
- respiração acelerada;
- chiados no peito;
- febre;
- tom azulado na pele em alguns casos.
Pode ser considerada uma complicação da gripe. Por isso, é importante que sempre seja realizado o tratamento correto de qualquer quadro respiratório de bebês e crianças.
No caso da pneumonia, o pneumologista pediátrico podem investigar a origem da infecção e, assim, prescrever a medicação correta para amenizar os sintomas e combater o agente causador da condição. Repouso e hidratação também ajudam na recuperação do paciente.
Em alguns casos, a criança pode necessitar de internação para que possa ser observada, receber medicação intravenosa e fazer inalações.
É necessário buscar atendimento o quanto antes caso ela tenha dificuldade para respirar, especialmente se apresentar mudanças na coloração da pele.
3. Asma
Considerada igualmente comum, a asma infantil é um quadro respiratório bastante crônico. Sem cura, a condição é causada por uma combinação de fatores genéticos e ambientais que levam a um processo inflamatório e o estreitamento dos brônquios – estruturas tubulares do sistema respiratório.
Isso tudo acaba dificultando a passagem de ar para os pulmões e desencadeia sintomas, como:
- chiado no peito;
- dispneia (falta de ar);
- acessos de tosse.
Quando as crises são mais fortes, tornam-se mais graves e podem levar ao óbito. O tratamento se baseia no uso de medicamentos, como corticoides e broncodilatadores, e no acompanhamento médico frequente.
Mudanças de hábitos ou cuidados como os de evitar contato ou exposição à poeira, sujeira, ácaros, mofo e pólen, por exemplo, são medidas para reduzir as crises.
4. Bronquite
Embora parecido com a asma, o quadro consiste em uma infecção nos brônquios (que são as vias que levam ar ao pulmão) e tem como principais indícios:
- tosse com muco;
- ruídos respiratórios, como roncos, falta de ar e desconforto no peito;
- febre (em alguns casos).
É causada por vírus ou bactérias e dura apenas alguns dias ou semanas. Segundo a Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ABAI), quando ela é crônica (ou seja, duradoura e sem cura), está associada à exposição prolongada a cigarro e outros agentes que, quando inalados, acabam afetando o trato respiratório.
O tratamento é feito por meio da prescrição de medicamentos, como antibióticos e vasodilatadores. Também é comum que o pediatra recomende inalações com soro fisiológico para umidificar as vias aéreas e amenizar os sintomas.
5. Bronquiolite
Apesar de nomes similares, a bronquiolite é outro tipo de infecção viral que merece o devido cuidado, especialmente pelo fato de ser uma das doenças respiratórias na infância mais frequentes em bebês e crianças de até dois anos.
É causada, principalmente, por um vírus chamado vírus sincicial respiratório (VSR) que se espalha pelo contato com secreções respiratórias. Durante a condição, os pequenos podem apresentar sintomas como:
- coriza;
- tosse;
- febre.
Em quadros mais graves, os bronquíolos inflamados também podem resultar em:
- dificuldade respiratória;
- chiado no peito;
- episódios de falta de ar.
O tratamento da bronquiolite depende da gravidade dos sintomas e da idade da criança. Em geral, recomenda-se repouso, hidratação e limpeza nasal. O uso de oxigênio, soro na veia ou ventilação mecânica pode ser indicado nos quadros mais severos.
Em alguns casos, podem ser usados medicamentos para aliviar a tosse e a falta de ar. E, em geral, a bronquiolite costuma melhorar após 1 ou 2 semanas.
6. Sinusite
É uma inflamação da mucosa dos seios paranasais, podendo ser desencadeada por vírus, alergias, irritações ou bloqueios nas vias respiratórias superiores, de forma aguda ou crônica. É caracterizada por:
- secreção nasal;
- tosse (principalmente noturna);
- sensação de pressão nos ouvidos;
- dor facial;
- fadiga (desgaste além do cansaço convencional).
A presença de febre pode ocorrer ou não, assim como dores de cabeça. A sinusite crônica, inclusive, não tem cura e a recuperação é mais delicada. Exige acompanhamento médico frequente e pode demandar cirurgia de correção da cavidade nasal.
O tratamento inclui lavagens com soro fisiológico para liberar as vias nasais e prescrição de anti-inflamatórios e anti-histamínicos antibióticos, de acordo com o caso, para combater os microrganismos.
7. Rinite
Conhecida por ser uma inflamação na mucosa do nariz. Tem origem alérgica, mas também pode ser resultado de infecções ou inalação de substâncias irritantes, como tintas, inseticidas, perfumes, fumaças e poluentes, embora não tão frequente nas crianças. Geralmente, seus sintomas incluem:
- obstrução nasal;
- coriza;
- coceira no nariz;
- espirros.
Em situações de crise, o tratamento para a rinite não tem como objetivo a sua cura, mas amenizar os sintomas. Isso inclui o uso de antialérgicos, de corticosteroides e lavagem nasal abundante com soro fisiológico.
Ao se tornar mais grave, pode ser indicado um processo de imunoterapia, que consiste em uma sequência de vacinas para auxiliar na imunidade.
8. Covid-19
Nos últimos cinco anos, a condição se tornou uma preocupação para todos. Quando infectadas pelo coronavírus, as crianças podem apresentar:
- febre;
- tosse;
- cansaço;
- dificuldade para respirar;
- disfunções gastrointestinais (dor de barriga, náusea, vômito e diarreia);
- complicações para se alimentar (inclusive, bebês podem não conseguir mamar);
- perda de paladar e/ou de olfato;
- dor de cabeça e muscular.
O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) recomenda que o atendimento médico seja buscado o mais rápido possível caso a criança apresente confusão mental, lábios ou rosto azul, incapacidade de interagir e dores fortes de estômago.
Vale lembrar que, mesmo que esteja mais controlada nos últimos tempos, a Covid-19 ainda é um motivo de atenção para pais e responsáveis. A vacinação deve ser realizada para o melhor controle da pandemia.
Prevenção é essencial para a saúde respiratória
Para que as crianças não sejam prejudicadas com as condições citadas, é importante que os adultos adotem uma série de medidas com o objetivo de cuidar de seu bem-estar. Isso envolve:
- manter a vacinação infantil em dia;
- ensinar hábitos de higiene pessoal (como lavar as mãos com água e sabão);
- levar a criança ao médico se ela apresentar sintomas respiratórios;
- evitar aglomerações com pessoas doentes;
- não fumar perto das crianças;
- oferecer alimentos saudáveis;
- estimular a prática de atividades físicas.
Com essas atitudes, é possível cuidar para que o organismo dos pequenos esteja sempre protegido e saudável.
Fontes:
- Associação Brasileira de Alergia e Imunologia;
- Biblioteca Virtual em Saúde (BVS-MS) | Rinite;
- Federação Brasileira de Hospitais (FBH);
- Fundo das Nações Unidas para Infância (Unicef – ONU);
- Fundo das Nações Unidas para a Infância;
- Ministério da Saúde (MS) | Asma;
- Revista Interdisciplinar de Estudos em Saúde;
- Secretaria da Saúde (SS-GO) | Pneumonia.
[…] precisa perceber se está se alimentando e dormindo bem, brincando normalmente ou se está com doenças respiratórias. Esses são indicadores de que algo não vai bem. Caso isso aconteça, visite a escola para ver se […]
Obrigado pelas informações. O conteúdo foi bastante útil para a realização de minha atividade escolar. Abraços!
Olá, Heitor! Ficamos felizes em saber que gostou das nossas matérias 🙂 Continue nos acompanhando 😉
Na verdade, a asma é uma doença inflamatória crônica das vias aéreas, não infecção…
Boa tarde o meu filho está com problemas respiratório as vezes ele balança até a cabeça
Olá! Nerilce, tudo bem? Recomendamos que marque uma consulta para ele passar por uma avaliação médica
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