Conheça os benefícios da amamentação

O aleitamento é essencial para o crescimento e o desenvolvimento do bebê, uma vez que o leite materno é uma fonte completa de nutrientes. Mas esse não é o único motivo para que o alimento seja tão recomendado.
O conteúdo a seguir apresenta os principais benefícios do ato de dar de mamar e traz orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre o tema, mostrando como essa prática é fundamental para o bem-estar físico e emocional de mãe e filho.
O que se sabe sobre os efeitos positivos da amamentação
1. Reduz a mortalidade neonatal e protege o bebê contra infecções
Logo na primeira hora de vida do recém-nascido, o leite materno mostra-se um alimento valioso. Se ingerido nesse momento, segundo a OMS, ele é capaz de reduzir a mortalidade neonatal e ajudar a proteger o bebê contra possíveis infecções.
Como o recém-nascido não possui um sistema imunológico completamente desenvolvido, a mãe produz anticorpos e transmite-os para o filho durante a amamentação. Nenhum outro alimento pode fazer isso pelo bebê.
E os benefícios não param por aí. A amamentação ainda reduz a probabilidade de que a criança desenvolva algumas condições de saúde, como:
- doença de Crohn;
- diarreia;
- alergias alimentares;
- infecções gastrointestinais, como a gastroenterite;
- condições respiratórias.
A longo prazo, o aleitamento diminui o risco de sobrepeso ou obesidade na adolescência e na fase adulta.
O leite materno possui todos os nutrientes que a criança precisa nos primeiros 6 meses de vida, além de ser equilibrado e de fácil digestão, o que reduz as indesejadas cólicas.
Ele diminui o risco de contaminação, pois vem pronto e não precisa de nenhum preparo. Por ser gratuito, ainda ajuda no orçamento familiar – diferente das fórmulas infantis, que são caras e podem pesar em qualquer orçamento.

2. Ajuda a prevenir a formação de cáries
Além de fornecer os anticorpos e nutrientes essenciais para o desenvolvimento do recém-nascido, a amamentação também tem relação direta com a saúde bucal.
Isso porque, ao mamar, o bebê é menos exposto ao consumo de açúcar e a níveis inadequados de flúor, segundo o Ministério da Saúde, fatores que favorecem o desenvolvimento de cáries.
Somado a isso, a sucção natural do peito da mãe estimula e fortalece a musculatura da boca e da língua, bem como o crescimento da mandíbula (arcada inferior).
Esse movimento ainda ajuda a criar um espaço adequado no céu da boca, evitando, futuramente, dentes tortos ou fora do lugar – diferente do que acontece com a sucção de chupetas, por exemplo.
3. Melhora a saúde da mãe
Os benefícios do aleitamento não são apenas para o bebê, mas também para a mulher. O ato de amamentar, por exemplo, contribui para a recuperação pós-parto, evitando hemorragias, anemia, infecções e outras complicações, segundo o Ministério da Saúde.
Além disso, essa ação também reduz as chances de que a mulher desenvolva câncer de colo de útero no futuro.
4. Favorece o vínculo entre mãe e bebê
Esse é um dos mais especiais: durante a amamentação, o movimento de sucção estimula a liberação de ocitocina, conhecida como o “hormônio do amor”, tanto na mãe quanto no bebê, promovendo uma conexão única.
Por isso, o momento íntimo do aleitamento vai além da nutrição e da saúde: ele fortalece o vínculo emocional entre a mulher e a criança, criando um espaço de troca de carinho, segurança e proximidade.
Existe limite de idade para a criança mamar?
A OMS recomenda que o leite materno seja o único alimento para o bebê até os 6 meses de idade, não sendo indicado nem mesmo água, chás, sucos, frutas ou qualquer comida saudável.
Após esse período começa a introdução alimentar, mas a orientação é para que a mãe continue amamentando até, pelo menos, 2 anos.
É importante manter sempre o acompanhamento do pediatra ou consultar um nutricionista para entender como fazer a transição correta da alimentação do bebê.
Com o Cartão dr. consulta é possível ter acesso a especialistas e exames. A criança também pode fazer parte do programa Crescendo Saudável, e seus pais ou responsáveis podem tirar dúvidas e receber suporte e orientações sobre hábitos saudáveis via WhatsApp com um time multidisciplinar e consultas on-line de enfermagem

Mães que trabalham podem continuar amamentando
Caso a mulher retorne à rotina de trabalho fora de casa e o bebê ainda esteja mamando no peito, o recomendado pela OMS é que ela continue amamentando-o quando estiverem juntos.
Nos demais momentos, a mulher pode retirar o leite (com a ajuda de bombinhas) de duas ou três vezes, armazená-lo em garrafas refrigeradas e deixá-los em casa para que o bebê consuma enquanto ela estiver ausente.
Cuidados na hora de dar de mamar
Abaixo, algumas dicas que podem ajudar a aproveitar os benefícios do aleitamento de maneira segura:
- confiar na qualidade do leite materno: ele nunca é fraco e vai mudando conforme a necessidade do bebê. No começo, pode ser mais grosso e amarelo, mas depois fica mais claro e abundante;
- respeitar o ritmo da criança: nos primeiros meses, ela vai mamar quando tiver fome ou sede. Depois, com o tempo, é estabelecido uma rotina de mamadas;
- esvaziar bem a mama: o leite do final da mamada é mais rico em gordura, importante para a saciedade do bebê. Se ele não tomar até o fim, pode sentir fome logo depois;
- não usar chupetas, bicos ou mamadeiras: podem atrapalhar a amamentação e fazer mal para os dentes, a fala e a respiração;
- não tomar remédios sem falar com o médico: podem interferir no conteúdo do leite e fazer mal ao bebê;
- evitar álcool e cigarro: hábitos que também podem ter impacto no leite materno e, consequentemente, na saúde do neném.
Em conclusão, dar de mamar é uma das formas mais naturais e saudáveis de alimentar o bebê e garantir a saúde de ambos.
Para algumas mães será mais fácil do que para outras, mas com certeza valerá a pena. E é importante ressaltar que outras dúvidas podem ser esclarecidas por um profissional qualificado, como o pediatra ou o mastologista.
Fontes:
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