Como deve ser realizada a introdução alimentar? 4 dicas

O Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) orienta que o leite materno seja a única fonte de nutrição do bebê nos primeiros 6 meses de vida.
Passada essa fase, é recomendado que ele comece a experimentar outros tipos de alimentos, como frutas, legumes, vegetais e alguns tipos de carnes.
Para essa etapa de apresentação de novas comidas à criança dá-se o nome de introdução alimentar, sendo um momento nutricional importante para o seu desenvolvimento.
Todo esse processo deve ser feito com base em refeições balanceadas, que vão suprir as necessidades nutricionais do bebê.
O conteúdo a seguir explica quais são as principais recomendações para que ele aconteça de uma maneira gostosa, segura e saudável.
O que oferecer para o bebê nesse momento?
É normal que os cuidadores tenham dúvidas sobre o que dar para o neném comer durante a introdução alimentar.
O primeiro passo é entender qual é a textura ideal para cada faixa etária da criança, para que ela não engasgue. A Sociedade Brasileira de Pediatria e a UNICEF recomendam:
- até o 6º mês de vida: leite materno exclusivamente;
- do 6º ao 8º mês: frutas (amassadas ou raspadas) e mingaus;
- do 9º ao 11º mês: alimentos macios que a família consome;
- a partir do 12º mês: a comida pode ser cortada em vez de amassada.
Além disso, é indicado que, desde a primeira papinha, a refeição já contenha proteína animal, legumes, verduras, frutas e o consumo de água – itens essenciais para uma alimentação saudável. Algumas opções são:
- carnes (boi, frango ou peixe);
- ovos;
- feijões;
- ervilha;
- grão de bico;
- batata;
- mandioquinha;
- arroz;
- milho;
- chuchu
- abobrinha;
- abóbora;
- inhame;
- mandioca.

Ultraprocessados devem ser evitados
Uma das orientações mais importantes na fase da apresentação de novos alimentos é não substituir refeições caseiras por ultraprocessados.
Esse tipo de comida contém gordura, açúcar, sódio e aditivos, além de alta densidade energética, o que contribui negativamente para a saúde e colabora com a obesidade infantil.
Dentre os produtos que não devem fazer parte da dieta infantil estão:
- frituras;
- enlatados;
- sucos;
- refrigerantes;
- salgadinhos;
- embutidos;
- balas, chocolates e doces em geral.
Amamentação não deve ser interrompida
Ainda que os sólidos tenham começado a fazer parte do cardápio da criança, a orientação atual da OMS é que o leite materno seja mantido na dieta até o segundo ano de vida.
Ele é considerado a principal fonte nutricional neste período, além de ajudar na formação de seu sistema imunológico.
É sempre válido manter o acompanhamento com o pediatra ou consultar um nutricionista para entender quais são as melhores opções para o bebê, as preferências e as adaptações possíveis para a realidade da família.
Com o Cartão dr. consulta é possível ter acesso a especialistas e exames. Os pais e/ou responsáveis pela criança também podem fazer parte do programa Crescendo Saudável, que oferece suporte e orientações sobre hábitos saudáveis via WhatsApp com um time multidisciplinar e consultas on-line de enfermagem.

4 dicas para facilitar a introdução alimentar
Seguir algumas recomendações básicas pode ajudar a tornar essa nova rotina mais simples e eficiente.
1. Fazer um planejamento
Antes de começar, é importante criar uma lista com todos os itens que podem auxiliar no processo:
- alimentos (para o cardápio semanal ou mensal);
- cadeira;
- babador;
- talheres e outros utensílios.
Essa organização facilita o dia a dia e evita contratempos durante as refeições.
2. Ajustar expectativas e responsabilidades
A OMS informa que nem sempre os bebês aceitam novos alimentos na primeira tentativa. Se houver recusa, é fundamental não forçar, brigar ou adotar qualquer comportamento agressivo.
Nessa hora, o mais importante é lembrar quem é o adulto e quem é a criança no ambiente. Em outro momento, vale reapresentar o alimento. Quem sabe, com o tempo, ele seja aceito.
3. Criar uma rotina saudável
O ambiente das refeições deve ser adequado e, de preferência, à mesa, junto com a família. Isso fortalece os laços familiares e incentiva hábitos alimentares saudáveis.
É essencial evitar distrações, como smartphones, tablets, televisão ou outros objetos com excesso de telas, que possam tirar o foco do bebê durante a refeição. Além disso, estabelecer horários regulares para comer ajuda a criar uma rotina consistente.
4. Variar os alimentos
Apresentar diferentes opções de cada grupo alimentar é fundamental para a dieta. Por isso, criar um cardápio semanal pode ajudar a organizar a rotina alimentar e monitorar a repetição dos alimentos.
Frutas, por exemplo, desempenham um papel importante na alimentação complementar, sendo tão relevantes quanto outros grupos alimentares. Tornar o seu consumo prazeroso nessa fase aumenta as chances de que esse hábito saudável persista na vida adulta.
Com essas informações, é possível garantir mais proteção à saúde e seguir com a rotina de nutrição e desenvolvimento saudável da criança em todos os momentos.
Fontes:
- Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF);
- Ministério da Saúde – Aleitamento Materno;
- Ministério da Saúde – Benefícios do Aleitamento Materno;
- Sociedade Brasileira de Pediatria – Quando introduzir novos alimentos para o bebê;
- Sociedade Brasileira de Pediatria – Guia prático de alimentação;
- Sociedade Brasileira de Pediatria – Posição da Sociedade Brasileira de Pediatria diante do Guia de Alimentação do Ministério da Saúde.
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