Alimentos ultraprocessados: quais os efeitos para a saúde?
De acordo com o Ministério da Saúde (MS), a falta de tempo e a vida moderna são dois fatores que, atualmente, têm atuado como impeditivos para que as pessoas façam escolhas mais saudáveis.
Os alimentos ultraprocessados, então, estão se tornando opções mais rápidas e práticas para a nutrição diária. No entanto, esse grupo alimentício pode causar, a longo prazo, efeitos negativos para a saúde do corpo e ambiental.
Ao longo deste conteúdo, abordaremos com mais detalhes o que são os ultraprocessados e quais os principais riscos que eles podem ocasionar ao organismo.
O que são alimentos ultraprocessados?
Antes, é necessário saber que, segundo o Guia Alimentar para a População Brasileira, organizado pelo MS, os alimentos podem ser organizados em diferentes grupos, considerando o seu processo de produção:
- alimentos in natura: adquiridos para consumo sem terem passado por qualquer tipo de modificação depois de saírem da natureza, como frutas e verduras;
- alimentos minimamente processados: são os alimentos in natura que sofreram alterações mínimas antes de serem liberados para consumo, como os grãos secos e o leite pasteurizado;
- óleos, gorduras, sal e açúcar: produtos extraídos de alimentos in natura e usados para condimentar e temperar;
- alimentos processados: fabricados com acréscimo de sal ou açúcar a um alimento in natura ou minimamente processado, como legumes em conserva ou sardinha enlatada;
- alimentos ultraprocessados: produtos que envolvem grandes técnicas e processos industriais durante sua fabricação e que contam com a adição de muitos componentes (extraídos de outros alimentos ou fabricados em laboratórios). Entenda mais a seguir.
Todas essas etapas colaboram com o sabor e a coloração, tornando-os mais atrativos. No entanto, a qualidade nutricional fica extremamente baixa e, a longo prazo, o consumo tende a ser prejudicial.
Alguns dos principais mantimentos que estão incluídos nesse grupo são os biscoitos, cereais matinais, salgadinho “de pacote”, caldos com sabor, temperos instantâneos e produtos congelados ou prontos para consumo, como ilustrado no infográfico.
Como saber se é processado ou ultraprocessado?
Para saber se o alimento é ultraprocessado ou processado, é essencial se atentar ao rótulo. Nas embalagens, existe uma lista dos ingredientes que compõem o produto, servindo um guia para os consumidores.
A presença de ingredientes pouco familiares, como de gorduras vegetais hidrogenadas, óleos interesterificados, xarope de frutose, isolados proteicos, agentes de massa, entre outros, na embalagem já é um grande indicativo de que ele é pouco nutritivo.
Nova regra de rotulagem
Em outubro de 2022, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou a nova regra de rótulos em produtos embalados. O objetivo é facilitar o entendimento dos consumidores sobre as informações nutricionais dos alimentos, além de possibilitar escolhas alimentares mais saudáveis.
As principais mudanças envolvem que as empresas:
- incluam tabelas nutricionais em tamanhos maiores para auxiliar na visualização;
- adicionem a quantidade de açúcares totais e adicionados;
- disponibilizem, na tabela, a declaração do valor energético e nutricional por 100g ou 100ml para ajudar na comparação entre produtos;
- coloquem na frente da embalagem, um símbolo indicando o alto teor de um ingrediente específico.
Lembre-se: para mais orientações e para a ingestão de alimentos que proporcionem os nutrientes necessários à saúde e à manutenção da qualidade de vida, é indispensável consultar-se com um profissional da Nutrição.
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7 principais riscos à saúde
O consumo frequente e excessivo de alimentos ultraprocessados pode trazer perigos para a saúde física, assim como o favorecimento de práticas insustentáveis ao meio ambiente.
Ainda seguindo o guia do MS, são, pelo menos, os sete riscos principais:
- aumento da chance de desenvolver doenças crônicas não transmissíveis (DCNT), especialmente as cardiovasculares, mas também a diabetes, hipertensão e tipos de cânceres.
Em 2019, por exemplo, 21,8% das mortes prematuras por alguma DCNT foram causadas pela ingestão de ultraprocessados;
- impacto nos mecanismos que indicam fome e saciedade, já que esse grupo alimentício “engana” o organismo sobre o balanceamento de calorias, o que colabora com o ganho de gordura e desenvolvimento da obesidade;
- favorecimento da predisposição a alergias e intolerâncias alimentares;
- prejuízo do funcionamento dos rins, pelas altas quantidades de sal;
- sobrecarga no funcionamento hepático (do fígado);
- favorecimento de distúrbios estomacais e intestinais;
- desnutrição.
Um outro ponto importante de destacar é que esses tipos de produtos interferem na saúde ambiental, uma vez que as embalagens plásticas são descartadas, na maioria das vezes, de modo inadequado.
Busque sempre uma alimentação saudável e equilibrada
A alimentação saudável e balanceada é a base para o equilíbrio da saúde e para a qualidade de vida. Esse é um hábito que deve ser incentivado desde a infância e praticado ao longo da vida.
Algumas dicas para ingerir, quando possível, alimentos nutritivos e eficazes para o bom funcionamento do organismo são:
- ter um planejamento;
- conhecer mais estabelecimentos que vendam produtos naturais;
- apostar na cozinha caseira, incluindo na dieta frutas, verduras e legumes frescos;
- buscar por assistência nutricional, já que são os profissionais de Nutrição e Nutrologia que podem fazer as melhores indicações nutricionais, especialmente para pessoas com diagnósticos positivos para certas patologias.
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Fontes:
- Alimentos ultraprocessados: como afetam a saúde | Centro de Recuperação e Educação Nutricional (Cren);
- Guia alimentar para a população brasileira | Ministério da Saúde (MS);
- Alimentação saudável ao seu alcance | Ministério da Saúde (MS);
- Alimentação saudável | Organização Pan-Americana de Saúde (Opas);
- Alimentos ultraprocessados são responsáveis por 57 mi mortes prematuras por ano no Brasil | Observatório Brasileiro de Hábitos Alimentares (OBHA);
- Por que limitar o consumo de alimentos processados e evitar alimentos ultraprocessados? | Ministério da Saúde
- Como identificar alimentos ultraprocessados a partir dos rótulos | Ministério da Saúde (MS).
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