5 formas para aliviar uma crise de ansiedade
A ansiedade, embora seja uma reação natural do organismo, pode se transformar em algo sério quando se torna persistente e incontrolável.
No caso de uma crise de ansiedade, é preciso estar atento aos sintomas físicos e psicológicos agudos para que o auxílio seja solicitado (ou mesmo oferecido) quando necessário. Entenda mais sobre o quadro no conteúdo a seguir.
Como identificar uma crise de ansiedade
Saber reconhecê-la pode ser desafiador, especialmente por surgir de repente e apresentar sintomas que podem se assemelhar a outras questões de saúde, como o estresse e condições cardíacas.
Apesar da dificuldade aparente, é possível identificar alguns sintomas que caracterizam o quadro:
- palpitações cardíacas;
- respiração rápida;
- tremores;
- suor excessivo;
- náuseas;
- sensação de perigo a todo momento;
- irritação e tensão;
- medo de morrer (mesmo sem razões médicas);
- sensação de desligamento ou irrealidade;
- pavor intenso de perder o controle da situação;
- dificuldade de concentração ou mente em branco devido ao nervosismo;
- preocupação excessiva com diversos aspectos da vida.
Ter conhecimento sobre as manifestações do corpo durante uma crise de ansiedade pode capacitar tanto os indivíduos quanto seus entes queridos a buscar ou oferecer suporte adequado, reduzindo os impactos mentais e físicos da condição.
Com o Cartão dr.consulta, é possível ter acesso a diferentes exames e especialidades médicas. Com ele, o paciente também pode fazer uso do programa Cuidar da Mente, que oferece suporte e orientações sobre saúde mental e bem-estar com um time multidisciplinar.
Dicas para amenizar os sintomas
Apesar do momento de crise provocar reações que podem desestabilizar o indivíduo, existem estratégias que ajudam a aliviar suas manifestações e recuperar o controle. A Organização Mundial da Saúde (OMS) sugere algumas práticas que podem fazer a diferença.
1. Utilizar técnicas de respiração e relaxamento
Essa é uma maneira eficaz de reduzir os sintomas físicos da ansiedade, ajudando a regular o sistema nervoso. É importante praticar essas técnicas em momentos de calma para que sejam aplicadas corretamente durante uma crise.
A respiração diafragmática é uma das mais recomendadas. Para funcionar, a pessoa deve seguir o passo a passo abaixo:
- sentar ou deitar com uma das mãos no abdômen, perto do umbigo;
- fechar os olhos e focar na respiração;
- ao inspirar, encher os pulmões de ar mantendo o abdômen contraído;
- segurar o ar por quatro segundos;
- ao expirar, liberar o ar durante seis segundos, relaxando o abdômen;
- manter um intervalo de dois segundos antes da próxima inspiração;
- repetir todo o processo por 5 a 10 minutos.
2. Praticar algum exercício físico
A atividade física é uma poderosa ferramenta de gerenciamento da ansiedade e da depressão, além de ajudar a prevenir várias outras condições. Por exemplo, as cardíacas, diabetes tipo 2 e câncer.
A OMS recomenda de 150 a 300 minutos semanais de exercícios, como caminhadas, corrida, natação ou yoga.
3. Evitar a alimentação inadequada
Produtos ultraprocessados (como salgadinhos, refrigerantes, hambúrgueres, entre outros) podem aumentar os prejuízos mentais.
Por outro lado, manter uma dieta equilibrada, rica em frutas, vegetais, proteínas magras e grãos integrais, é fundamental para o controle da ansiedade, informa um estudo desenvolvido na Universidade do Porto.
A recomendação é consultar também um nutricionista, pois esse profissional pode ajudar a elaborar um plano alimentar personalizado que contribua para a gestão da ansiedade e promova a estabilidade do humor e o bem-estar geral.
4. Evitar álcool e outras substâncias
O consumo de álcool, cafeína e outras substâncias estimulantes pode intensificar os sintomas de ansiedade. A OMS alerta que esses elementos afetam negativamente o sistema nervoso, dificultando a recuperação.
5. Consultar um profissional
Se os sintomas de ansiedade forem intensos e persistentes, é ideal a busca por ajuda profissional.
Em alguns casos, pode ser necessária a prescrição de medicamentos por um psiquiatra, que devem ser administrados sob orientação médica rigorosa. Além disso, a psicoterapia conduzida por psicólogos é eficaz no tratamento de transtornos de ansiedade.
Como ajudar alguém em uma crise ansiosa
Ser o suporte ou dar auxílio a quem está passando por uma crise pode parecer difícil. Mas é possível desempenhar um papel de ombro amigo nesse momento, basta:
- manter sempre a calma para não aumentar ainda mais a ansiedade da pessoa;
- falar em um tom de voz suave e calmo;
- evitar expressar pânico ou preocupação excessiva;
- incentivar técnicas de respiração e relaxamento;
- não oferecer bebidas alcoólicas ou outras substâncias;
- criar um ambiente seguro;
- oferecer apoio e escuta ativa.
Adotar estratégias eficazes para aliviar e controlar uma crise de ansiedade possibilita a redução dos sintomas e dos impactos gerados pela condição. Além disso, o tratamento adequado para cada caso garante mais saúde e qualidade de vida no dia a dia e a longo prazo.
Fontes
[…] mentais: a falta desse neurotransmissor está relacionada com casos de depressão, ansiedade, estresse, autismo e transtorno de personalidade, bem como sentimentos persistentes de tristeza e […]
[…] ansiedade: conforme a SBD, muitas pessoas roem as unhas em situações estressantes ou quando estão ansiosas. […]
[…] específica para pais e cuidadores, permitindo o aprendizado de ferramentas para reconhecer os gatilhos da ansiedade […]