4 métodos contraceptivos para conhecer e como usá-los
O planejamento familiar, também chamado de planejamento reprodutivo, envolve um conjunto de medidas e orientações para auxiliar as pessoas no controle do nascimento de crianças. Isso inclui o acesso a métodos contraceptivos que evitam uma gravidez não planejada.
No conteúdo a seguir, são listadas as principais estratégias utilizadas atualmente para prevenir uma gestação e a importância de se proteger das infecções sexualmente transmissíveis (ISTs).
Conheça os principais métodos contraceptivos
1. Preservativo
Popularmente conhecido como “camisinha”, o preservativo é o método de barreira física mais utilizado. Ele impede o encontro dos espermatozoides com o óvulo, prevenindo a fecundação.
Existem dois tipos principais:
- camisinha masculina: feita de látex ou poliuretano, que deve ser colocada no pênis ereto antes da relação sexual;
- camisinha feminina: uma película de poliuretano inserida na vagina também antes do ato.
Embora ambas as opções sejam eficazes e facilmente disponíveis, é importante usar apenas uma camisinha na hora da relação. Utilizar duas ao mesmo tempo tem o efeito oposto já que o atrito entre elas danifica o material do preservativo.
2. Pílula
Amplamente utilizado por mulheres, esse método consiste em comprimidos de via oral com pequenas doses hormonais sintéticas que impedem a ovulação, tornando impossível a fecundação.
E para que sua eficácia seja garantida, ela deve ser tomada de acordo com as instruções da bula – diariamente ou com a pausa indicada (que varia entre 2 e 7 dias), de preferência no mesmo horário.
As pílulas mais usadas são as que combinam estrogênio e progesterona, informa a Secretaria da Saúde do Município de São Paulo.
No entanto, é essencial consultar um profissional de saúde para identificar a formulação mais adequada, uma vez que existem contraindicações e possíveis efeitos colaterais.
Com o Cartão dr.consulta, é possível ter acesso a diferentes exames e especialidades médicas, como o ginecologista, que saberá qual pílula ou outro contraceptivo é o mais recomendado para a paciente.
O benefício também oferece o programa Previna Mulher, com suporte e orientações sobre saúde feminina, via WhatsApp, de um time multidisciplinar e consultas on-line de enfermagem.
3. DIU
O dispositivo intrauterino é um método contraceptivo de longa duração e alta eficácia. Ele consiste em uma pequena peça em formato de “T” inserida no útero por um profissional de saúde.
Existem dois tipos principais:
- DIU de cobre: atua como um espermicida ao promover uma reação inflamatória no útero, dificultando a locomoção e a sobrevivência dos espermatozoides;
- DIU hormonal (Mirena ou Kyleena): além de funcionar como barreira física, libera pequenas doses diárias de levonorgestrel (um tipo de progesterona), que impede a ovulação e altera o muco cervical, dificultando a movimentação dos espermatozoides.
Essa é uma alternativa a ser considerada por quem busca praticidade, principalmente se a paciente tem facilidade para esquecer de tomar a pílula. Além disso, o DIU é um método de longuíssima duração: o de cobre, por exemplo, tem validade de até 10 anos, segundo a Fundação Oswaldo Cruz.
4. Vasectomia e laqueadura
São métodos contraceptivos mais definitivos e permitidos para pessoas com mais de 21 anos ou que tenham pelo menos dois filhos vivos. Ambos são indicados para quem tem certeza da decisão de evitar novas gestações.
A vasectomia é uma cirurgia simples e realizada em aproximadamente 20 minutos, na qual os vasos deferentes, tubos que transportam os espermatozoides, são cortados, impedindo que eles sejam liberados no sêmen.
Já a laqueadura é o procedimento que bloqueia ou corta as trompas uterinas das mulheres, impedindo que o óvulo encontre os espermatozoides.
Embora sejam considerados permanentes, a reversão pode ser possível em casos específicos. No entanto, os resultados nem sempre são garantidos, especialmente na laqueadura.
Pílula do dia seguinte deve ser usada apenas para emergências
Considerado um contraceptivo para situações emergenciais, é uma alternativa indicada para evitar a gravidez após relações sexuais desprotegidas. Sua eficácia é maior nas primeiras 24 horas após o ato e reduz progressivamente até 72 horas.
Porém, não deve ser usado como um método regular e substituto da pílula anticoncepcional, orienta a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia.
Por conter elevadas doses hormonais (levonorgestrel, o mesmo encontrado no DIU), o uso frequente pode causar irregularidades no ciclo menstrual e outros efeitos adversos.
Em caso de dúvidas, é essencial buscar orientação de um ginecologista, que poderá recomendar métodos contraceptivos regulares mais adequados ao perfil de cada mulher.
A importância da dupla proteção
Ao optar por um método anticoncepcional, é essencial considerar não apenas a prevenção da gravidez, mas também a proteção contra ISTs.
Segundo o Ministério da Saúde, a camisinha, seja masculina ou feminina, é o único entre todos os métodos que oferece eficácia comprovada para evitar as duas situações.
Por isso, o mais recomendado é a prática da dupla proteção, que consiste no uso combinado da camisinha em todas as relações com outro método contraceptivo escolhido, garantindo segurança ampliada para a saúde sexual e reprodutiva.
Fontes:
- Conselho Federal de Enfermagem (Cofen);
- Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia;
- Fundação Oswaldo Cruz;
- Ministério da Saúde;
- Ministério da Saúde – Departamento de HIV, Aids, Tuberculose, Hepatites Virais e Infecções Sexualmente Transmissíveis;
- Secretaria de Saúde do Município de São Paulo
Excelente o conteúdo de vocês sobre os métodos contraceptivos, ajudou bastante.
Que bom que gostou e lhe ajudou 🙂 Continue nos acompanhando.