Na intenção de ter uma saúde melhor, é recomendado buscar por mais informações para agir de forma segura. Nem sempre o que é indicado para uma pessoa, serve para outra, como ocorre com os diuréticos que são benéficos e devem ser utilizados somente em casos específicos e sob prescrição médica.
O que é diurético?
Recebe essa denominação de diurético, aquilo que estimula a secreção de urina. Como atuam no rim e aumenta o fluxo e volume do xixi, os diuréticos promovem a eliminação dos eletrólitos: o sódio, o potássio, o cloreto e o bicarbonato.
São divididos entre:
- diuréticos: que aumentam exclusivamente a excreção de água;
- natriuréticos: que facilitam a eliminação de sódio;
- saluréticos: responsáveis por aumentar a excreção de sócio e cloreto.
Como os diuréticos atuam no corpo
Cerca de 60% de todo o volume do corpo humano é composto de água. Todo o líquido presente no organismo desempenha papel essencial na regulação de mecanismos fundamentais para a manutenção da vida. Basta pensar nos perigos da desidratação e já é possível ter uma noção melhor disso.
Nesse cenário, vários processos internos são mantidos de forma extremamente controlada para garantir que a quantidade de água dentro do corpo fique sempre em equilíbrio. Isso faz, por exemplo, com que sintamos sede.
Ao mesmo tempo, o corpo precisa agir para que o excesso de vários elementos seja eliminado, incluindo nisso diversas toxinas resultado do funcionamento normal do corpo.
Assim sendo, os rins são responsáveis por filtrar o sangue e colocar para fora a quantidade acima do adequado de água e de substâncias como o sódio e o potássio, entre outros sais minerais. É esse processo que recebe o nome de diurese, que é onde geralmente os diuréticos atuam.
Os 4 tipos de diuréticos
Contudo, nem todo medicamento desse tipo é igual. Eles se diferenciam conforme as especificidades da sua atuação sobre os rins. De forma resumida, os mais utilizados são:
- diuréticos de alça: que aumentam bastante a produção de urina ao agir sobre uma parte do rim chamada de alça de Henle. Acabam não sendo a primeira opção, salvo em casos graves;
- diuréticos tiazídicos: menos potentes e capazes de eliminar com mais eficácia o sódio;
- diuréticos poupadores de potássio: que ajudam o organismo a reter o potássio, como o nome indica;
- diuréticos osmóticos: utilizados em casos específicos, incluindo o alívio da pressão proveniente de edemas (inchaços).
Quando os diuréticos são indicados?
A prescrição desse tipo de medicamento pode se dar em várias circunstâncias, muitas delas que não necessariamente tem relação com a saúde renal. Entre algumas dessas condições estão:
- controle da pressão arterial, já que ao reduzir o volume de água e o sódio no corpo, os vasos sanguíneos se dilatam.
- gerenciamento da insuficiência cardíaca, em especial pela redução do inchaço causado pela retenção de líquidos.
- alívio da função renal, fazendo com que o corpo retenha menos água, sobretudo quando os rins não estão funcionando bem.
- tratamento de edemas (ou seja, de inchaços) em diferentes partes do corpo, ampliando o volume de água eliminado.
- acompanhamento do glaucoma, em que há aumento da pressão dentro do globo ocular.
É claro que nenhuma dessas alterações de saúde (algumas delas potencialmente graves) é tratada exclusivamente com o uso de diuréticos. No entanto, com a prescrição correta, as substâncias que aumentam a produção de xixi podem ser importantes no manejo da condição.
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Riscos do uso indiscriminado e outros cuidados necessários
Pelo fato de aumentarem o fluxo de urina (diminuição da retenção de líquido) e a perda de sódio, se utilizados indevidamente os medicamentos diuréticos mais populares podem “adoecer” os rins, ou seja, fazer com que os rins saudáveis passem a apresentar certas deficiências.
Além disso, os diuréticos não devem ser usados para o emagrecimento porque podem ocasionar arritmias cardíacas e outras insuficiências.
Efeitos colaterais
- baixos níveis de determinados sais minerais, como o sódio, o potássio e o magnésio, assim como de cálcio;
- alterações nos níveis de glicemia (ou seja, açúcar no sangue);
- queda acentuada na pressão arterial;
- desidratação, por conta da eliminação maior de urina;
- aumento na concentração de colesterol no organismo;
Diante de tudo isso, quem faz uso frequente deste tipo de medicamento precisa manter acompanhamento médico constante. Isso é importante para monitorar essas alterações e reforçar recomendações sobre a continuidade do tratamento.
Nesse contexto, o profissional de saúde pode fornecer informações importantes sobre a dieta adequada, bem como o reforço no consumo de líquidos. No mais, pode ainda orientar sobre cuidados específicos com a administração do diurético, incluindo nisso o horário, dose e frequência conforme a evolução do quadro.
Fontes: