Antes de tudo, para entender o que é diverticulite é importante entender, primeiro, o que são divertículos. Os divertículos são pequenas bolsas que se formam na parede interna do intestino grosso.
A simples presença de divertículos não caracteriza diverticulite, na verdade é chamada diverticulose e tem como sintomas inchaço abdominal, cólicas, prisão de ventre e fezes endurecidas.
Tanto a força que se faz para evacuar quanto a entrada de fezes nos divertículos podem causar uma inflamação.
A diverticulite é justamente a inflamação dessas pequenas estruturas; ela causa lesões ao intestino e contribui para a proliferação de bactérias, é daí que vem o risco de infecção.
O que causa a diverticulite?
A causa exata da formação de divertículos não é conhecida, mas se sabe que uma alimentação pobre em fibras e rica em alimentos refinados – arroz branco, pão branco, cereais matinais, bolachas – contribui para isso.
Alguns cientistas também acreditam que uma pessoa pode herdar um ou mais genes que a tornam suscetíveis à doença.
O que não comer durante essas crises?
Um dos sintomas da diverticulite é a irritação do intestino de acordo com a alimentação que a pessoa costuma ter.
É importante que, a partir do diagnóstico da doença, aconteça uma adaptação na dieta para que os alimentos não irritem mais ainda o intestino, causando a inflamação dos divertículos.
Por isso, é importante evitar alimentos como:
- Vegetais crus;
- Frutas com casca;
- Carnes vermelhas e gordurosas;
- Alimentos que provocam gases;
- Leite e derivados;
- Embutidos.
Durante as crises de diverticulite, a alimentação deve ser feita com líquidos de fácil digestão para acalmar o intestino e diminuir a formação das fezes.
Uma crise pode ser sinalizada quando surgirem sintomas como dores abdominais, náuseas, vômitos e prisão de ventre.
Com o tempo, assim que os sinais de melhoria da crise forem surgindo, a dieta também poderá ser adaptada, até que seja possível o consumo de alimentos sólidos.
A partir desse momento, é fundamental que a alimentação seja rica em fibras e água, evitando o surgimento de outras crises.
Como são as fezes de quem tem diverticulite?
Um dos sintomas da diverticulite são alterações nas fezes. Geralmente as fezes de quem tem diverticulite são secas e duras, mas o paciente também pode apresentar episódios de diarreia.
Devido à constipação, um esforço maior pode ser feito na hora de evacuar, causando a presença de sangue nas fezes.
Quando a diverticulite é grave?
A partir do surgimento dos sintomas da diverticulite, é fundamental procurar ajuda especializada. Somente com o acompanhamento médico será possível estabelecer a gravidade do caso.
A diverticulite é considerada grave quando evolui para outros problemas e quando não é mais passível de tratamento sem cirurgia.
Uma das consequências mais perigosas da diverticulite pode causar é a perfuração do intestino, que causa intensa inflamação da região abdominal.
A diverticulite pode virar câncer?
Esse é um mito muito popular. Muitas pessoas associam a diverticulite ao câncer colorretal, mas isso é errado.
A diverticulite não se transforma em um tumor, os riscos de agravamento e evolução da doença são outros e estão relacionados à perfuração do intestino.
Embora não exista relação entre as duas doenças, é preciso ficar atento aos sintomas da diverticulite, já que tanto o câncer de cólon quanto a diverticulite podem apresentar sintomas parecidos.
Qual o tratamento da diverticulite?
Dependendo da intensidade dos sintomas da diverticulite, o tratamento é específico e orientado por um médico em consultório; em outros casos, o tratamento pode chegar até a internação para realizar procedimentos hospitalares.
É essencial procurar atendimento médico assim que perceber sinais de que algo está errado com a saúde intestinal.
Se não for tratada corretamente, a diverticulite pode levar a problemas mais graves como forte dor abdominal, sangramento retal, ruptura no cólon, abscessos – bolsas de pus – , estenose e fístula.
Além disso, a diverticulite pode dificultar o diagnóstico de câncer cólon e reto, e precisa de acompanhamento médico regular para evitar crises.
Tem cura?
Geralmente, os casos mais leves de diverticulite são tratados em casa mesmo, com antibióticos, repouso e muita hidratação.
Esse processo costuma durar em torno de 10 dias e ao final, na maioria dos casos a pessoa se livra da inflamação.
Os pacientes com casos mais graves, na maioria das vezes, necessitam de internação hospitalar para que fiquem em observação e passem por esse mesmo processo de forma mais intensa e prolongada, com uma dieta equilibrada.
Nos casos em que existe o perigo de perfuração intestinal, é necessário fazer uma cirurgia de urgência para retirar a parte do órgão afetada.
Já aqueles que sofrem com vários episódios seguidos, mesmo que não sejam tão graves, o recomendado costuma ser operar para que haja a cura completa.
Caso tenha algum desses sintomas, agende uma consulta com um de nossos especialistas através do site ou telefone.
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