Usado para o diagnóstico e acompanhamento da glicose em pacientes com diabetes, o exame é um dos quatro testes laboratoriais recomendados para esse objetivo – ao lado da glicemia em jejum e pós-prandial, além da curva glicêmica (teste de tolerância à glicose).
No conteúdo abaixo, são detalhadas as informações sobre o modo de realização da hemoglobina glicada, preparo, valores de referência e fatores que podem influenciar no resultado.
Função do teste de hemoglobina glicada
Realizado em laboratório, a partir de uma amostra de sangue do paciente, o exame tem como objetivo avaliar a fração da hemoglobina (proteína encontrada no sangue e responsável também pelo transporte de oxigênio) que se conecta à glicose, conforme explica a Associação Nacional de Atenção ao Diabetes (ANAD).
O teste é recomendado por possibilitar uma ampla visão sobre a glicemia média da pessoa em um intervalo longo de tempo – 90 a 120 dias, de acordo com o Ministério da Saúde.
É usado com frequência em indivíduos com o diagnóstico recente da condição para o acompanhamento do tratamento do distúrbio metabólico.
Existem pelo menos dois tipos de exames (todos disponíveis no dr.consulta), que se diferem pelas técnicas utilizadas: turbidimetria ou cromatografia.
Caberá, portanto, ao profissional que solicitou os testes interpretar os resultados de maneira adequada de acordo com o método e parâmetros estabelecidos, além das condições clínicas do indivíduo.
Com o Cartão dr.consulta, é possível ter acesso a exames e a consultas com diferentes especialistas, orientações sobre dieta, medicação e exercícios por meio do programa Viva Bem. Essa linha de cuidados oferece suporte e acompanhamento de perto para a saúde do paciente e prevenir o agravamento de condições como a diabetes, hipertensão e colesterol alto (dislipidemia).
Preparo necessita de jejum em alguns casos
De modo geral, o exame não exige a privação prolongada de alimentos. Entretanto, no caso da hemoglobina glicada por turbidimetria ou por cromatografia, é preciso jejum de 4 horas antes da coleta de sangue para a realização do exame.
Valores de referência
De acordo com a Associação Brasileira para Estudo da Obesidade e Síndrome Metabólica (Abeso), os parâmetros (em %) usados para verificar se um paciente está diabético por meio do teste de hemoglobina glicada são:
- normal: até 5,7;
- pré-diabetes: entre 5,7 e 6,4;
- diabetes: maior ou igual a 6,5.
Quando o exame é solicitado?
Segundo a ANAD, o procedimento pode ser necessário em algumas situações:
- alteração no exame de glicemia em jejum;
- perda de peso sem motivo;
- desidratação;
- histórico familiar de parentes com o distúrbio metabólico;
- sintomas como aumento da produção de urina, sede em excesso, tontura, mal-estar.
O que pode impactar o resultado?
Embora confiável e seguro, alguns fatores podem interferir nos valores da hemoglobina glicada apresentados, de acordo com a ANAD. Isso pode acontecer se o paciente apresentar:
- anemia hemolítica;
- quantidade insuficiente de ferro no sangue;
- variante de hemoglobina A;
- sangramento intenso ou crônico;
- transfusão de sangue recente.
Exame não gera efeito colateral grave
Por se tratar de um teste que envolve apenas a coleta de sangue, a hemoglobina glicada apresenta riscos mínimos para o paciente. Eventualmente, é possível a ocorrência de pequenos hematomas ou lesões leves nos vasos sanguíneos.
Esses efeitos colaterais, no entanto, não são considerados graves e o corpo se recupera rapidamente – em poucos dias eles desaparecem. Por fim, é possível dizer que se trata de um procedimento seguro e eficaz para o manejo da diabetes.
Fontes: