As infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) são causadas por vírus, bactérias ou outros microrganismos. Apesar de ainda serem condições comuns, elas devem ser devidamente diagnosticadas e tratadas.
De acordo com uma pesquisa da Organização Mundial da Saúde (OMS), realizada em 2019, são diariamente contabilizados, no mundo, mais de 1 milhão de casos de ISTs curáveis entre pessoas de 15 a 49 anos.
Uma dessas patologias, a tricomoníase, atinge, majoritariamente, pessoas com aparelho reprodutor feminino — mas também pode se manifestar em indivíduos com aparelho reprodutor masculino e deve ser tratada com seriedade.
Neste conteúdo, abordaremos o que é tricomoníase, quais são seus principais sintomas e as formas de prevenção.
O que é a tricomoníase?
A tricomoníase é uma IST causada pelo protozoário Trichomonas vaginalis. A maioria dos casos são assintomáticos, mas, quando não, essa patologia pode causar o corrimento vaginal.
Para evitar o desenvolvimento da tricomoníase, o uso da camisinha durante as relações sexuais é fundamental. Além disso, ela também é um mecanismo para prevenir possíveis gravidezes indesejadas.
E a tricomoníase em homens?
Segundo o Ministério da Saúde (MS), essa patologia, no público masculino, não costuma apresentar sintomas.
Na realidade, o protozoário pode permanecer por vários dias no sistema urinário sem provocar desconfortos, favorecendo a transmissão involuntária aos parceiros sexuais. Em alguns quadros, entretanto, a tricomoníase em homens pode dar indícios. Os mais comuns são:
- irritação e corrimento no pênis;
- ardor ao urinar ou ao ejacular.
Prevenção para ambos os gêneros
Independentemente do gênero ou da orientação sexual, a prevenção é fundamental para evitar o desenvolvimento tanto da tricomoníase quanto de outras ISTs. Por isso, o uso de métodos durante as relações é o principal cuidado a ser tomado.
A educação sexual, incluindo a utilização correta do preservativo e o conhecimento sobre as diferentes infecções sexualmente transmissíveis, são temas que devem ser abordados desde a adolescência.
Assim, os pais e responsáveis devem ter um canal de comunicação transparente com seus filhos para conscientizar sobre a importância de manter atos sexuais em segurança.
Sintomas, descoberta e exames importantes
Apesar de não apresentar indícios em boa parte das situações, quando presentes, costumam ser:
- presença de corrimento amarelo, amarelo-esverdeado ou acinzentado com um cheiro que lembra a peixe;
- coceira nos órgãos genitais;
- em certos casos, prurido, sangramento após a relação sexual e dor ao urinar.
Ao notar um ou mais desses sinais, é fundamental buscar ajuda médica de profissionais da Ginecologia (no caso de pessoas com aparelho reprodutor feminino) ou da Urologia (para aquelas com aparelho reprodutor masculino).
A partir da anamnese, os especialistas dessas áreas podem solicitar exames mais específicos para confirmar o diagnóstico. Desse modo, pode ser realizada a coleta de secreções da genitália para análise ou a solicitação da urocultura.
O Cartão dr.consulta atua como um facilitador para a assistência profissional. A partir da assinatura, é possível fazer exames com descontos e incluir, além do titular, mais quatro pessoas. Tudo isso sem restrição de idade ou necessidade de parentesco.
Tratamentos e como lidar com as dores
O tratamento dessa IST envolve a utilização de medicamentos específicos, com o objetivo de inibir a ação do protozoário causador da condição. No entanto, somente profissionais especializados podem prescrever o melhor modo de tratar a doença.
Após a confirmação, ser transparentes com as parcerias sexuais é igualmente de extrema importância para evitar a possível reinfecção ou eventuais complicações.
Essa é uma patologia com a qual não é possível conviver, já que, devido aos sintomas e desconfortos, afeta diretamente a qualidade de vida. Assim, o tratamento para tricomoníase deve ser simultâneo ao aparecimento de sintomas.
Principais ISTs
Agora que você sabe o que é tricomoníase, é válido lembrar que existe uma lista das infecções sexualmente transmissíveis mais conhecidas atualmente. Apesar de curáveis, todas precisam de atenção especializada.
Segundo o Ministério da Saúde (MS), as principais doenças dessa categoria costumam ser:
- herpes genital;
- cancro mole (cancroide);
- HPV;
- doença inflamatória pélvica (DIP);
- donovanose;
- gonorreia e infecção por Clamídia;
- linfogranuloma venéreo (LGV);
- sífilis;
- infecção pelo HTLV.
Desse modo, todos aqueles com vida sexual ativa precisam manter o exame de identificação de ISTs em dia. Ele está disponível no site do dr.consulta, com a possibilidade de descontos por meio do Cartão dr.consulta, além de outros procedimentos para identificação de diversas patologias.
Fontes:
- A cada dia, há 1 milhão de novos casos de infecções sexualmente transmissíveis curáveis | Organização Pan-Americana da Saúde (Opas/OMS);
- Tricomoníase | Ministério da Saúde (MS);
- Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) | Ministério da Saúde (MS);
- Tricomoníase é a IST curável mais comum no mundo | Ministério da Saúde (MS).
- Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) | Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais;
- Vamos falar sobre tricomoníase? | Universidade Federal Fluminense (UFF);
- Cartilha infecções sexualmente transmissíveis (IST) | Universidade Federal do Piauí (UFPI).