A menstruação excessiva, também chamada de hipermenorreia ou menorragia, é aquela em grandes quantidades – supera os 80ml, o que equivale a cinco ou seis colheres de sopa, de um período menstrual normal, ou seja, o absorvente fica cheio de sangue em no máximo uma hora, além de durar mais tempo do que o habitual.
A menstruação é considerada excessiva quando
- a quantidade de sangue obriga a troca de um absorvente a cada hora;
- a mulher acorda no meio da noite para trocar o absorvente;
- os períodos menstruais são maiores do que sete dias;
- há grandes coágulos de sangue no fluxo menstrual;
- há dor ou cólica na região inferior do abdômen durante os períodos menstruais.
E o que pode causar a menstruação excessiva? Conheça os 19 motivos
- yso de dispositivos intrauterinos;
- desequilíbrio hormonal dos níveis de estrogênio e progesterona;
- disfunção dos ovários, como falta de ovulação;
- níveis elevados de prostaglandinas, substâncias químicas que ajudam a controlar as contrações musculares no útero;
- níveis elevados de endotelinas, substâncias químicas que ajudam os vasos sanguíneos a dilatar;
- endometriose;
- doença inflamatória pélvica;
- fibromas uterinos (tumores não cancerosos que se desenvolvem nos músculos do útero);
- gravidez anormal (ectópica, aborto espontâneo);
- infecções, tumores ou pólipos do colo ou da cavidade uterina;
- distúrbios de coagulação ou das plaquetas sanguíneas;
- doença hepática, renal ou da tireoide;
- síndrome dos ovários policísticos;
- doenças suprarrenais e hiperprolactinemia (níveis sanguíneos aumentados da hormona prolactina);
- vânceres de útero, dos ovários ou do colo do útero;
- quimioterapia;
- uso de medicamentos como anticoagulantes ou alguns anti-inflamatórios não esteroides, pois podem interferir na coagulação sanguínea;
- obesidade.
Diagnóstico e tratamento da menstruação excessiva
Além do exame clínico, o médico pode solicitar exames de sangue, papanicolau, ultrassonografia pélvica ou biópsia. Se a mulher tem menstruação excessiva quando começa a menstruar, ou, ao contrário, quando está chegando perto da menopausa, os sangramentos podem passar espontaneamente.
Nos demais casos, o tratamento costuma ser feito com anticoncepcionais orais, anti-inflamatórios, hormônios de uso oral ou ainda com a implantação de um dispositivo intrauterino.
Caso nenhum desses tratamentos tenha resultado, pode ser necessário cirurgia. O médico também pode indicar suplementos de ferro se o sangramento for tão intenso que chega a causar hemorragia.