Extremamente contagiosa, a doença pode afetar pessoas de qualquer idade e trazer complicações graves
O sarampo é uma infecção aguda, de natureza viral, extremamente contagiosa, que pode afetar pessoas de qualquer idade. Suas complicações contribuem para a gravidade da doença, particularmente em crianças desnutridas e com menos de um ano. Em algumas partes do mundo, o sarampo é uma das principais causas de mortalidade entre crianças menores de 5 anos de idade.
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Como o sarampo é transmitido?
A transmissão do sarampo ocorre de forma direta, por meio de secreções expelidas ao tossir, espirrar, falar ou respirar. Por aí já dá para perceber que o poder de contágio da doença é elevado. O período de maior transmissibilidade do vírus ocorre dois dias antes e dois dias após o início dos sintomas.
O sarampo afeta, igualmente, ambos os sexos. De acordo com o Ministério da Saúde, a incidência, a evolução clínica e a letalidade são influenciadas pelas condições socioeconômicas, nutricionais, imunitárias e aquelas que favorecem a aglomeração em lugares públicos e em pequenas residências.
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Sintomas e tratamento
Entre os principais sinais e sintomas do sarampo estão: febre alta (acima de 38,5°C), dor de cabeça, manchas brancas dentro da boca (antecedem de 1 a 2 dias o aparecimento das manchas vermelhas), manchas vermelhas (surgem primeiro no rosto e atrás das orelhas, e, em seguida, se espalham pelo corpo), tosse, coriza, conjuntivite.
Ainda não existe um tratamento específico para o sarampo. A Organização Mundial da Saúde recomenda a administração da vitamina A em crianças em estado grave e, para os casos sem complicação, manter a hidratação, o suporte nutricional e tomar medidas que reduzam a febre. Complicações como diarreia, pneumonia e otite (infecção de ouvido), devem ser tratadas individualmente.
Lembrando que o sarampo pode deixar sequelas como diminuição da capacidade mental, cegueira, surdez e retardo do crescimento. O agravamento da doença pode levar à morte de crianças e adultos. O Ministério da Saúde alerta que a ocorrência de febre, por mais de três dias, após o aparecimento das manchas vermelhas, é um sinal de alerta, podendo indicar o aparecimento de complicações.
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Todo mundo deve se vacinar contra o sarampo
De acordo com a Organização Pan-Americana da Saúde, entre 2000 e 2017, a vacinação resultou em uma queda de 80% no número de mortes por sarampo. Essa é a única maneira de se prevenir a doença.
Antes, a orientação era que quem já tivesse tomado as duas doses da vacina não precisaria se vacinar de novo — as doses são, normalmente, oferecidas para crianças de até 12 meses e 15 meses de idade, respectivamente. Mas com o aumento do número de infectados houve mudanças.
De acordo com o Ministério da Saúde, agora, a orientação é para a vacinação indiscriminada de qualquer pessoa de 15 a 29 anos, que é a faixa etária mais suscetível a não ter tomado a segunda dose da vacina. Embora responda pela metade dos casos de sarampo registrados até o momento, pessoas com mais de 30 também podem tomar a vacina.
FONTES:
Ministério da Saúde
http://www.saude.gov.br/saude-de-a-z/sarampo
Organização Pan-Americana da Saúde https://www.paho.org/bra/index.php?option=com_content&view=article&id=5633:folha-informativa-sarampo&Itemid=1060