Na verdade, diferente do que muitos pensam, o testículo é o órgão que fica dentro do escroto, sendo esta a parte externa que fica atrás do genital masculino. E é o testículo o responsável pela fertilidade masculina, já que a produção de espermatozoides depende de seu bom funcionamento.
Por esse motivo é importante prestar atenção em qualquer sinal estranho ou incômodo que acometa essa região. Como qualquer outra parte do corpo, ela pode sofrer uma inflamação, chamada clinicamente de orquite, e a ajuda médica deve ser imediata.
O que causa a orquite?
A orquite é pode ser causada por um microrganismo, que pode ser um vírus, uma bactéria, um fungo ou um parasita.
A mais comum é a inflamação viral associada à caxumba. O vírus desce pelo sangue até o testículo e desenvolve a condição.
Quando o paciente possui mais de dez anos de idade, é preciso mais cuidado, pois ela pode acontecer nos dois testículos ao mesmo tempo e acabar causando infertilidade. Felizmente, os números ainda são positivos, estima-se que apenas 4% dos casos acabam com essa sequela.
Quando provocada por bactérias, a orquite geralmente acontece após ou junto de uma epididimite, que é a inflamação do epidídimo (ducto que coleta e armazena os espermatozoides). Se não tratada, também pode afetar a fertilidade masculina. Já nos quadros associados aos fungos, o paciente também pode desenvolver acúmulo de pus nos tecidos do órgão.
Como identificar?
O primeiro sintoma da orquite, que é o que torna mais fácil de identificar a existência de algum tipo de inflamação na região, é a dor testicular. O escroto também costuma ficar vermelho e inchado e o paciente apresenta um quadro de febre. Às vezes náuseas e vômitos podem acompanhar os outros sinais.
O que fazer para se cuidar?
Procurar ajuda médica é essencial, pois o tratamento é por meio de remédios analgésicos, antiinflamatórios e antitérmicos prescritos. O profissional da saúde também pode recomendar o suspensório escrotal, dias de descanso e compressa fria no local.