Em fevereiro de 2020, mais especificamente no dia 26, foi confirmado o primeiro caso de Covid-19 no Brasil. Durante o mês seguinte, a pandemia já tomava forma no país e como consequência, novos casos eram registrados diariamente. Como medida preventiva, o distanciamento social foi decretado.
Hoje, quase 19 meses depois, ao olharmos para trás, podemos perceber que naquele momento iniciava-se uma nova fase em nossas vidas – até então desconhecida e sem prazo de validade.
Durante todo esse período, tivemos que nos adaptar ao isolamento social e às incertezas. As escolas e universidades passaram a funcionar com o ensino à distância e várias empresas decretaram o modelo de home office para evitar o vai e vem de seus funcionários pela cidade.
Nos deparamos com ruas desertas, bem como praias, parques e shoppings centers. Tudo foi feito com o objetivo de evitar a disseminação do novo coronavírus, para assim, reduzir o número de infectados e, consequentemente, o de óbitos.
Passamos a nos adaptar com o uso obrigatório de máscaras em locais públicos e melhoramos (e muito!) nossas medidas de higiene pessoal.
Apesar de todo esse cuidado, uma parcela da sociedade foi afetada de outra maneira por conta da pandemia.
Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), antes mesmo do novo coronavírus, o Brasil já detinha a população mais ansiosa do mundo e a mais depressiva da América Latina. Com o desenrolar da pandemia, esse quadro só piorou, aumentando o número de casos de pacientes com distúrbios psicológicos.
Um estudo da UERJ (Universidade do Estado do Rio de Janeiro) revelou que a pandemia aumentou em 90% o número de pessoas com diagnóstico de depressão no país. Outra pesquisa, comandada pela UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul), constatou que o número de brasileiros ansiosos cresceu em 80% apenas entre os meses de maio e julho de 2020.
É compreensível notar esse quadro crítico, já que o distanciamento social limitou a convivência entre as pessoas. Muitos abraços e encontros foram adiados e muitas pessoas tiveram que aprender a lidar com a solidão (um dos maiores fatores de risco para a depressão).
Não é pra menos que a quantidade de entretenimento online cresceu consideravelmente no período. Na falta de lazer externo, o jeito foi aprender a se divertir em casa mesmo. Não faltaram lives e muita criação de conteúdo digital para compartilhamento.
Atualmente, com o avanço no processo de vacinação contra a doença, é possível ter a esperança de que tudo voltará ao normal em breve. Entretanto, não podemos ignorar os protocolos de segurança, uma vez que a pandemia ainda não acabou. Ao mesmo passo que a vacinação progride, variantes da Covid-19 se proliferam de maneira perigosa por aí.
Mantenha o uso de máscara ao sair de casa, evite aglomerações e continue realizando sua higiene pessoal de maneira adequada.
Ah, e não deixe de cuidar da sua saúde mental também: pratique atividades de relaxamento diariamente, procure maneiras de se divertir com quem está ao seu redor e não consuma notícias ruins em excesso. A sua saúde agradece. 😉