Em sua tradução peeling significa descascar. Esse procedimento dermatológico permite a reestruturação e a renovação da pele ao remover as suas camadas em diferentes níveis.
Indicado para tratamentos de pele (acnes, manchas) e para fins estéticos (como os que previnem ou adiam o envelhecimento e a flacidez), a intervenção exige critérios rigorosos quanto aos processos, a aplicação das substâncias e o devido acompanhamento antes, durante e depois das sessões.
Tipos de peeling
Os primeiros pontos a saber é que existe mais de um tipo e que a atuação não se restringe apenas ao rosto:
- físico (peeling de cristal, peeling de diamante ou microdermoabrasão): é mais superficial e funciona como uma esfoliação. Utilizado comumente no tratamento da pele acneica (com acne) e com cravos;
- químico (peeling de fenol, mandélico, retinóico): o nível de atuação pode ir de superficial a profundo. Entre os ativos comuns estão o fenol, ácido retinóico, ácido salicílico, 5-fluoracil e o ácido glicólico. Peelings químicos superficiais são indicados para tratar pigmentação e textura da pele, enquanto os médios e profundos podem ajudar na melhora de cicatrizes de acne e rugas mais profundas;
- laser (laser peel): baseado no uso de calor de maneira controlada e microfracionada. Pode tratar manchas, sardas, cicatrizes mais profundas, rugas pequenas e pele envelhecida pelo sol;
- caseiro: aquele feito com receitas caseiras e ingredientes abrasivos. Esse tipo é geralmente menos eficaz e pode ser perigoso se não for feito com orientação adequada. Ingredientes comuns em peelings caseiros incluem suco de limão, bicarbonato de sódio e açúcar, que podem causar irritação ou danos se usados de forma inadequada.
Normalmente, duas ou três sessões são suficientes para os efeitos iniciais da descamação. No entanto, esse número depende da condição da pele, do tipo de peeling utilizado e da resposta individual ao tratamento.
Contraindicações
O peeling não é indicado para todas as pessoas. Por exemplo, quem tem pele negra deve consultar um dermatologista para avaliar os riscos de hiperpigmentação pós-inflamatória (aparecimento de manchas escuras ou descoloridas pós-procedimento).
Com a análise, o profissional poderá indicar a melhor técnica e produto, pensando no seu objetivo, para evitar complicações.
Outros fatores que podem contraindicar o peeling incluem:
- doenças de pele ativas (como herpes ou infecções cutâneas);
- gravidez e amamentação;
- uso recente de medicamentos que sensibilizam a pele (como isotretinoína);
- tendência a cicatrizes ou queloides;
- condições de saúde que afetam a pele, como rosácea ou dermatite atópica;
- espinhas de grau 2 (bem vermelha, dolorida e com pus).
A pele é o maior órgão humano
Responsável pela regulação e controle da temperatura, proteção contra agentes externos e pela imunidade, a pele não é um tecido e sim um órgão e, como tal, precisa ser cuidada e preservada. É formada por três camadas, como explica a Sociedade Brasileira de Dermatologia:
- epiderme: primeira camada, ou seja, a mais superficial, por onde as células se renovam (queratinócitos). É onde também estão os melanócitos, as células responsáveis pela pigmentação da pele (melanina) e onde se origina os anexos da pele, como unhas e pelos;
- derme: feita de colágeno e elastina, é essa camada que ajuda a pele a ser firme e elástica. Há, ainda, muitos vasos sanguíneos e terminações nervosas que fazem você sentir coisas como dor e temperatura; bem como os folículos dos pelos, nervos, e glândulas que produzem óleo e suor;
- hipoderme: é a mais profunda e une as camadas anteriores, servindo ainda como um “depósito de gorduras”.
Como o peeling age na pele?
O procedimento atua promovendo uma espécie de “renascimento” cutâneo. Ao remover as camadas mais superficiais ou até mesmo mais profundas, dependendo do tipo de peeling, a pele é estimulada a se regenerar, produzindo células novas e mais saudáveis.
Por isso, essa intervenção é conhecida por contribuir para uma aparência mais jovem, uniforme e luminosa. No entanto, para garantir a segurança e eficácia do tratamento, é essencial seguir uma série de cuidados.
Antes de realizar o peeling, por exemplo, é importante consultar um dermatologista, que avaliará o tipo de pele, as condições específicas e a indicação mais adequada do procedimento.
Em alguns casos, pode ser necessária também uma avaliação cardiológica, especialmente se houver uso de substâncias que possam interferir na saúde cardiovascular ou se a pessoa já tiver condições pré-existentes, como arritmia e diabetes.
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Escolher um profissional especializado e seguir suas recomendações contribui significativamente para a eficácia do tratamento e para a prevenção de complicações.
Cuidados antes, durante e pré-peeling
Durante a consulta, antes do procedimento, o médico deve passar uma série de orientações que irão ajudar na preparação da pele para receber aquela intervenção. Claro que pode variar de pessoa para pessoa, mas as principais recomendações são:
- evitar exposição ao sol: proteja a pele com protetor solar e evite bronzeamento por pelo menos duas semanas antes do procedimento;
- suspender certos medicamentos: medicamentos que aumentam a sensibilidade da órgão, como ácidos, devem ser suspensos conforme orientação médica;
- preparação da pele: o uso de cremes prescritos pelo dermatologista, como aqueles contendo retinoides, pode ser indicado para preparar a pele.
Se você já passou pelo dermatologista e seguiu corretamente as suas indicações, já está preparado para fazer o procedimento.
Lembre-se que é muito importante escolher um profissional, bem como um local, confiável para realizar o peeling.
É papel da pessoa que está fazendo a intervenção monitorar a aplicação das substâncias e as reações da pele ao tratamento, além de realizar o acompanhamento posteriormente, pois o local estará mais sensível e suscetível a danos, principalmente pela exposição ao sol.
Outros possíveis efeitos colaterais do peeling podem incluir:
- vermelhidão;
- inchaço;
- descamação.
Para evitar complicações, como cicatrizes e infecções (em casos mais raros), você também precisa cumprir o seu papel. Por isso, além de evitar a exposição ao sol e o uso de produtos irritantes pelo tempo recomendado pelo dermatologista, é essencial seguir rigorosamente outras orientações de cuidados com a pele passadas pelo profissional.
Fontes: