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Pericardite: o que é e como ela afeta a vida do indivíduo?

Na linguagem médica, o sufixo ‘’ite’’ indica a presença de inflamação da estrutura anatômica citada no radical da palavra. Assim, bronquiolite, por exemplo, significa inflamação nos brônquios. O mesmo acontece com a pericardite, problema relacionado à inflamação do pericárdio.

O pericárdio é um tipo de estrutura sacular (em forma de saco) que envolve o coração. Ele possui duas lâminas: a externa é chamada de parietal e é constituída por feixes de colágeno.

A camada interna, chamada de lâmina visceral, tem duas funções: manter o coração na posição fisiológica e impedir que o fluxo sanguíneo expanda além de sua capacidade.

Quando alguma dessas estruturas — ou ambas — sofre um processo de inflamação decorrente de alguma doença, surge a pericardite. Saiba mais sobre as causas, sintomas e como tratar essa doença. Boa leitura!

Quais são as causas de pericardite?

Em grande parte dos casos, a causa da pericardite se mantém obscura. No entanto, sabe-se que ela pode ser causada por:

Quais são os sintomas?

A pericardite pode ser aguda — ou seja, acometer o paciente rapidamente— ou crônica, de início gradual, sem muitas manifestações. Entre os sintomas mais comuns, estão:

Como é feito o diagnóstico?

Primeiramente, deve-se afastar a hipótese de outras doenças cardiovasculares que possuam os mesmos sintomas. Sendo assim, o diagnóstico é clínico (após a ausculta dos sons cardíacos e pulmonares) e baseado na história do paciente.

Além disso, os principais exames utilizados para auxiliar o diagnóstico são:

Em alguns casos de pericardite, pode ocorrer acúmulo de líquido no pericárdio. A ressonância magnética é um bom exame para concluir o diagnóstico adequadamente.

Quais são as opções de tratamento?

Os casos leves, em que há basicamente dor associada ao quadro, podem ser tratados com medicamentos anti-inflamatórios para deter o processo de inflamação que está causando a doença. Se o processo inflamatório foi causado por bactérias, o paciente também deve fazer o uso de antibióticos.

Pacientes que evoluíram para derrame pericárdico ou que possuem doenças graves devem ser internados e tratados com mais cautela.

No entanto, como na maioria das vezes não se sabe a causa do problema, a conduta é expectante.

Ou seja, o médico monitoriza o paciente e diminui a inflamação com medicamentos até descobrir a etiologia (a origem) da doença. Raramente, a pericardite pode evoluir para fibrose e restringir o coração em seus batimentos. Nesse caso, pode ser indicada cirurgia de correção.

A evolução da pericardite depende da causa da doença. Assim, não é possível delimitar riscos e possíveis condições.

Podemos concluir que os sintomas de pericardite são extremamente parecidos com os sinais de doenças cardiovasculares e pulmonares. Dessa forma, caso sinta algum desse sinais, é necessário procurar um médico cardiologista e marcar uma avaliação!

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