De acordo com a Organização Mundial da Saúde, todos os anos, são registrados mais de um milhão de suicídios no mundo inteiro. Por aqui, a cada 45 minutos um brasileiro tira a própria vida.
Geralmente associado à depressão, o problema é mais complexo e pede atenção. Especialistas do Conselho Federal de Medicina explicam que o suicídio é o desfecho de uma série de fatores que se acumulam na história de vida de uma pessoa. A avaliação desses fatores é o que torna possível a prevenção de suicídio.
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Como identificar o risco
Saber reconhecer os sinais de alerta em si mesmo ou em alguém próximo a você pode ser o primeiro e mais importante passo para a prevenção de suicídio. Por isso, além de uma cuidadosa autoavaliação, preste atenção ao que acontece à sua volta e nunca subestime os sentimentos de alguém.
De acordo com o Ministério da Saúde, pessoas sob risco de tirar a própria vida costumam falar sobre morte e suicídio mais do que o comum.
Em conversas de rotina, também podem confessar se sentir sem esperança, culpadas, com falta de autoestima e mostram uma visão negativa do futuro.
Vale, ainda, estar atento à tendência ao isolamento. Pessoas com pensamento suicida costumam não atender a telefonemas, interagem menos nas redes sociais, ficam fechadas em seus quartos, reduzem ou cancelam atividades de lazer, principalmente aquelas que costumavam e gostavam de fazer.
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Prevenção de suicídio em ação
Pensamentos e sentimentos de querer acabar com a própria vida podem ser insuportáveis, por isso, contar com ajuda é fundamental. Se você se identifica com o quadro, converse com alguém em quem você confie e não hesite em pedir ajuda a especialistas e serviços de suporte.
Percebeu que alguém está correndo risco? Aqui vão as orientações do Ministério da Saúde sobre o que fazer nesse caso:
- encontre um momento apropriado e um lugar calmo para falar sobre suicídio com essa pessoa. Deixe-a saber que você está lá para ouvir, ouça-a com a mente aberta e ofereça seu apoio;
- incentive a pessoa a procurar ajuda de profissionais de serviços de saúde mental e se ofereça para acompanhá-la a um atendimento;
- se você acha que ela está em perigo imediato, não a deixe sozinha. Procure ajuda de profissionais de serviços de emergência e entre em contato com alguém de confiança, indicado pela própria pessoa;
- se a pessoa vive com você, assegure-se de que ela não tenha acesso a meios para provocar a própria morte (por exemplo, pesticidas, armas de fogo ou medicamentos) em casa.
- fique em contato para acompanhar como a pessoa está passando e o que está fazendo.