Saiba como o pterígio afeta a visão e o que fazer

Popularmente chamado de “carne no olho”, o pterígio se caracteriza pelo crescimento anormal do tecido fibrovascular, o que gera sintomas desconfortáveis e, em casos mais avançados, pode prejudicar a visão.
A condição também é motivo de preocupação estética, já que a carnosidade fica visível e altera a aparência ocular.
Por isso, saber reconhecer os sinais e buscar o tratamento adequado são passos essenciais para evitar complicações.
O que é o pterígio
Ele é definido como uma lesão fibrovascular que se forma na conjuntiva (membrana que reveste a parte branca) e pode avançar em direção à córnea – estrutura transparente responsável por permitir a passagem da luz.
Mais comum em pessoas que vivem nas regiões próximas à linha do Equador, sobretudo adultos jovens entre 20 e 40 anos, devido à exposição intensa ao sol (ou seja, aos raios ultravioletas), segundo artigo disponível na Electronic Journal Collection Health.
Outros fatores de risco incluem a predisposição genética e o contato frequente com poeira, vento e baixa umidade do ar.
Sintomas mais frequentes
Podem variar de acordo com o estágio em que o quadro se encontra, porém, entre os mais relatados estão:
- vermelhidão constante;
- sensação de areia ou corpo estranho;
- irritação e ardência;
- lacrimejamento;
- visão embaçada ou distorcida, especialmente quando o tecido atinge a área da córnea.
Conforme se agrava, também pode provocar alterações nessa estrutura que levam ao desenvolvimento de astigmatismo e à perda da qualidade visual.
Como é feito o diagnóstico
Durante uma avaliação clínica, o oftalmologista já consegue identificar a condição. Mas, em casos específicos, ele pode solicitar testes complementares, incluindo:
- topografia corneana, que analisa a curvatura da córnea;
- tomografia de coerência óptica (OCT), para checar a espessura e a extensão da lesão.
Para classificar o estágio, considera-se seu tamanho, bem como a visibilidade dos vasos sanguíneos na região afetada, aponta estudo publicado na Revista Brasileira de Oftalmologia.
O Cartão dr.consulta pode ser uma ótima opção para quem busca investigar patologias oculares. Com ele, é possível realizar consultas oftalmológicas e exames necessários com valores reduzidos.

Tratamentos disponíveis para o pterígio
Tudo depende da intensidade dos sintomas. Se leves, a aplicação de colírios lubrificantes e anti-inflamatórios contribui para o alívio do desconforto (sempre prescritos pelo médico).
Já quando prejudicam a capacidade de enxergar ou causam incômodo estético significativo, a cirurgia é indicada. A remoção da carnosidade, conhecida como exérese, é o método mais eficaz.
Técnicas mais modernas, como a de Moscovici, utilizam bolhas de ar para facilitar a separação dos tecidos durante a operação, resultando em enxertos mais finos e aparência mais harmoniosa.
Além disso, o uso de cola de fibrina para fixação tem mostrado benefícios na otimização do tempo cirúrgico e na prevenção de recidivas.
Apesar de ser um procedimento seguro, existe o risco de complicações, como:
- recorrência do crescimento tecidual anormal, que pode ocorrer em até 39% das vezes, destaca o estudo da Revista Brasileira de Oftalmologia;
- aumento do grau de astigmatismo, especialmente em pterígios maiores;
- inflamação ocular no pós-operatório.
É possível evitar o pterígio?
Embora nem todos os casos sejam evitáveis, algumas medidas podem ajudar a prevenir o surgimento ou a progressão do quadro:
- usar óculos escuros com proteção UV;
- utilizar chapéus ou bonés em dias ensolarados;
- manter a lubrificação dos olhos, principalmente em ambientes secos;
- reduzir a exposição à poeira e ao vento.
Colocar em prática esses hábitos é crucial, principalmente para quem tem predisposição genética ou trabalha ao ar livre. E vale lembrar que cuidar da visão vai muito além de tratar sintomas ou patologias.
Um acompanhamento regular com o oftalmologista para monitorar a saúde ocular garante mais qualidade de vida e bem-estar.
Fontes:
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