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Qual é a diferença entre autismo e síndrome de Asperger?

Ambos são transtornos de desenvolvimento, mas com diferenças nas dificuldades de interação

Considerado um transtorno global do desenvolvimento, uma característica do autismo é o prejuízo nas habilidades sociais, comunicativas e de aprendizado dos pacientes que a possuem.

No entanto, ele não é o único que se caracteriza dessa forma. A síndrome de Asperger é um dos perfis ou espectro autista,  ambas pertencem ao Transtorno do Espectro Autista, que também é um transtorno de neurodesenvolvimento comum que afeta a interação social e com altas chances de recorrência entre familiares por causa das cargas genéticas. A diferença está em algumas particularidades.

Sinais que auxiliam no diagnóstico do autismo

O autismo é uma condição que geralmente apresenta os sintomas no segundo ano de idade, apesar de muitas vezes os pais só notarem que há algo de errado quando as crianças estão mais velhas e não conseguiram desenvolver a comunicação como deveriam.

O seu diagnóstico é baseado em uma série de critérios, dentre eles: prejuízos na comunicação e interação social, padrões repetitivos de comportamentos e de interesses. Esses sintomas devem estar presentes desde o início da infância e limitarem o dia-a-dia.

A criança autista geralmente tem dificuldade de aprender a linguagem verbal e assim encontra formas não-verbais de comunicação, usa elementos repetitivos quando fala, frequentemente não participa de brincadeiras que envolvam o faz-de-conta e não consegue se conectar com os colegas, dividir experiências ou mesmo apresentar alguma reciprocidade social e emocional.

Como a síndrome de Asperger se difere

Apesar da síndrome de Asperger também utilizar critérios de prejuízo na interação social e padrões de interesses restritos para o seu diagnóstico, a dificuldade no desenvolver da linguagem e da comunicação é menor.

O que se difere nesse aspecto de pessoas sem transtornos de desenvolvimento é que a fala pode não apresentar entonações de humor, ser alta e rápida demais e com pouca fluência, mas não de forma tão rígida como acontece no autismo.

Esses pacientes, mesmo apresentando quadros de isolamento social, também não são tão inibidos como os autistas. Eles apresentam dificuldade de abordar outras pessoas para conversar, só que muitas vezes de forma atípica ou sem sucesso, demonstrando pouca sensibilidade pelo outro.

Os discursos podem acabar sendo longos e incansáveis, independentemente do interesse da outra pessoa na conversa, e em alguns raros casos ainda podem soar incoerentes.

FONTES:

Autismo e síndrome de Asperger: uma visão geral, Revista Brasileira de Psicologia
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-44462006000500002

Cartilhas de Autismo, Associação Brasileira de Autismo
http://www.autismo.org.br/site/voce-e-a-abra/downloads.html

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