Constipação é o mesmo que prisão de ventre e deve ser tratada por um médico
Você já deve ter ouvido alguém falar “Estou constipado”, fazendo uma alusão a um mal-estar ou mesmo gripes e resfriados. Mas essa relação não é correta.
Constipação é sinônimo de prisão de ventre, ou seja, é um quadro clínico em que há dificuldade de evacuar, a evacuação é incompleta e/ou as fezes se apresentam de forma ressecada ou endurecida.
O problema pode ser de dois tipos, dependendo da sua causa:
- Constipação funcional (relacionada a hábitos de vida, distúrbios emocionais);
- Constipação orgânica (em que há alguma disfunção intestinal como inflamação, aderências, estreitamento anal e até tumores).
A constipação é mais comum em idosos (por conta de maior uso de medicamentos e menor atividade física) e mulheres (devido às constantes alterações hormonais), mas pode acontecer com qualquer pessoa, em qualquer momento da vida.
Existem algumas condições médicas que favorecem o problema. Exemplos: Síndrome do Intestino Irritável, diabetes, hipotireoidismo, diverticulite, colite, presença de parasitas no intestino, uso excessivo de laxantes e até longos períodos de febre.
Entre os principais sintomas de constipação estão esforço excessivo para evacuar, fezes ressecadas, sensação de evacuação incompleta, dor e inchaço abdominal, gases e distúrbios digestivos.
Lembrando que a constipação não está relacionada, exclusivamente, à frequência de evacuação, por isso, é importante ter atenção aos sintomas e procurar ajuda assim que possível – especialmente se estiver sem ir ao banheiro há mais de três dias.
Só um médico, por meio de avaliação clínica e exames específicos, poderá determinar a causa da constipação e, assim, recomendar um tratamento eficiente, que pode ir desde uma mudança no estilo de vida e/ou uso de medicamentos até cirurgias.
Entre as complicações de uma constipação não tratada estão hemorroidas (inflamação de vasos sanguíneos na região do ânus) e até prolapso retal (extravasamento de parte do intestino).