Contraindicação do Santropina
Este medicamento é contraindicado para uso por pacientes que apresentam hipertensão ocular e glaucoma.
Como usar o Santropina
A dose usual é de 1 a 2 gotas aplicadas no saco conjuntival, ou de acordo com critério médico. Deve-se comprimir o saco lacrimal por 1 ou 2 minutos, após a aplicação do colírio, para reduzir ou evitar a absorção sistêmica da droga.
Precauções do Santropina
Atropina (substância ativa) é de uso tópico ocular.
Para evitar os efeitos sistêmicos, a solução oftálmica deverá ser instilada em dose e frequência menores, conforme a resposta do paciente.
Gravidez e Lactação
Categoria de risco na gravidez: C.
Não foram realizados estudos bem controlados em gestantes. Não se sabe se a aplicação tópica ocular de Atropina (substância ativa) resulta em absorção sistêmica de quantidades suficientes para serem detectadas no leite humano.
Este medicamento não deve ser utilizado durante a gravidez sem orientação médica ou do cirurgião dentista.
Pacientes idosos
Antes de a droga ser administrada, a pressão intraocular deve ser medida em pacientes idosos. Não existem restrições de uso para pacientes idosos. A posologia é a mesma que a recomendada para as outras faixas etárias.
Interferência na capacidade de dirigir veículos e operar máquinas
Devido à possibilidade de borramento de visão a Atropina (substância ativa) (solução oftálmica a 0,5% e 1%) pode causar distúrbios na capacidade de dirigir veículos e operar máquinas, recomendando-se cautela aos pacientes nessas situações.
Pacientes que utilizam lentes de contato
Atropina (substância ativa) não deve ser aplicado durante o uso de lentes de contato gelatinosas ou hidrofílicas, pois o cloreto de benzalcônio presente na fórmula pode ser absorvido pelas lentes. Por este motivo, os pacientes devem ser instruídos a retirar as lentes antes da aplicação do colírio e aguardar pelo menos 15 minutos para recolocá-las após a administração de Atropina (substância ativa).
Reações Adversas do Santropina
Os anticolinérgicos podem causar aumento abrupto da pressão intraocular em olhos com ângulos estreitos ou com câmaras anteriores achatadas, precipitando um ataque de glaucoma por fechamento de ângulo, bem como em casos de glaucoma primário de ângulo aberto.
A absorção sistêmica da Atropina (substância ativa) pode resultar em efeitos sobre o sistema nervoso central (ataxia, alucinação, incoerência verbal, hiperatividade, convulsão e febre), principalmente em pacientes mais sensíveis (crianças e idosos). Podem ocorrer também taquicardia, vasodilatação, retenção urinária e decréscimo da secreção salivar. Atropina (substância ativa) ocasionalmente causa irritação local dos olhos e, em pessoas sensíveis, pode produzir dilatação da pálpebra e conjuntivite. Com o uso contínuo da droga, a conjuntivite pode se tornar crônica.
Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária – NOTIVISA, disponível em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.
Interação Medicamentosa do Santropina
Não são conhecidas interações com outros medicamentos, uma vez que não foram realizados estudos sobre interações entre a Atropina (substância ativa) (solução oftálmica a 0,5% e 1%) e outros medicamentos. Entretanto, sabese que os efeitos da Atropina (substância ativa) e outros antimuscarínicos podem ser aumentados pela administração concomitante de outras substâncias com propriedades antimuscarínicas tais como anti-histamínicos, amantadina, fenotiazina, e antidepressivos tricíclicos.
Interação Alimentícia do Santropina
Não há relatos até o momento.
Ação da Substância Santropina
Resultados de eficácia
Devido aos efeitos midriático e cicloplégico, a Atropina (substância ativa) é indicada em oftalmologia, para exames de fundo de olho, exames de refração, para prevenir aderências da íris ao cristalino nas irites, irodiclites e coroidites e nas ceratites.
Além desses usos terapêuticos, é mencionado nos compêndios que a Atropina (substância ativa) encontra também indicação (associada ou não a outros medicamentos) em cirurgias oculares, como por exemplo no pré-operatório do descolamento da retina, na extração extracapsular do cristalino, no pós-operatório das cirurgias fistulantes, antiglaucomatosas e nos traumatismos não perfurantes oculares acompanhados de uveíte.
Características farmacológicas
Farmacodinâmica
A Atropina (substância ativa) é um antagonista competitivo da ação da acetilcolina e dos agonistas muscarínicos (parassimpatolítica, anticolinérgica). Inibe a resposta dos nervos pós-ganglionares colinérgicos.
Após instilação ocular, a Atropina (substância ativa) bloqueia a resposta do esfíncter muscular da íris e do músculo ciliar do cristalino à estimulação colinérgica, produzindo dilatação da pupila – midríase – e paralisação da acomodação – cicloplegia.
Devido a esses efeitos, midriático e cicloplégico, a Atropina (substância ativa) é indicada em oftalmologia, para exames de fundo de olho, exames de refração, para prevenir aderências da íris ao cristalino nas irites, irodiclites e coroidites e nas ceratites.
Farmacocinética
O tempo para desenvolver midríase máxima pela Atropina (substância ativa) aplicada topicamente no globo ocular é de 30 a 40 minutos; o efeito persiste e a recuperação completa ocorre dentro de cerca de 7 a 10 dias. A Atropina (substância ativa) demora cerca de 1 a 3 horas para produzir cicloplegia máxima e demora cerca de 6 a 12 dias para recuperar a acomodação basal.
Para avaliar as bases farmacológicas dos efeitos sistêmicos da solução oftálmica de Atropina (substância ativa) foi realizado um estudo de biodisponibilidade de uma solução de Atropina (substância ativa) a 1% aplicada em seis voluntários sadios. Este foi um estudo randomizado, cruzado, no qual foi administrada Atropina (substância ativa) na dose de 0,3 mg tanto por via intravenosa quanto ocular.
Os resultados mostraram que a área sob a curva de zero a infinito (AUC0 –œ) para 1-hiosciamina foi de 1,862±0,580 mcg/l X h após administração intravenosa e 1,092 ± 0,381 mcl/l X h após administração ocular, respectivamente. A biodisponibilidade média foi de 63,5 ± 28,6% (média ± DP, n=6; min 19%, máx 95%). Grandes diferenças individuais caracterizaram as fases de absorção e eliminação da cinética da 1-hiosciamina. A meia-vida terminal (t ½ beta) da 1-hiosciamina no plasma não foi afetada pela via de administração da droga.
Os autores concluíram que a biodisponibilidade sistêmica da 1-hiosciamina foi considerável e pode explicar os efeitos colaterais anticolinérgicos sistêmicos relatados em associação com uso clínico da Atropina (substância ativa) em solução oftálmica.