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Não quero! O que é e como viver com a Seletividade Alimentar

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Não quero!“, “Não gosto“. “Não vou comer!“. Nem sempre essas frases e a recusa do alimento são “frescura” e nem devem ser interpretados assim. No fundo, essa rejeição pode ter um nome: Seletividade Alimentar (SA).

Saiba o que é esse transtorno e como manter uma dieta balanceada, mesmo diante de um paladar mais apurado.

O que é Seletividade Alimentar?

Considerada um Transtorno Alimentar Restritivo Evitativo (TARE), a Seletividade Alimentar ocorre quando há recusa alimentar e desinteresse por determinados alimentos. Outra característica comum é o pouco apetite.

Esse quadro, típico entre as crianças, também pode se manifestar na pré-adolescência e se manter na fase adulta – se não tratado adequadamente. 

Segundo um estudo da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), 1 a cada 3 bebês têm algum grau de seletividade alimentar, entre o primeiro e segundo ano de vida.

Paladar exigente ou seletivo? Como diferenciar?

É verdade que muitas pessoas têm suas preferências na hora de comer. No entanto, quem tem seletividade alimentar apresenta esse comportamento em resposta a outros fatores. Não é meramente uma “questão de gosto”.

Ao mesmo tempo em que se negam a comer certos tipos de comidas ou ingredientes, repetem incessantemente o consumo de outros, como um padrão.

O critério da aceitação ou aversão pode ser baseado em:

Existem exemplos onde os pacientes comem mais alimentos amarelos (como ovos e milho) e recusam os vermelhos, como os da “família do tomate”, simplesmente pela cor ou consistência.

Os sabores também são determinantes. Doce, azedo, amargo, salgado, amargo e umami. Essas pessoas tendem a ter gostos mais específicos, optando por um ou outro.

Portanto, o que aparenta ser “uma birra” na hora de comer pode, na verdade, indicar um transtorno alimentar.

Então, é preciso ficar atento aos sinais e comportamentos para identificar e tratar o quadro o quanto antes.

É importante distinguir ainda a seletividade das alergias e da intolerância alimentar. Nos dois últimos, os pacientes não devem consumir ou precisam evitar a ingestão de certas bebidas e alimentos. E, quando não obedecem essa regra, é normal que seus organismos tenham reações e sintomas imediatos ou após um intervalo.

Causas

O diagnóstico normalmente inclui ou está relacionado à:

Quando a condição é mais severa, os pacientes podem desenvolver até fobia dos alimentos.

A SBP traz outro dado que chama a atenção: cerca de 80% das crianças com alteração de desenvolvimento neuropsicomotor têm Dificuldade Alimentar (DA). E isso pode acontecer em diferentes níveis.

Pessoas com Transtorno de Espectro Autista (TEA) estão entre uma das mais impactadas, devido à hipersensibilidade ou hipossensibilidade e rejeição às mudanças na rotina.

Socorro! Meu filho tem seletividade alimentar, o que eu devo fazer?

O primeiro passo é procurar a ajuda de um pediatra. A partir da consulta inicial, esse profissional poderá encaminhar para outros especialistas como nutrólogos ou nutricionistas.

Dependendo do diagnóstico pode ser necessário envolver uma equipe, justamente por se tratar de um atendimento multidisciplinar que exige cuidados complementares.

O fato de uma criança, adolescente ou adulto não querer comer já é tido como um sintoma. No entanto, para lidar com essa condição e ter uma vida com mais qualidade é preciso agir diretamente na causa raiz.

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Cardápios e pratos coloridos

Quando se fala em ter uma alimentação saudável automaticamente lembramos de variedade e equilíbrio.

É por isso que os cardápios e pratos “mais coloridos” remetem às refeições mais completas. Em outras palavras, isso quer dizer que, idealmente, a dieta deve ser mais balanceada.

Proteínas, legumes, verduras, frutas, nas porções corretas, compõem os nutrientes que todo organismo precisa. 

No caso dos seletivos, onde as opções são mais limitadas, a maior carência é dos micronutrientes e essa compensação pode ser obtida com a ajuda da reintrodução de vitaminas e suplementos alimentares.

Somente os profissionais responsáveis pelo acompanhamento devem fazer essas prescrições e indicar remédios e tratamentos. Em nenhuma hipótese é indicada a automedicação.

A hora de comer: dicas práticas 

Chegou aquele momento de preparar uma refeição ou pensar no cardápio e você não sabe o que fazer? Confira essas recomendações:

Rotinas em casa

Refeições fora de casa

Na escola ou trabalho

Nos restaurantes

E como receber uma pessoa que tem seletividade alimentar?

Lembre-se: os momentos das refeições devem ser memoráveis e afetivos. E, principalmente diante de situações mais desafiantes como os enfrentados por quem tem seletividade alimentar, é preciso proporcionar uma boa experiência.

Ao aliar essa atenção extra com a busca pelo auxílio médico é possível comer, viver e ter uma vida muito melhor e mais saudável!

Fontes:

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