A vesícula é um órgão pequeno que fica grudadinho no fígado e é responsável por armazenar a bile: líquido que tem a função de limpar a gordura presa no intestino. São os resíduos das substâncias encontradas nesse líquido que, acumulados, geram a pedra na vesícula. Em 75% dos casos, o colesterol é o principal responsável. Vamos saber mais!
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Sintomas de pedra na vesícula
Quando a pedra na vesícula fica alojada dentro do órgão, não causa sintomas. O problema aparece quando ela fica presa no duto biliar e bloqueia o fluxo da bile para o intestino. Nesse caso, provoca dor intensa no lado direito superior do abdômen que se irradia para a parte de cima da caixa torácica ou para as costelas.
Essa dor persiste enquanto a pedra permanecer no duto. Ela pode voltar para a vesícula ou ser empurrada para o intestino. Quando isso ocorre, a crise de dor diminui.
Os sintomas de pedra na vesícula aparecem, normalmente, meia hora após uma refeição, atingem um pico de intensidade e diminuem depois. Eles vão e voltam ao longo do dia, sempre que se inicia o processo digestivo.
A dor da pedra na vesícula pode vir ou não acompanhada de febre, náuseas e vômitos.
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O que causa pedra na vesícula
Muitos fatores podem alterar a composição da bile e acionar o gatilho de formação de pedra na vesícula. Os que mais aumentam o risco são: dieta de baixa qualidade (rica em gorduras e carboidratos e pobre em fibras); vida sedentária (que eleva o mau colesterol e diminui o bom colesterol); diabetes; obesidade; pressão alta; fumo; uso prolongado de anticoncepcionais; elevação do nível do hormônio estrogênio (o que explica a incidência maior do problema nas mulheres); e predisposição genética.
Por aí, já é possível perceber que rever o estilo de vida pode ser uma forma de prevenir a pedra na vesícula. O diagnóstico é feito com base nas imagens do exame de ultrassom e o tratamento precisa ser realizado o quanto antes.
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Como é o tratamento
Tanto para quem apresenta sintomas quanto para quem não apresenta, a pedra na vesícula deve ser removida por meio de cirurgia. O procedimento costuma ser simples, feito por videolaparoscopia e anestesia geral. De acordo com especialistas do Ministério da Saúde, em geral, os riscos de complicações são baixos e a recuperação é rápida.
Quando a pedra na vesícula não é removida, existe um risco de 30 a 50% de a pessoa sofrer com complicações graves como inflamações e perfuração intestinal, por exemplo. Em casos assim, é preciso se submeter a uma cirurgia de emergência. Portanto, se você se identifica com os sintomas, procure um médico o quanto antes.