Você sabia que os cuidados com a saúde da mulher podem ser iniciados logo na infância ou adolescência? Apesar de parecer incomum, é normal que meninas e adolescentes, guiadas por suas mães, sejam acompanhadas por ginecologistas ou até mesmo pelos próprios pediatras.
Quando muito jovem, antes dos 12 anos, a necessidade por uma consulta ginecológica geralmente se dá por alguma irregularidade observada na região íntima da criança. Já em adolescentes acima de 12 anos, é super comum que o contato entre a jovem e o médico aconteça visando a prevenção de doenças e uma futura vida sexual saudável.
É importante quebrar tabus com informação de qualidade. Isso permite que a jovem cresça e se desenvolva de forma mais segura e mais saudável.
Veja abaixo 5 dúvidas comuns sobre os cuidados femininos na infância e adolescência e saiba mais sobre o assunto.
1. Qual a idade ideal para se consultar com um ginecologista pela primeira vez?
Não há uma idade mínima para iniciar o acompanhamento com um ginecologista. É comum que a primeira consulta aconteça apenas quando a paciente sente a necessidade ou curiosidade.
Segundo especialistas, a visita ao médico passa a ser obrigatória logo após a primeira relação sexual. Isso porque é importante que a paciente aprenda e tire todas as suas dúvidas sobre o assunto, incluindo sobre Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs), métodos contraceptivos e alterações hormonais e fisiológicas provocadas pela puberdade.
2. Quais os problemas ginecológicos mais comuns na infância e adolescência?
Entre os problemas ginecológicos mais comuns nessa faixa etária estão a sinéquia (aderência) de pequenos lábios e as vulvovaginites.
A sinéquia é uma condição, observada geralmente entre os 3 meses e os 6 anos de idade, na qual
as meninas podem ter os pequenos lábios fundidos de forma parcial ou integral. Já a vulvovaginite caracteriza-se por uma inflamação, causada por fungo, vírus ou bactérias, que atinge a vagina e a vulva simultaneamente.
3. Qual a importância de se consultar com um ginecologista desde cedo?
É importante que em uma consulta ginecológica a paciente sinta-se confortável para expor suas preocupações, dúvidas e questões. E isso é muito comum apenas quando a mulher está familiarizada com todo o processo.
Caso a paciente seja acompanhada por um especialista desde cedo, é mais fácil para o médico ganhar a sua confiança e, assim, tornar a consulta mais completa e produtiva.
4. É recomendado que a mãe participe das primeiras consultas?
Até os 14 anos, é importante que a mãe participe de todas as conversas. Após essa idade, fica à cargo do médico e da paciente avaliar a necessidade ou não da mãe na consulta.
Muitas adolescentes preferem não ter a presença da mãe no consultório, pois não se sentem à vontade para se expor. É importante para sua autonomia e autoestima que a paciente tenha esse poder de escolha.
5. Como esse tipo de consulta se difere daquelas com mulheres adultas?
A diferença entre as consultas ginecológicas está nas questões que o médico e a paciente vão tratar. Geralmente, na adolescência é mais comum que as conversas abordem temas como gravidez indesejada, métodos contraceptivos, mudanças fisiológicas, ciclos menstruais e ISTs.
É nesse momento que as inseguranças também tomam forma e que a mulher passa a descobrir o seu corpo e as suas características sexuais. Cabe ao médico trazer as informações corretas para que a mulher tenha conhecimento sobre os possíveis perigos de doenças e gravidez não planejada, por exemplo.
A educação sexual é um dos métodos mais importantes para preparar a mulher para ter autonomia sobre o próprio corpo e poder fazer escolhas de forma mais segura.