Natural ou artificial: o bronzeamento de pele é seguro?
O bronzeamento é um tema que sempre é retomado próximo à chegada de estações quentes, especialmente o verão. Mas será que é realmente seguro?
Neste conteúdo, abordaremos as principais dúvidas sobre bronzeamento natural e artificial, além de dicas para quem deseja se bronzear. Continue acompanhando!
Como funciona o bronzeamento de pele?
O bronzeamento é, na verdade, uma defesa natural da pele contra a radiação ultravioleta emitida pelo sol ou por fontes artificiais.
Os raios ultravioletas fazem mal ao nosso organismo e, durante a exposição, aumenta-se a produção de melanina (pigmento que dá cor à pele) como meio de defesa do organismo. Após um determinado período, essa substância migra para as camadas superficiais da pele e a escurece.
E qual a função do bronzeamento nesse contexto?
A função principal do bronzeamento é proteger a pele, uma vez que a melanina absorve a radiação ultravioleta e impede que esses raios penetrem profundamente na pele.
Essa proteção acontece em maior ou menor medida independentemente da técnica, que podem ser duas:
- bronzeamento natural: realizado por meio do contato com o sol de forma direta;
- bronzeamento artificial: realizado por meio da exposição em câmaras de bronzeamento e equipamentos específicos.
Proibição das câmaras artificiais
Há quem defenda que o uso de câmaras é um método mais seguro do que a exposição solar, pois não causa queimaduras ou avermelhamento da pele. Mas, isso não é verdade.
Desde 2009, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proibiu as câmaras para uso estético no Brasil. No entanto, até hoje existem clínicas que dizem oferecer câmaras de bronzeamento “seguras” e “autorizadas pela legislação”.
As câmaras utilizam a radiação ultravioleta A (UVA), que penetram profundamente na pele modificando as fibras elásticas e de colágeno, causando rugas, manchas e perda da elasticidade.
Esse tipo de luz é o principal responsável não só pelo envelhecimento precoce da pele, mas também pelo aumento das chances de câncer de pele.
Existem riscos?
Sim, a curto e longo prazo, sendo eles:
- insolação: condição provocada pelo excesso de exposição solar e pelo calor intenso. A temperatura corporal ultrapassa os 40°, o mecanismo de transpiração não funciona adequadamente e o corpo não consegue se resfriar.
- câncer de pele: a pele é composta por duas camadas – a epiderme (externa) e a derme (interna). O câncer de pele é o crescimento anormal e descontrolado das células dessas camadas, que se multiplicam repetidamente, se agrupam e formam um tumor benigno ou maligno.
- envelhecimento precoce: ocorre em peles mais jovens por causa de agressões externas, como a radiação solar e a poluição, ou agressões internas, por fatores genéticos.
É importante ter em mente que esses prejuízos podem aparecer tanto mediante exposição solar natural, quanto artificial. Sendo assim, não existe uma forma de bronzeamento 100% segura para a saúde.
Inclusive, as patologias causadas pelo bronzeado, por serem dermatológicas, são de responsabilidade dos dermatologistas.
Esses profissionais estão disponíveis no dr.consulta e com acesso com condições especiais por meio do Cartão dr.consulta. Com ele, é possível incluir até 4 pessoas além do titular (sem necessidade de parentesco ou restrição de idade) e com descontos em exames, farmácias e consultas.
Existe uma maneira segura de se bronzear?
Nenhum dos métodos é recomendado, pois a exposição ao sol ou à radiação ultravioleta, ao longo do tempo, é nociva. Entretanto, existem cuidados e orientações que podem diminuir os riscos, mas não eliminá-los completamente.
Assim, aquelas pessoas que desejam se bronzear devem:
- usar protetor solar e atentar-se ao número do FPS (Fator de Proteção Solar) indicado para cada tipo de pele;
- evitar os horários de pico, sendo o melhor horário para tomar sol antes das 10 horas da manhã e após às 16 horas da tarde;
- evitar câmaras de bronzeamento, que continuam proibidas pela Anvisa.
Segundo especialistas, a única forma segura é a utilização de produtos autobronzeadores, aplicados diretamente na pele.
Segundo o Instituto Melanoma Brasil, as substâncias contidas nesses produtos promovem uma reação química na pele que a escurece, pigmentando apenas sua camada externa, gerando uma cor similar ao bronzeado.
Independente da forma de bronzeamento escolhida, é fundamental a assistência de profissionais de Dermatologia. Esses especialistas são fundamentais na orientação de assuntos relacionados à saúde da pele, inclusive sobre a escolha da melhor opção de protetor solar.
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Fontes:
- Existe bronzeamento seguro? | Instituto Melanoma Brasil;
- Bronzeamento da pele | Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS);
- Bronzeamento e risco de melanoma cutâneo: revisão da literatura | SciElo;
- 98% anti UV ou bronzeamento natural: novas técnicas ecológicas do corpo? | Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).