A importância de usar preservativo durante as relações sexuais já é muito discutida, mas quando pensamos sobre esse assunto, o que nos vem à mente é o preservativo masculino. Porém, você sabia que também existe a camisinha feminina?
Ela foi criada na década de 1990 e, apesar de não ser tão popular, é eficaz, tanto para prevenir as infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), quanto para evitar uma possível gravidez indesejada.
Continue acompanhando o conteúdo para saber mais sobre o preservativo feminino e como colocá-lo de maneira correta.
O que é a camisinha feminina?
O preservativo feminino, assim como o masculino, é um método contraceptivo, ou seja, impede a gestação. No entanto, também contribui com proteção contra doenças que podem ser contraídas por meio das relações sexuais.
Isso é possível porque a camisinha feminina é como uma “bolsa” feita de poliuretano (um tipo de plástico), mas mais fino do que o látex utilizado na versão para os homens.
Além disso, ela contém dois anéis maleáveis em cada extremidade: um é fechado e deve ser inserido na vagina, até se aproximar do colo do útero e o outro fica para fora, recobrindo a vulva (região externa da vagina).
Dessa forma, o casal evita o contato com microrganismos como o vírus HPV, responsável por casos de câncer de colo do útero e de pênis; o HIV, que desenvolve a aids; e a bactéria da sífilis, que gera feridas na região genital.
Quais as diferenças entre a opção feminina e a masculina?
A principal diferença entre a camisinha feminina e a masculina está no modo de uso, pois a primeira é colocada dentro da vagina, enquanto a segunda recobre o pênis.
Outras diferenças que podem ser citadas e, inclusive, contribuem para a escolha pelo preservativo feminino, são:
- menos risco de sair durante o ato sexual;
- oferece mais proteção contra HIV, de acordo com o Ministério da Saúde (MS);
- fornece mais autonomia para quem está usando;
- pode ser colocado até 8 horas antes da relação (como a uretra da mulher é separada do canal vaginal, não atrapalha na hora de urinar);
- possui menos chances de causar alergias, já que não é feita de látex;
- proporciona melhor sensibilidade por ser fabricado com um plástico mais fino.
É válido pontuar, entretanto, fatores que podem ser considerados negativos. Entre eles:
- ser uma alternativa mais cara;
- possibilidade de gerar barulhos durante a relação sexual.
Como colocar a camisinha feminina?
Depois de conhecer as características gerais, chegou o momento de aprender como usá-la corretamente. Segundo o MS, o passo a passo para a colocação ideal é:
- abrir a embalagem com cuidado;
- segurar a camisinha com o anel maior pendurado para baixo;
- apertar o anel menor e introduzir na vagina;
- com o dedo indicador, empurrar o preservativo o mais fundo possível, mantendo o anel externo 3 cm para fora.
O infográfico, a seguir, ilustra as 4 etapas.
Pode parecer estranho e confuso colocar a camisinha feminina nos primeiros usos, mas saiba que você tem a oportunidade de solucionar as suas dúvidas com o médico ginecologista, o responsável por cuidar da saúde íntima feminina.
Principais cuidados
Além de colocá-la do jeito certo, é fundamental ter cuidados com a camisinha feminina para manter a eficácia do preservativo.
As principais recomendações são:
- verifique a data de validade;
- guarde o preservativo em um local arejado e fresco;
- lave bem as mãos antes de inserir a camisinha na vagina;
- não abra a embalagem com dentes ou tesouras, pois há o risco de furar o plástico (veja como é a indicação descrita no produto);
- não utilize a versão feminina junto com a masculina, pois o atrito pode fazer com que as duas rasguem (uma só já garante a proteção contra gravidez e ISTs);
- não use a mesma camisinha mais de uma vez;
- utilize lubrificantes à base de água ou óleo — eles podem deixar a relação mais confortável e até diminuir os ruídos.
Também tenha atenção no momento de retirar a camisinha feminina, para não ter o risco do sêmen derramar na vagina e vulva.
Para isso, pressione as pontas do anel externo, fechando-o. Depois, retire delicadamente todo o plástico e jogue fora.
Outros métodos contraceptivos
A camisinha feminina é apenas uma opção de método contraceptivo. Existem muitos outros que podem ser incluídos na rotina. Alguns exemplos são:
- anticoncepcional;
- DIU;
- chip anticoncepcional (Implanon);
- pílula do dia seguinte.
Cada um deles será melhor explicado a seguir, mas, em caso de dúvidas na escolha de qual contraceptivo é o mais adequado para as suas condições de saúde e necessidades, os profissionais de Ginecologia devem ser acionados.
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Anticoncepcional
Esses medicamentos têm os hormônios que estão presentes durante o ciclo menstrual, a progesterona e o estrogênio. Algumas pílulas têm os dois, enquanto outras só um deles.
O objetivo é o mesmo: impedir a ovulação e, consequentemente, a fecundação (encontro do espermatozoide com o óvulo.)
Porém, tenha atenção: para que esse método funcione adequadamente, é importante tomar o remédio todos os dias e sempre no mesmo horário.
DIU
O dispositivo intrauterino (DIU) é uma pequena estrutura em formato de “T” inserida dentro do útero, por meio do canal vaginal (não há necessidade de nenhum corte ou procedimento cirúrgico).
Ele pode ficar no útero por vários anos (em média, cinco), o que o torna um método contraceptivo mais prático do que as pílulas anticoncepcionais.
Além disso, existem várias versões de DIU:
- cobre: não possui hormônios, mas libera íons que impedem a mobilidade dos espermatozoides;
- prata: é uma evolução do DIU de cobre, fazendo com que os materiais fiquem mais estáveis no útero;
- mirena: essa versão possui hormônios, mas também transforma o útero um local hostil para a movimentação dos espermatozoides;
- kyleena: é mais uma opção de DIU hormonal.
Depois de conversar com o seu ginecologista, agende a colocação do DIU que você escolheu no dr.consulta.
Chip anticoncepcional (Implanon)
O chip Implanon é um pequeno tubo de plástico, com cerca de 4 centímetros de comprimento e 2 milímetros de diâmetro. Ele é inserido no braço para a liberação gradual de hormônios que impedem a ovulação e prejudicam a mobilidade dos espermatozoides.
Também é um método contraceptivo de longa duração, que pode proteger a mulher por até três anos ou mais.
Pílula do dia seguinte
A pílula do dia seguinte é considerada um contraceptivo de emergência, para ser utilizado apenas depois de relações desprotegidas.
Elas devem ser tomadas em até 72 horas e, com os hormônios que possui, funciona atrasando a ovulação, impedindo a fecundação.
É muito importante ressaltar que esses métodos, apesar de evitarem gestações, não atuam na prevenção de infecção sexualmente transmissíveis. Por isso, continua sendo necessário usar o preservativo.
Por fim, lembre-se: o dr.consulta é um parceiro para o acesso ao acompanhamento periódico com ginecologistas, além de muitos outros especialistas. Acesse o site do dr.consulta e conheça todas as possibilidades de agendamentos disponíveis.
Fontes:
- Camisinha feminina | Ministério da Saúde (MS);
- Camisinha feminina é segura? | Ministério da Saúde (MS);
- Infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) | Ministério da Saúde (MS);
- Uso do preservativo feminino como método contraceptivo: experiências de mulheres em uma unidade básica de saúde no município de Juazeiro do Norte – CE | Universidade Federal de São Paulo (Unifesp);
- Desmistificando o DIU: dispositivo intrauterino | Fundo de População das Nações Unidas (Unfpa/Brasil);
- Anticoncepção de emergência: perguntas e respostas para profissionais da saúde | Ministério da Saúde (MS);
- Anticoncepção hormonal oral | Ministério da Saúde (MS).