Muitas mulheres podem ter o câncer de colo do útero e ainda não sabem: a doença demora de 10 a 20 anos para se desenvolver. Entretanto, a desinformação e a falta de conscientização para o diagnóstico do câncer do colo do útero, elevam o número de pacientes e óbitos.
Quando o câncer uterino é detectado precocemente, são maiores as possibilidades de cura. Por isso, manter uma rotina periódica com o ginecologista, é fundamental para garantir a saúde e bem estar feminino.
Afinal, o que é o câncer de colo do útero?
O câncer do colo de útero ou câncer cervical é uma lesão causada, principalmente, pelo HPV (o Papilomavírus Humano).
Vale lembrar que o HPV é uma das Infecções Sexualmente Transmissíveis, as chamadas ISTs, mais populares no mundo todo. É transmitido, na maioria dos casos, por meio de qualquer relação sexual desprotegida.
Outros fatores de risco para o aparecimento da doença são:
- tabagismo;
- multiparidade;
Algumas mulheres não chegam a sentir dores na região, o que adia a consulta com um ginecologista. Por outro lado, outras têm até sangramentos sem motivo aparente e fora do período menstrual.
Leia também: O que você precisa saber sobre o câncer do colo do útero
Portanto, mais uma vez, quando o assunto é saúde vale a pena manter cuidados preventivos e fazer acompanhamentos regularmente com os especialistas.
Os exames ginecológicos e o diagnóstico precoce, com certeza, salvam mais vidas. A cada ano, 12.000 mulheres desenvolvem câncer cervical por HPV, segundo o INCA (Instituto Nacional de Câncer). Isto pode ser evitado com as vacinas e visitas ao médico.
3 exames que podem ajudar a detectar o câncer de colo de útero
O diagnóstico do câncer do colo de útero normalmente é confirmado a partir de 3 exames ginecológicos básicos:
- papanicolau;
- colposcopia;
- histeroscopia.
1 – Papanicolau
O Papanicolau é o principal exame preventivo. Quando feito com a periodicidade indicada, é capaz de reduzir em até 80% a incidência desse tipo de câncer.
Seu objetivo é verificar a existência de lesões – ou de células atípicas – na parede do colo uterino, que podem sugerir a infecção pelo HPV. É um exame feito durante a avaliação ginecológica que dura apenas alguns minutos.
Como é feito?
Com o auxílio de uma espátula ou escovinha, o médico coleta células do colo uterino. O material é separado e enviado para análise laboratorial.
Para quem é indicado?
É indicado para mulheres sexualmente ativas. Pode ser feito após 6 meses da primeira relação e pelo menos uma vez por ano ou conforme orientação dada pelo ginecologista.
2 – Colposcopia
A colposcopia é um exame que permite ao médico visualizar a vagina e o colo uterino por meio de um aparelho conhecido como colposcópio.
Essa espécie de lente, aumenta de 10 a 40 vezes o tamanho normal dos órgãos. É um excelente aliado no diagnóstico do HPV e consequentemente do câncer uterino.
Como é feito?
Esse exame é realizado no próprio consultório ginecológico. Após inserir o espéculo vaginal, o médico examina a vulva, a vagina e o colo uterino com o auxílio do instrumento.
Quando necessário, pode ser colhido material do colo do útero para biópsia.
Para quem é indicado?
É um exame indicado nos casos de resultados anormais do exame Papanicolau, portanto, são complementares.
3 – Histeroscopia
É um procedimento que permite observar a cavidade uterina, o canal cervical e o interior do órgão sexual feminino por meio de uma endoscopia.
Como é feito?
Em posição ginecológica, é introduzido na vagina um histeroscópio com uma pequena câmera acoplada, passando pelo colo e chegando à cavidade uterina.
Essa inspeção mais minuciosa serve para procurar lesões. Quando necessário, pode ser colhido material do colo do útero para biópsia.
O procedimento pode ser realizado em ambiente ambulatorial e sem a necessidade de anestesia. É um exame rápido, e as imagens geradas podem ser vistas em tempo real.
Para quem é indicado?
A histeroscopia é solicitada quando a colposcopia apresenta indícios de lesões e deformações celulares possivelmente cancerígenas.
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Quando tomar as vacinas contra o HPV?
As vacinas contra o HPV são preventivas, portanto, reforçam a proteção contra as infecções. Ainda assim, é necessário fazer o uso de métodos preservativos e contraceptivos.
Duas das vacinas HPV mais comuns são:
- vacina quadrivalente: ajuda a prevenir lesões genitais pré-cancerosas de colo de útero, vulva e vagina e o próprio câncer cervical. Pode evitar as verrugas genitais em mulheres e homens;
- vacina bivalente: serve para reduzir as chances de lesões genitais pré-cancerosas do colo de útero, além do câncer relacionado ao HPV16 e HPV18.
A prevenção do câncer de colo do útero a partir da vacinação garante mais tranquilidade e segurança. Aos primeiros sinais de desconfortos e dores incomuns procure um ginecologista para os devidos exames.
Não deixe os cuidados com a sua saúde para depois. Cuide-se!
Fontes: