As alergias são uma condição de saúde relativamente comuns. Com isso, não é difícil encontrar, inclusive, quem tenha quadros crônicos, fazendo de sintomas como a tosse alérgica algo frequente, sobretudo em determinadas épocas do ano (em geral quando o ar fica mais seco e frio).
Então, confira o que diferencia essa causa alérgica das provocadas por outras alterações respiratórias e o que pode ser feito para amenizar tal desconforto, inclusive considerando qual o momento ideal para procurar ajuda especializada.
1. Surge como resposta a um alérgeno
Na prática, qualquer tipo de reação alérgica é desencadeado por aquilo que é chamado pelos especialistas de alérgeno.
Essas substâncias, inofensivas para a maioria das pessoas, em alguns casos despertam uma reação exagerada no sistema imune, que fica sempre a postos atrás de ameaças que podem colocar a saúde em risco.
No entanto, nesses casos os alérgenos fazem com que o corpo dispare substâncias que causam os sintomas característicos da maioria desses quadros alérgicos. Isso também cria uma “memória” no organismo, fazendo com que a condição se repita sempre que há contato por aquilo que desencadeou a crise.
Existem inúmeros agentes que podem ser respirados pelo ar ou despertarem o desconforto através do contato da pele. Nas tosses alérgicas, a maioria das substâncias responsáveis pela condição são inaladas pela boca e o nariz, fazendo com elas atinjam as narinas, a garganta e os pulmões.
No mais, a lista de alérgenos respiratórios costuma ser bem grande. No entanto, entre alguns dos mais comuns estão:
- pólen;
- poeira;
- ácaros e outros insetos;
- pelos e penas de animais;
- mofo;
- fumaça;
- produtos químicos e odores fortes.
Seja qual for o alérgeno, você sabia que existe um médico especializado em diagnosticar e tratar doenças alérgicas e outras alterações do sistema imune? Esse é o trabalho do alergologista (ou alergista). A partir de uma avaliação cuidadosa, ele pode prescrever as melhores alternativas para esse tipo de condição.
2. Costuma estar acompanhada de outros sintomas
A partir do momento em que a reação alérgica começa, a tosse surge como um reflexo dos pulmões para tentar eliminar as substâncias irritantes. Contudo, esse não costuma ser o único desconforto notado nessas circunstâncias. É comum que o paciente também experimente:
- coriza e corrimento nasal;
- coceira no nariz ou em outras partes do corpo;
- falta de ar ou respiração curta;
- dor de cabeça, principalmente quando a condição evolui para uma sinusite por conta do acúmulo de muco nos seios da face devido à reação alérgica;
- sensação de que os sintomas pioram à noite.
3. Tende a ser não produtiva (ou seja, é seca)
Os sintomas mencionados podem ser úteis para, em um primeiro momento, tentar diferenciar a tosse alérgica daquela provocada por outras causas (como gripes e resfriados, por exemplo).
Nesse sentido, outra característica importante dessa condição é o fato de que ela não é produtiva. Em outras palavras, isso significa que não apresenta acúmulo de catarro nos pulmões. Sem isso, é comum que essa expiração intensa, brusca e ruidosa gere irritação na garganta e tenham um barulho chiado, característico do ressecamento das vias áreas.
De todo modo, jamais se esqueça que diferenciar a causa de uma tosse (ou de qualquer outro sintoma respiratório) não é fácil. Logo, só um profissional é capaz de determinar o que está provocando tal queixa.
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4. Pode ser aliviada com alguns cuidados simples
Como pode ser bastante desconfortável, é natural procurar formas de aliviar esse incômodo de forma mais rápida. De modo geral, entre as medidas caseiras que podem ser adotadas para aliviar uma tosse alérgica, sempre com precaução, estão:
- usar determinados medicamentos, em especial aqueles conhecidos como anti-histamínicos (sempre com a orientação de um médico ou farmacêutico);
- beber um chá quente, já que o calor da bebida pode aliviar o desconforto provocado pela irritação na garganta;
- ingerir mel puro, que oferece alívio similar ao do chá;
- manter a hidratação adequada, bebendo bastante água;
- umidificar o ar e manter os ambientes limpos;
- fazer uma vaporização caseira, respirando o vapor emitido por uma bacia de água quente (útil na falta de um nebulizador).
Em boa parte dos casos, a tosse alérgica tende a desaparecer sozinha com o tempo, por mais chata que ela pareça. Porém, quando isso não acontece, ou quando ela piora à medida que o tempo passa, a avaliação profissional torna-se indispensável.
5. Muitas vezes exige atenção médica
Quando dura mais de oito semanas, a tosse é caracterizada como crônica. Por isso, nesses casos, é preciso investigar as causas por trás da alteração, principalmente quando ela começa a atrapalhar atividades do dia a dia ou mesmo o sono.
No caso da tosse alérgica, é necessário avaliar se ela não está evoluindo junto com um quadro de asma, em que a irritação atinge os brônquios e torna a respiração mais difícil.
Outras condições que podem explicar tosses constantes e persistentes são a doença pulmonar obstrutiva crônica, o refluxo gastroesofágico, sinusites e rinites que duram muito tempo ou ainda infecções pulmonares causadas por fungos e bactérias (a tuberculose talvez seja a mais conhecida delas).
A partir do diagnóstico adequado, o médico especialista pode prescrever o melhor tratamento dentro das circunstâncias avaliadas.
Além disso, nos casos de alergia, alguns cuidados podem ajudar a melhorar a respiração e evitar novas crises:
- evitar a exposição aos gatilhos alérgicos;
- beber bastante água sempre, mesmo nos dias mais frios;
- parar de fumar (ou nunca começar);
- garantir a qualidade do ar em casa (utilizando umidificadores, por exemplo);
- trocar sempre as roupas de cama;
- manter a casa limpa e bem arejada;
- cuidar de animais e de plantas.
A tosse alérgica é uma condição que pode atingir pessoas de todas as idades e estilos de vida, ainda mais quando se leva em conta o número de substâncias presentes no dia a dia de qualquer um e que podem disparar a reação. De qualquer forma, ações básicas podem minimizar o desconforto e ajudar a evitar tal contratempo.
Fontes: