Com a melhora dos outros sintomas da condição transmitida pela picada do mosquito Aedes aegypti, a vontade de se coçar costuma aparecer. Com isso, saber como aliviar a coceira da dengue é algo válido para superar esse desconforto enquanto ele não desaparece por conta própria.
Além disso, milhões de brasileiros recebem esse diagnóstico todos os anos, é preciso compreender sempre de que forma a progressão do caso indica a necessidade de retornar ao médico e obter um acompanhamento mais próximo.
De que forma essa infecção afeta a pele
A dengue é uma infecção viral causada por quatro subtipos de um vírus transmitido para humanos exclusivamente a partir do mosquito contaminado após picar alguém infectado (mesmo sem que esse indivíduo apresente qualquer sinal ou sintoma).
O especialista na avaliação, no tratamento e na prevenção dessa e de outras doenças infectocontagiosas é o infectologista.
Após um certo período de incubação (tempo para que o microrganismo se espalhe), a pessoa pode perceber inicialmente febre alta, dor no corpo, náuseas e eventuais alterações na pele.
Esse último quesito inclui a presença de manchas vermelhas principalmente nas pernas, nos braços e no tronco, que se intensificam à medida que a infecção avança. Porém, elas atingem normalmente o pico em até cinco dias a partir do início do estado febril.
Estima-se que mais da metade das pessoas diagnosticadas apresentam esses sinais dermatológicos. Eles são resultados da dilatação e dos danos às paredes dos vasos, que fazem com que haja perda de material do sangue. Ao preencher o espaço abaixo da pele, isso colore a superfície.
As explicações para a coceira da dengue
Nesse primeiro momento, salvo situações raras, o “comichão” não é uma preocupação. Contudo, ele se torna perceptível no período final da infecção, justamente quando a pessoa já se sente bem melhor.
Ainda não se sabe exatamente a causa disso. Existe a suspeita de que o vírus possa interferir na atividade de determinadas células da pele.
Outra explicação é que a resposta inflamatória desencadeada pela condição persiste mesmo com a eliminação do agente infeccioso. Com isso, o organismo continua respondendo à ameaça e libera substâncias como a histamina (um mensageiro químico do cérebro que transmite a sensação de coceira e provoca vermelhidão, manchas etc.). Assim, o incômodo aparece.
Se existe uma notícia positiva em torno do desconforto, é que ele indica que a infecção está melhorando e desaparecerá definitivamente em breve.
Inclusive, evidências publicadas no Asian Pacific Journal of Tropical Medicine mostram que quadros sem modificações na pele tendem a apresentar maior gravidade.
Dicas do que fazer para controlar a coceira da dengue
Assim como acontece com outros sintomas, não existe tratamento específico para lidar com a necessidade de coçar a pele. No entanto, certas medidas simples podem gerar alívio. Entre elas estão:
- tomar banhos com água fria;
- aplicar compressas sobre a pele, também com a temperatura mais baixa;
- se for o caso, utilizar anti-histamínicos ou cremes que reduzem a sensibilidade, sempre com a supervisão profissional;
- usar roupas mais largas.
Em média, a sensação mais intensa dura entre dois e cinco dias, embora existam relatos de queixas que persistem por semanas ou meses (como a fadiga).
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A recuperação da infecção de um caso de dengue
Após o diagnóstico, realizado geralmente com o auxílio de um hemograma ou exames específicos para identificar a presença do vírus, a maioria dos episódios pode ser tratados em casa.
Além do repouso necessário, é importante reforçar bastante a ingestão de líquidos (água, água de coco, sucos, chás ou mesmo bebidas isotônicas).
A pessoa pode contar ainda com analgésicos para a dor e para baixar a temperatura e medicamento para minimizar o enjoo. A escolha deve ser cuidadosa, uma vez que algumas substâncias podem interferir na coagulação sanguínea. Logo, a prescrição médica é indispensável.
Sinais que exigem atenção
Ainda que seja possível se cuidar em casa em determinadas situações, o acompanhamento precisa ser mantido principalmente para identificar o mais rápido possível sinais de agravamento.
Eles geralmente aparecem muito antes do desconforto na pele, sendo mais comuns quando os sinais de vermelhidão surgem e se intensificam à medida que o escape de sangue das veias aumenta. Isso acontece, em média, até o fim da primeira semana da febre inicial.
De acordo com o Ministério da Saúde, entre os sinais de alerta que exigem avaliação especializada imediata estão:
- dor na barriga intensa e frequente;
- vômitos persistentes;
- percepção constante de desmaio a qualquer momento ou dificuldade para se manter em pé;
- lentidão de movimentos e raciocínio;
- irritabilidade;
- sangramentos nas mucosas (como as gengivas e o interior das narinas).
Essas são as características de possíveis quadros graves, estágio em que as complicações são potencialmente sérias. É importante saber também que não se utiliza mais o termo “dengue hemorrágica”, pois o sangramento nem sempre aparece e não é recomendado esperar por isso para buscar ajuda.
Ou seja, antes mesmo de reforçar as orientações sobre como amenizar a coceira da dengue, toda alteração na evolução de sinais e sintomas deve ser observada. Na dúvida, buscar a orientação profissional é sempre a melhor opção.
Fontes: