Existe um ditado antigo que afirma que “quando nasce um filho, nasce também uma mãe”. Acredita-se nisso porque, a partir daquele momento, a vida da mulher ganha um novo propósito e direção, onde cada decisão e ação são moldadas pela presença e necessidades dessa nova vida.
Com isso, além de experiências gratificantes e momentos alegres, a jornada da maternidade também é marcada por aprendizados, adaptações e desafios — para uma mãe atípica, tudo isso pode se tornar ainda mais intenso.
Assim, ter uma rede de apoio pode ser essencial para que a mulher consiga cuidar da saúde e bem-estar dos seus filhos, bem como aplicar esses cuidados para ela também.
Quais os desafios de uma mãe atípica?
A Agência Câmara de Notícias define mães atípicas como mulheres que têm filhos com deficiência ou diagnosticados com doença raras.
Só no Brasil, de acordo com o levantamento de 2019 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mais de 17 milhões de pessoas tinham algum tipo de deficiência. Já outro dado, divulgado pelo Ministério da Saúde (MS), estima que há cerca de 13 milhões de pessoas no País com doenças raras.
Esses números revelam que mães atípicas são parte significativa da população, ressaltando a importância de abordar o tema e, dessa forma, aumentar a rede de apoio dessas mulheres que assumem muitas vezes o papel de principal cuidadora de seus filhos.
Uma pesquisa apresentada em 2012 aborda essa realidade da família brasileira: segundo o Instituto Baresi, aproximadamente 78% dos pais deixaram as mães de filhos com deficiência ou doenças raras antes das crianças completarem cinco anos.
Dessa forma, é comum que uma mãe atípica enfrente desafios como:
- sobrecarga de trabalho enquanto tenta equilibrar a vida profissional e os cuidados com os filhos;
- falta de recursos, incluindo financeiros, e serviços adaptados às necessidades específicas do filho atípico que pode levar a um aumento de estresse e exaustão;
- olhar estigmatizado e a falta de compreensão por parte da sociedade, o que pode resultar em isolamento social e emocional.
5 formas de apoiar uma mãe atípica
Além da mostrar sua admiração por mulheres que têm filhos atípicos, é importante acolhê-las com ações concretas no dia a dia.
1. Ofereça ajuda prática
Muitas vezes, as mães atípicas enfrentam uma carga de trabalho significativa. Ofereça-se para ajudar com tarefas domésticas, cuidar dos filhos por um tempo para que ela possa descansar ou até mesmo acompanhar em consultas médicas, se necessário.
2. Pratique a escuta ativa
Em alguns casos, a mãe atípica pode acabar se isolando de outras pessoas — tanto pela sobrecarga de trabalho, incluindo o cuidado com os filhos, quanto por sentir que não é compreendida pela sociedade.
Por isso, uma forma de acolhê-la é praticando a escuta ativa. Esteja disponível para conversas, seja pessoalmente, por telefone ou online. Deixe-a desabafar suas preocupações, medos e frustrações sem julgamento.
3. Busque por inclusão
Antes de tudo, é importante aprender mais sobre a condição do filho atípico e as necessidades específicas que a mãe atípica pode ter para que você possa oferecer um apoio mais eficaz e direcionado.
Com isso em mente, crie um ambiente inclusivo para a mãe e seu filho atípico — o que pode incluir: defender seus direitos, educar outras pessoas sobre a condição de uma família atípica e desafiar estigmas e preconceitos quando surgirem.
4. Seja flexível
Isso inclui a vida pessoal, quando imprevistos podem surgir e demandar atenção extra, mas, a flexibilidade é importante, principalmente no ambiente de trabalho.
Empregadores devem oferecer condições de trabalho adaptáveis, como horários flexíveis, dias de folga emergenciais, trabalho remoto e licenças maternidade/paternidade estendidas, para que essas mães possam equilibrar suas responsabilidades profissionais com as necessidades de seus filhos.
5. Ajuda na construção de uma rede de apoio
Além da sua ajuda, uma mãe atípica deve contar com outros “agentes” para a construção de uma rede de apoio robusta.
Para ajudá-la nesse sentido, você pode, por exemplo, buscar recursos disponíveis para mães atípicas em sua comunidade, como grupos de apoio que, tanto presenciais quanto online, podem fornecer um espaço seguro para compartilhamento de experiências, dúvidas e soluções.
Além disso, profissionais de saúde mental especializados, como psicólogos, podem oferecer estratégias personalizadas para lidar com os desafios únicos que essas mães enfrentam.
Com o Cartão dr.consulta, cuidar da saúde — seja mental ou física — é mais fácil e vantajoso. Isso porque sua assinatura concede descontos em consultas, exames e na compra de medicamentos em farmácias parceiras.
É possível, ainda, adicionar mais 4 dependentes (além do titular). Vale ressaltar que não há restrição de idade e não é necessário ter vínculo familiar comprovado — afinal, família não é só de sangue.
Além disso, os serviços podem ser agendados online, pelo site ou pelo app, facilitando esse processo na hora de cuidar da saúde.
O cuidado para além da empatia
Oferecer apoio prático, emocional e social para uma mãe atípica não apenas é um ato de empatia e solidariedade, mas também é uma estratégia baseada em evidências para promover o bem-estar dessas mulheres e de suas famílias.
Um estudo realizado em 2016, por exemplo, investigou como o comportamento das crianças com autismo, o suporte social e as formas de lidar com o estresse afetam as mães dessas crianças ao longo do tempo.
Os pesquisadores constataram que mães que tinham mais apoio social, consequentemente, tinham menos estresse em comparação com quem não tinha acesso a essas estratégias de enfrentamento, concluindo que o suporte adequado é importante para mulheres com filhos atípicos.
Assim, ao apoiar uma mãe atípica, você está fazendo a diferença na vida dela e de toda a sua família, bem como para toda a comunidade como um todo, por extensão.
Fontes