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Como funciona o tratamento de sopro cardíaco em crianças?

Só de ouvir falar no problema, muitos pais já ficam preocupados. Mas o sopro cardíaco em crianças, além de comum, pode ser facilmente tratado. Para isso, é fundamental que se faça um diagnóstico precoce, feito por um pediatra ou cardiologista.

Antes de se assustar no consultório médico, continue a leitura do texto e entenda o que é o sopro e como é feito o tratamento.

O que é o sopro cardíaco e quais os sintomas?

Em um coração normal, o sangue flui pela cavidade muscular e faz um barulho característico, parecido com a batida de um tambor — o “tum tum”. No entanto, devido a alguma deformidade no músculo, o barulho pode soar diferente, fazendo um ruído que é chamado de sopro.

Em 50 a 80% das crianças menores e de 70 a 90% nas maiores, o sopro cardíaco é considerado “inocente”. Assim, não apresenta nenhum sintoma e não gera complicações. Conforme a criança cresce, a deformidade desaparece e não precisa ser tratada.

Quando isso não acontece (minoria dos casos), o sopro se transforma em patológico, já na fase adulta. Isso ocorre, principalmente, em pessoas que tiveram febre reumática ou outras enfermidades que afetam as válvulas cardíacas — e esses casos devem ser tratados. Os sintomas são:

Quais são as causas e como ele afeta a rotina?

Ainda não se sabe as causas exatas para o surgimento do sopro nas crianças. Acredita-se que o problema ocorre devido a uma variação no fluxo sanguíneo, causada por uma infecção, anemia, febre ou outra condição que gera uma sobrecarga na circulação do sangue.

O coração precisa bater mais rápido para garantir a irrigação dos vasos, que podem se dilatar. Ou seja, essa situação pode indicar algo mais grave e pode gerar complicações se não desaparecer até a adolescência.

Uma criança com sopro tem uma vida normal, podendo desempenhar qualquer atividade. Já o jovem adulto com sopro patológico — ou uma doença associada — pode ter dificuldades para praticar exercícios ou fazer esforços no dia a dia.

Como é feito o diagnóstico e o tratamento?

O diagnóstico deve ser feito apenas por um cardiologista, depois de solicitar exames, como ecocardiograma, que avaliam a capacidade cardíaca. Esse não é um exame invasivo e pode identificar anomalias que geram sopros, como um estreitamento das cavidades ou o mau funcionamento de uma válvula.

Se necessário, o médico indicará a melhor forma de tratamento, de acordo com a gravidade de cada caso. Nos mais simples, podem ser ministrados medicamentos, como vasodilatadores, diuréticos e antiarrítmicos.

Já nos casos mais graves, pode ser necessária uma cirurgia corretiva no músculo ou na válvula, inclusive com a sua substituição total. O procedimento pode ser feito com cateteres (laparoscopia) ou, se preciso, com o peito aberto.

De qualquer forma, o sopro cardíaco em crianças precisa ser diagnosticado o quanto antes, pois, apesar de a maioria dos casos ser inofensivo, o problema pode evoluir para algo mais grave no coração ou no sistema pulmonar.

Para conhecer esse e outros problemas cardíacos, é fundamental procurar um cardiologista o quanto antes.

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