Tratamento do sopro cardíaco em crianças e quando agir

Só de ouvir falar nesse achado clínico, muitos pais já ficam preocupados. Mas o sopro cardíaco em crianças, além de comum, tem tratamento. Para isso, é fundamental que se faça um diagnóstico precoce.
Então, antes de se assustar no consultório médico, é necessário entender o que é essa alteração e como é feito o cuidado.
Sopro cardíaco é quase sempre normal
O quadro nada mais é do que um som adicional ao “batimento” habitual do coração, causado pela movimentação do sangue de forma mais turbulenta. Ele é geralmente detectado com o uso do estetoscópio no exame clínico e classificado com base na intensidade (de 1 a 6) e no momento do ciclo cardíaco que pode ser percebido:
- sistólico: quando ocorre contração do músculo cardíaco;
- diastólico: aparece quando o órgão relaxa;
- contínuo: audível durante toda a batida cardíaca.
Algumas vezes, a condição é inofensiva, mas em outras não. Por isso, o pediatra poderá encaminhar o paciente ao especialista para avaliar se o som está relacionado a uma situação comum na infância ou se existem indícios de alterações que requerem investigação.

Quando a condição é considerada inofensiva?
O chamado sopro inocente ou funcional é aquele que ocorre em crianças com coração saudável, sem anormalidades anatômicas ou fisiológicas. Está presente em cerca de 50% a 70% das crianças sadias, principalmente entre 3 e 8 anos, segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria.
Ele surge em situações de febre, infecções respiratórias ou anemia, por exemplo. A manifestação costuma ser intermitente, ou seja, aparecer em uma avaliação e não ser percebida na próxima, sem indicar qualquer alteração.
Quando o sopro cardíaco em crianças exige tratamento?
Esse é um aspecto menos frequente e está relacionado a condições como cardiopatias congênitas (que ocorre no desenvolvimento do indivíduo) ou adquiridas. Por isso, é acompanhado de outros sinais, como:
- dificuldade para ganhar peso;
- respiração acelerada ou ofegante;
- cianose (coloração azulada nos lábios ou extremidades);
- cansaço fácil, principalmente ao mamar ou brincar;
- sudorese excessiva;
- episódios recorrentes de infecção respiratória.
Esses sinais, conforme explica a SOPERJ (Sociedade de Pediatria do Estado do Rio de Janeiro), reforçam a necessidade de verificação especializada. Além disso, também há situações que exigem urgência, como:
- identificação logo após o nascimento;
- presença de quadro diastólio ou com irradiação para costas ou pescoço;
- histórico familiar de cardiopatia.
Quando se torna patológico apenas na fase adulta, costuma estar relacionado a condições como febre reumática, pois ela afeta as válvulas cardíacas. Por isso, o check-up é importante. Os sintomas indicadores são: cansaço, fadiga, tontura, dificuldade para respirar e taquicardia.
Nesse contexto, o Cartão dr.consulta é uma opção que facilita o acesso às consultas com especialistas e exames, com preços diferenciados e programas de acompanhamento personalizado, pensados para atender cada família.
Identificando a condição
Para confirmar o tipo e a origem de tal tipo de manifestação, é necessário consultar a criança com um cardiologista pediátrico. A avaliação clínica, em geral, é o suficiente, mas pode ser complementada por exames como:
- ecocardiograma: considerado o mais eficaz para visualizar o funcionamento das estruturas;
- eletrocardiograma (ECG): analisa a atividade elétrica do coração;
- oximetria de pulso (também conhecido como teste do coraçãozinho): usada em bebês para triagem de cardiopatias críticas;
- radiografia de tórax: avalia o tamanho do coração e os pulmões, embora não seja rotina.
Vale destacar que, na ausência de sintomas e diante da suspeita de caso simples, o uso indiscriminado de exames costuma não ser necessário e, muitas vezes, gera interpretações equivocadas. Por isso, a indicação médica é essencial e indispensável.
O tratamento do sopro cardíaco em crianças
Em casos de quadro inocente, não há necessidade de nenhuma intervenção. Além disso, a criança não tem impeditivo para seguir sua rotina normalmente, incluindo atividades físicas e escolares, sem qualquer limitação.
Esse tipo tende a desaparecer espontaneamente, principalmente durante a adolescência. Já nas situações que requerem mais atenção, as abordagens incluem:
- uso de medicamentos;
- cirurgias corretivas;
- procedimentos com cateteres.
Uso de medicamentos
Geralmente a indicação é de remédios diuréticos, vasodilatadores ou antiarrítmicos (regulam os batimentos), conforme a instrução médica.
Esses tratamentos atuam aliviando o esforço, melhorando o fluxo sanguíneo, reduzindo o acúmulo de líquidos e ajudando a controlar o ritmo cardíaco, de acordo com o diagnóstico.
Cirurgias corretivas
Quando há alterações nas válvulas ou cavidades cardíacas que exigem intervenção cirúrgica, elas podem ser feitas com abertura do tórax (cirurgia convencional) ou por técnicas minimamente invasivas, dependendo do tipo de alteração e da idade da criança.
Procedimentos com cateteres
São opções para corrigir certos tipos de malformações. Por exemplo, fechamento de comunicações entre câmaras do coração ou dilatação de válvulas estreitadas com balões introduzidos por cateter.
Seja qual for o cenário, o acompanhamento regular com o cardiologista pediátrico é fundamental. Afinal, a escolha do que será feito leva em conta a idade da criança, o tipo de diagnóstico do sopro e o impacto na qualidade de vida e dia a dia.
No mais, independentemente de tratar-se de sopro funcional ou de um panorama que demanda mais cuidado, é essencial manter a calma, seguir as orientações médicas e evitar superproteção que possa limitar o desenvolvimento infantil.
Fontes:
Olá, boa tarde.
Em idosos com 50 anos tem cura.
Pois auscutei o meu coração e notei que ela não apenas batia, mas fazia um barulho como se eu estivesse enchendo uma bola de ar, dessas que usa em aniversário. Tenho sopro? Meu coração tá pifando? Por favor me ajude
Desde já agradeço
Olá Valdo, tudo bem? Para ter um diagnóstico é preciso consultar um doutor presencialmente. Para marcar uma consulta com a gente você pode entrar em contato com uma central de atendimento pelo fone 4090-1510 ou pelo site http://www.drconsulta.com . Obrigado, abraço!
Tem um bebê de dois 2 meses e a pediatra falou que minha menina está com sopros e eu estou desesperada
Tenho uma bebê de 7 meses , descobri mês passado que ela tem 2 sopro no coração .. por isso ela nao ganha pesso e nao cresce como deveria , ela pesa 4.700 , porém come de tudo almoça , janta tudo certinho mais nao ganha o peso pra idade dela.
[…] sopro cardíaco; […]
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